terça-feira, dezembro 20, 2005

Yazaki Saltano rescindiu
menos do que previa


A Yazaki Saltano conseguiu rescindir os contratos de «apenas» 300 trabalhadores da sua unidade de Ovar. A informação partiu do delegado do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Centro (SIEC), Américo Rodrigues, adiantando que, neste momento, mantêm-se a laborar naquela unidade 1.124 trabalhadores. O objectivo da multinacional nipónica era chegar ao final de 2005 com 800, mas «a empresa deparou-se com a resistência dos trabalhadores e não conseguiu ver-se livre dos 500 trabalhadores inicialmente previstos».
Américo Rodrigues diz que se está a assistir à «estagnação do processo, porque não há mais trabalhadores receptivos a rescindir contratos de trabalho». Por esse motivo, a administração mudou de estratégia e passou a convidar os funcionários a mudarem-se para as linhas de produção de cablagens deslocalizadas de Ovar e instaladas em Serzedo, Vila Nova de Gaia. De acordo com números actualizados, o SIEC estima que 70 trabalhadores terão aceitado mudar-se de Ovar para aquela unidade localizada mais a Norte.
Mesmo assim, o representante do sindicato está convencido que o processo está longe de conhecer o seu final, porque «a administração continua a dizer que tem trabalhadores a mais». Mas Américo Rodrigues encara os próximos tempos com algum optimismo, porque «a empresa respondeu positivamente aos nossos pedidos de esclarecimento sobre o início da produção de painéis solares e de contadores de gás». Se as negociações entre a administração europeia e o Governo português correrem pelo melhor, é muito provável que a produção destes componentes se inicie em 2006.

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