quarta-feira, novembro 30, 2005

Tribunal de Ovar condena homicida
a dezasseis anos e quatro meses de cadeia


Armando Paciência foi esta tarde condenado a dazasseis anos e quatro meses de cadeia pelo assassínio da sua mulher, em frente das suas duas filhas. Uma súmula do acórdão com 51 páginas foi lida pelo juiz Joel Pereira, que justificou a pena, mais leve do que seria de prever, com o bom comportamento do arguido, «um alcoólico crónico», nas suas palavras, e por ter ficado na convicção dos juizes a possibilidade de ter havido contactos entre a falecida esposa e um outro homem para matar o arguido.
Estas atenuantes beneficiaram Armando Paciência, que chorou durante a leitura da sentença, mas acabaria condenado a dois anos de cadeia por maus tratos à esposa, três meses por posse de arma ilegal no momento do crime, um mês por injúrias e 15 anos por crime de homicídio voluntário, executado com «frieza de ânimo».
Armando Paciência, 45 anos, e Rosa estavam casados há mais de 20 anos e tinham duas filhas. A mais nova com 11 anos assistiu à morte da mãe e foi ela que gritou por ajuda no dia 13 de Junho de 2004, data a que remonta o crime. Rosa foi morta pelo Marido, com dois tiros de pistola, no lugar dos Pelames, em Ovar.
No Cine-Teatro de Estarreja
Música clássica de inspiração cigana

O remodelado cine-teatro estarrejense apresenta amanhã, dia 1 de Dezembro, pelas 16h00, um concerto de encerramento do 2.º Aniversário do falecimento do Cónego Filipe de Figueiredo: Música Clássica de Inspiração Cigana com a Orquestra de Cordas da Escola Profissional de Arte de Mirandela (ESPROARTE)
A direcção é de Paco Suárez, acompanhado de bailarinos e músicos ciganos (voz, flauta, percussão, guitarra, dança).
A Orquestra ESPROARTE, com cerca de 60 elementos, é a embaixadora cultural da região de Trás-os-Montes, tendo realizado centenas de concertos nas principais salas do país e no estrangeiro, bem como participado em estágios e cursos de aperfeiçoamento. Das actuações além fronteiras destacam-se entre outras Zamora, Ávila, Salamanca, Canadá, Escócia, Luanda e Funchal.
Francisco Miguel Suárez Saavedra (Paco Suárez) nasceu na cidade Fuente de Cantos (Badajoz) em 1953 e reside na cidade de Zafra desde 1975. Realizou os seus estudos de Bachalerato nos colégios de San Francisco Javier da sua cidade natal e Nuestra Señora de la Granada em Llerena. É Professor de Música na especialidade de Saxofone realizando os seus estudos musicais nos Conservatórios de Mérida, Cáceres no Superior de Badajoz.


[Entrada: 5€ | Entrada c/descontos cartão jovem, cartão sénior municipal ou <12 anos: 3,5€] Bilhetes à venda na Casa da Cultura (9h-12h30 / 13h30-17h00)

E se...

... o Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, tiver perdido mesmo o mandato na Câmara Municipal de Penamacor por excesso de faltas? Aqui. (via «Amor-e-ócio», com a devida vénia)

PS: E já agora, lembrem-se que foi em Ovar que o Francisco Louçã despoletou esta polémica e, pelos vistos, tinha razão...
A prenda deste Natal

Nos Estados Unidos da América, este porta-canetas vende como milho...
Fados em Guilhovai

O grupo Desportivo e Cultural de Guilhovai promove, na próxima sexta-feira, uma Noite de Fados. Com início marcdo para as 22 horas, a colectividade vai aproveitar a iniciativa para proceder à entrega de crachás aos sócios com 25 anos de associativismo. (Ler mais aqui)
Gabou, estragou...

O «NdO» fez aqui referência, há cerca de um mês, à boa iniciativa do actual presidente da Câmara Municipal de Ovar em manter a sua agenda à vista de todos, no site da Internet da Edilidade. Fazendo apenas eco da opinião de vários cibernautas que nos tinham feito chegar a mesma boa impressão, destacamos a coragem política do autarca em manter aquela informação, o que não acontecia em praticamente mais nenhum outro site de qualquer Câmara Municipal das redondezas.
Confessamos que depois disso não voltamos ao local, verificamos agora que essa informação foi retirada. Ou pelo menos não se encontrava hoje online. Estava aqui.
Procedimento Extrajudicial de Conciliação (PEC)
salva Estrela da Amadora e Maia


Foi o Procedimento Extrajudicial de Conciliação (PEC) que permitiu ao Estrela da Amadora, da I Liga, e ao Maia, da Liga de Honra, competir nos respectivos escalões. Apesar de não terem apresentado as certidões de regularização da dívida ao fisco e à Segurança Fiscal, a Liga de Clubes considerou suficiente o IAPMEI ter aceite o requerimento apresentado por ambos os clubes para recorrerem ao PEC.
Esta decisão da Liga baseia-se no artigo 35.º do Regulamento de Competições, que prevê que os clubes que não apresentem certidões das respectivas situações junto das Finanças e da Segurança Fiscal fiquem imediatamente impedidos de inscrever jogadores. No entanto, no mesmo artigo está prevista uma excepção para os emblemas que apresentem uma declaração comprovativa da pendência de um PEC junto do IAPMEI.
O problema é que o comprovativo de aceitação do processo não redunda necessariamente num acordo final entre o clube e os credores. Após recebido os documentos necessários, o IAPMEI tem seis meses para analisar a situação e tentar um entendimento entre as partes. O tempo de negociação até pode ser prolongado por mais três meses, mas usualmente isso apenas acontece em situações em que a conciliação está próxima e a culpa do atraso não é do devedor. O problema é que a Liga de Clubes não procura saber dos avanços ou recuos de um possível acordo. Este até pode nem ser conseguido, mas o clube já não sofre qualquer sanção pode inscrever os seus jogadores e participar nas competições como se tivesse a sua situação junto do Estado regularizada. («DN»)

terça-feira, novembro 29, 2005

Museu mostra fotografia
de Eduardo Gomes




O Museu de Ovar tem patente uma exposição de fotografias de Eduardo Gomes, até ao próximo dia 10 de Dezembro.
Natural de Matosinhos, Eduardo Gomes terminou, na década de 80, o curso de pintura da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Por essa altura, em paralelo, estabelece contacto com a escultura, fotografia, cinema e teatro. É igualmente por esta altura que começa a expor os seus trabalhos em vários locais e a conceber cenários para teatro e cinema.
A partir de 1990, torna-se formador na área da fotografia, dinamiza o «Pró-Professor - Atelier de Fotografia do Centro de Professores de Matosinhos», onde aprofunda a sua prática desenvolvendo vários projectos.
Em Junho de 2004, Eduardo Gomes vence o 1.º Prémio Álvaro Laborinho, no decorrer da II Exposição Colectiva de Fotografia da Nazaré.
A exposição patente em Ovar - «Líquidos Murmúrios» - obteve assinalável êxito noutros locais por onde já passou, nomeadamente na Galeria Epicenbtro, no Poertoi, ou na Bulhosa Livreiros, em Lisboa. Eduardo Gomes só voltará a expor em Abril 2006, por isso visite esta mostra, no horário normal do Museu de Ovar, até 10 de Dezembro, de segunda a sábado, entre as 9.30 e o 12.30 horas, e depois entre as 14.30 e as 17.30 horas. (A foto é de Eduardo Gomes, intitulada «As Quatro Graças)
«Les Chiens D'Or»


Cá estão os animais de estimação do médio brasileiro Ronaldinho, do FC Barcelona, galardoado, em Paris, com a Bola de Ouro, troféu com que a revista francesa France Football distingue anualmente o melhor futebolista a actuar na Europa.
Ronaldinho, 50º laureado com o mais prestigiado troféu individual do futebol, conquistou a Bola de Ouro pela primeira vez e é o terceiro brasileiro premiado, depois de Ronaldo (1997 e 2002) e Rivaldo (1999), ao lado dos quais se sagrou campeão do Mundo em 2002.
O júri, composto por 52 jornalistas europeus, atribuiu 225 pontos a Ronaldinho e relegou dois ingleses para as posições seguintes: Frank Lampard (148), médio comandado por José Mourinho no Chelsea, e Steven Gerrard (142), capitão do Liverpool, campeão da Europa.
Cristiano Ronaldo, extremo do Manchester United, foi o único português votado, ficando em 20º, com três pontos. Luís Figo (Inter Milão), Bola de Ouro de 2000, e Deco (Barcelona) integravam a lista de 50 nomeados elaborada pela redacção do France Football, mas não receberam qualquer nomeação.
Crise na Ovarense
Jogadores concederam novo prazo
para o pagamento dos salários


Depois de terem desconvocado a greve que inviabilizaria o encontro da última jornada com o Portimonense, os jogadores do clube de Ovar não deverão levar a cabo nenhuma iniciativa de protesto nas próximas duas ou três semanas, já que aceitaram um novo prazo, a pedido da direcção da Ovarense, para proceder ao pagamento dos salários em atraso. Quando esse período se esgotar e se a situação ainda não estiver regularizada, segundo Artur, ex-capitão da equipa, «o grupo voltará a reunir-se, sendo que, em princípio, cada um deverá decidir individualmente o que é melhor para si».
Novo disco de Rui Veloso
é hoje editado


Rui Veloso edita hoje o seu novo CD, "A espuma das canções", que reúne 15 temas que percorrem do reggae ao blues, passando pelo rock, a música tradicional portuguesa e a africana.
Carlos Tê assina os 15 temas, o que não acontecia desde o álbum "Mingos & Samurais" editado há 12 anos.
"A espuma das canções", o 13º álbum de Rui Veloso, terá duas edições diferentes, a saírem terça-feira, dia da sua apresentação ao vivo no Blues Café, em Lisboa.
A edição normal constituída pelos 15 temas assinados por Tê e Veloso, de "Não invoquem o amor em vão" a "Canção de alterne", passando por "Não queiras saber mais de mim" ou "Recado a Rosana Arquete" e uma série especial que inclui duas faixas de bónus, e ainda um DVD com o "making of" de "Espuma das canções", fotos em estúdio e vídeo de "Canção de alterne" que Rui interpreta com Nancy Vieira.
"Não percas o teu mistério" é uma das faixas extras, a outra, "Questão de confiança", com letra de João Monge, é a excepção na autoria das letras, todas assinadas por Carlos Tê.
"Tanto o Rui como o Carlos Tê já não estavam juntos há muito tempo e este álbum, mais do que o seu reencontro criativo, revela-nos o seu engenho de saber misturar a música com a palavra", disse à agência Lusa David Ferreira, da editora EMI.
Além de Nancy Vieira com quem interpreta "Canção de alterne", outra participação especial é a de Sara Tavares nos temas "Luz falsa" e "Não invoquem o amor em vão" com que abre o álbum.
Participam também diversos músicos "escolhidos por Rui para cada um dos temas", o pianista Bernardo Sassetti, Zé Nabo, Barnaby Dickinson ou Gary Barnacle, além dos músicos da Sinfonieta de Lisboa.
Crucifixos: Sim ou Não?

O Diário de Notícias noticiou sábado que o Ministério da Educação estaria a enviar ofícios para as escolas onde foi detectada a presença de crucifixos nas salas de aula, ordenando a sua retirada.
No entanto, o Governo esclareceu que a eventual retirada de símbolos religiosos de escolas públicas só se efectivará no seguimento de queixas, que serão estudadas pelas autoridades competentes, caso a caso.
Considerando "parcos" os esclarecimentos do Ministério da Educação, o CDS já "solicitou ser informado pelo Governo dos termos efectivos daquilo que esteja a passar-se". A direcção do CDS lamenta ainda que a polémica em torno dos crucifixos nas escolas tenha sido lançada no tempo de preparação para o Natal, "ferindo ainda mais a sensibilidade dos cristãos e o sentir comum dos portugueses".
Louçã acha que os crucifixos já deviam ter sido retirados em 1974.(foto do «Jumento»)
Um detido e apreendidas
187 doses de droga


Um indivíduo de 30 anos, empreiteiro de construção civil, foi detido pelas Brigadas de Investigação Criminal, da Esquadra da PSP de Ovar, na sequência de uma investigação por suspeita de tráfico de estupefacientes.
Após uma busca a uma residência, efectuada no passado dia 25, foram apreendidos cinco telemóveis, diversos documentos, um veículo automóvel ligeiro de passageiros e 3.625 Euros, por se suspeitar estarem relacionados com a prática daquela actividade ilícita, e, ainda, 55 doses de heroína, 22,5 doses de cocaína e 109.5 doses de haxixe.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Esmoriz
Alcides Alves, presidente da Junta de Freguesia:
«Se acontecer uma desgraça
alguém vai ter de responder»


Com a chegada do Inverno, voltam a ouvir-se os gritos de alerta do presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz, procurando chamar a atenção das entidades para o perigo que representa o avanço do mar naquela praia. «Passamos a vida a pedir, porque só no Bairro dos Pescadores moram duas mil pessoas», destaca.
Com as época das marés vivas à porta, autarcas e população temem que a água do mar avance em direcção às casas desprotegidas. «Ali está em causa a vida de pessoas. É preciso que se saiba disto», realça Alcides Alves, que acrescenta: «A defesa aderente está fragilizada, as construções são abarracadas e estão situadas num buraco, o que agrava a situação». «Se acontecer alguma desgraça, eu vou pedir responsabilidades ao INAG e à tutela».
A última intervenção na defesa da praia de Esmoriz aconteceu há quatro anos e depois disso, critica o autarca, «nunca mais ninguém cá apareceu». Segundo diz, «se houvesse alguém que viesse monitorizar as obras, facilmente constataria que elas necessitam de recuperação».
A zona costeira de Esmoriz não foge à regra da generalidade do que acontece no concelho vareiro, não oferecendo condições de segurança para as pessoas e bens. «O cordão dunar está destruído e as obras que foram feitas nessa altura estão desfeitas», assevera Alcides Alves.
O presidente esmorizense não quer que se coloquem «trancas à porta apenas depois de casa roubada» e exige que os trabalhos de recuperação da defesa da praia se iniciem o mais depressa que for possível, porque a existente «não vai resistir à próxima noite de temporal e depois pode ser tarde de mais». A autarquia esmorizense elogia o esforço da Câmara Municipal de Ovar na sensibilização do Ministério do Ambiente para a urgência de que se reveste a recuperação da defesa aderente.
Álvaro Santos que é, actualmente, um dos vereadores da oposição no executivo vareiro, esteve no passado fim-de-semana na praia de Esmoriz, e aproveitou para lembrar que, em 1997, foi assinado um protocolo entre a autarquia e o Instituto Nacional da Habitação, no sentido de transferir o bairro piscatório de Esmoriz para Nascente, nos termos do qual as casas novas deveriam estar construídas no ano 2000. Com mais um Inverno à porta, «está tudo na mesma», constatou, salientando que vivem ali «centenas de pessoas em condições desumanas, com as ratazanas que se escondem nos esporões a entrarem para as habitações quando o mar sobe».
Alcides Alves recorda que só há pouco tempo é que os terrenos em questão foram desafectados. «A Câmara Municipal está a desenvolver o projecto no sentido de poder candidatá-lo e avançar para o terreno», informou.
Da parte da Junta de Freguesia esmorizense o processo está praticamente concluído, já que alienou cerca de 20 mil metros quadrados de terreno a Poente do Parque de Campismo para compensar o que se perdeu a Nascente para a edificação dos fogos que vão albergar as famílias do bairro. (in «Diário de Aveiro de hoje»)
Veloso Gomes em palestra na Universidade de Aveiro:
«Intervenções nas praias
serão reduzidas ao mínimo»


«Não vamos continuar a colocar pedra nas praias», declarou Veloso Gomes, acrescentando que «tal só deverá suceder quando houver situações muito críticas». De resto, «não temos previstas nos POOC grandes intervenções com pedra, nem novas construções de esporões». Falando à margem de uma palestra sobre «O Litoral – A Estratégia de Gestão Integrada para a Zona Costeira Portuguesa» que decorreu na Universidade de Aveiro, Veloso Gomes ressalvou que se poderão abrir excepções no caso de ocorrer «um problema grave numa frente urbana consolidada. Aí terá que haver intervenção, disso não há dúvidas».
No que se refere especificamente à região costeira de Aveiro, uma das mais fustigadas do país, Veloso Gomes que lidera o Grupo de Trabalho para a Estratégia de Ordenamento, Planeamento e Gestão da Zona Costeira Portuguesa, apontou a «ocupação humana descontrolada em zonas dunares, que já ofereciam alguma instabilidade», como uma das causas do problema. Em Esmoriz, por exemplo, o especialista defendeu que o Bairro dos Pescadores, construído na areia da praia, «já devia ter sido retirado daquele local, mas não compete ao POOC fazê-lo». O que se passa é que «há falta de areia e uma ocupação que não deveria ali estar», observando que «muitas daquelas casas estão na mesma cota das águas vivas em preia-mar, o que é insustentável».
Os problemas começaram a surgir, nomeadamente no troço da orla costeira de Espinho e Ovar, em zonas de aglomerados que, ao logo do tempo, foram crescendo em regiões que já no passado eram dinâmicas. A pressão urbana nestas zonas costeiras dinâmicas, que já se moviam no passado, aliada a fenómenos naturais, de acordo com Veloso Gomes, «como a subida do nível médio das águas do mar, vão agravar a situação no futuro».
O que se passa é que «as pessoas acharam que era possível ocupar estas zonas muito dinâmicas e que depois alguém viria defender, daí que este seja um problema de ordenamento», apontando ainda que os POOC conseguiram, pelo menos em alguns locais, «travar a construção em zona costeira sensível».
Outros aspectos que merecem reflexão no seio do grupo de trabalho que lidera prendem-se com a compatibilização entre turismo e actividades de lazer nas zonas costeiras e com as actividades náuticas de recreio que poderão aproveitar, por exemplo, instalações portuárias desactivadas.
O grupo de trabalho deverá entregar até 31 de Dezembro um relatório definindo as linhas de orientação estratégica, os domínios de intervenção prioritários, as medidas de acção a médio prazo e a metodologia de monitorização e avaliação dos ecossistemas costeiros. Essas conclusões deverão depois ser debatidas com personalidades, instituições, ONG’s e população em geral.
Supertaças nacionais assinalam
início de época de bilhar


A sala da Academia Bilhar de Ovar, um novo espaço, dotado de excelentes condições para a prática da modalidade, esteve na tarde do passado sábado no epicentro das atenções do bilhar nacional, ao servir de cenário à realização das Supertaças da época passada das provas promovidas pela Federação Portuguesa de Bilhar e do Bilhar Clube de Portugal – duas entidades que assinaram esta época um protocolo de cooperação, que visa a entrega das provas das variantes de Pool e Pool Português (ex-Snooker Português) ao BCP, cabendo à FPB a organização da variante de 3 tabelas.
Assim, e no que diz respeito às provas organizadas na época passada pela FPB, em Pool, a Academia Bilhar de Gaia detentora do título nacional, confirmou credenciais ao arrebatar o troféu, depois de suplantar na final, por 3-1, o Ateneu Comercial do Porto. Nas quatro unidades da equipa da Invicta, somente uma cumpriu a preceito a respectiva missão: o credenciado Manuel Gama não deu veleidades ao experiente Henrique Correia, que saiu vergado a uma pesada derrota por 6-1.
Nas restantes mesas a supremacia evidenciada pelos gaienses foi demais evidente, anotando-se os seguintes parciais: o algarvio Jorge Tinoco (a mais recente contratação) superiorizou-se a António Azevedo, vencendo por 7-2, Nuno André superou por 6-3 Nuno Lopes, enquanto o categorizado Rui Edgar despachou Ricardo Silva com a marca de 7-3.
Entretanto, na final da variante de Pool Português, a Academia Bilhar de Gaia, liderada por Henrique Correia, Nuno André, Guilherme Costa, Jose Leitão e Manuel Ferreira, voltou a brilhar, pulverizando o seu opositor com mais uma notável prestação, arrebatando um dos troféus mais fáceis de conquistar, ante a formação do Águias Areosa, que viveu um autêntico pesadelo, após uma concludente derrota por 9-1.
A última ameaça terrorista

domingo, novembro 27, 2005

Assembleia Municipal
PSD questiona mais um imposto
que sacrifica os munícipes


O grupo do PSD na Assembleia Municipal de Ovar absteve-se na votação da Taxa Municipal de Direitos de Passagem, discutida na sessão da Assembleia que decorreu no dia 22 de Novembro.
A bancada social-democrata não ficou esclarecida com a resposta do Presidente da Câmara Municipal de Ovar (CMO), o socialista Manuel de Oliveira, para as questões do deputado Domingos Silva. O social-democrata quis saber quais foram os valores arrecadados pela autarquia em 2005 através da aplicação desta taxa – cuja cobrança é efectuada através da factura de uma empresa de comunicações –, e quais os montantes que pretende arrecadar em 2006. O Presidente da Câmara assumiu desconhecer os valores em causa, admitindo que a empresa de comunicações ainda não entregou sequer à autarquia a receita da taxa cobrada no ano em curso.
Assim, Domingos Silva considera “caricato que a CMO não tenha ainda recebido qualquer montante relativo a esta taxa e que nem mesmo saiba os valores que lhe são devidos pela empresa que cobra esta taxa aos munícipes”.
Os social-democratas lamentam ainda o facto desta taxa estar a ser cobrada, em última instância, aos cidadãos, quando o princípio que determinou a sua criação – e que constituiu uma exigência dos municípios portugueses – foi a aplicação de uma taxa às empresas de comunicações que compensasse os municípios pelos estragos decorrentes da sua instalação em solo municipal. Todavia, o que se verificou foi que as empresas de comunicações acabaram por reflectir o pagamento dessa taxa na factura mensal enviada aos utilizadores.
Futebol: Liga Honra
Ovarense, 2 - Portimonense, 3
Greve aos pontos

A Ovarense, que esteve a um pequeno passo de fazer greve ao jogo de hoje com o Portimonense, foi injustamente derrotada em casa pela equipa algarvia por 3-2, em jogo da 12ª jornada da Liga de Honra de futebol.
A viver uma conturbada crise financeira, culminada com vários meses de salários em atraso, a formação orientada por Manuel Correia foi melhor na segunda parte e apenas um golo de Rui Baião, aos 92 minutos, permitiu à equipa algarvia o triunfo injusto alcançado no estádio Marques da Silva.
Depois de ter anunciado sexta-feira a falta de comparência no jogo com o Portimonense, o plantel decidiu alterar a posição assumida e, por respeito aos associados, conforme frisou em comunicado, compareceu na partida, que perdeu ainda que de forma inglória.
Num jogo que valeu apenas pelos cinco golos marcados, a Ovarense demonstrou, sobretudo no segundo tempo, capacidade para ultrapassar a equipa de Diamantino Miranda e apenas a falta de sorte e algum discernimento pode explicar o sétimo desaire na prova.
O Portimonense, aparentemente tranquilo na tabela classificativa, iniciou a partida praticamente em vantagem, já que, aos seis minutos, depois de grandes facilidades concedidas pela defensiva da turma de Ovar, Artur Jorge inaugurou o marcador.
Aos 23 minutos, Miguel Soares aproveitou defesa incompleta de Fouhami e empatou a contenda, mas, aos 30, Marinho rematou cruzado, na ressaca a um livre directo, e fez o segundo tento dos algarvios.
Na segunda parte, a equipa liderada por Manuel Correia demonstrou mais categoria e, aos 82 minutos, num lance em que Fouhami foi carregado em falta dentro da pequena área, Edgar empatou justamente a partida.
Já nos períodos de desconto concedidos por Bruno Paixão, de Setúbal, que benficiou sempre os forasteiros, e num lance de contra-ataque, Ricardo Pessoa cruzou certeiro do lado direito e Rui Baião, sem marcação, fez o vitorioso golo do Portimonense.

Ao intervalo: 1-2.

Marcadores:
0-1, Artur Jorge, 06 minutos.
1-1, Miguel Soares, 23.
1-2, Marinho, 30.
2-2, Edgar, 82.
2-3, Rui Baião, 92.

Equipas:
Ovarense: Rui Correia, Nelson, Edgar, Hugo, Marcelo, Edú, Miguel Soares, Artur (Paulinho, 60), Ricardo Jorge (Serginho, 77), Inzaghi (Eduardo Souza, 54) e Gisvi.
(Suplentes: Évora, Hector, Adilson, Serginho, Eduardo Souza, Paulinho e Rodolfo).

Portimonense: Fouhami, Ricardo Pessoa, Rui Ribeiro, Filipe, Ruben, Luís Marques (Marco Abreu, 27), Marinho, Paulo Teixeira, Cavaco (Ronaldo, 68), Artur Jorge e Piojo (Rui Baião, 73).
(Suplentes: Nuno Ricardo, Serjão, Marco Abreu, Ronaldo, Welligton, Rui Baião e Roberto).

Árbitro: Bruno Paixão (Setúbal).
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Marco Abreu (45), Paulinho (62), Edú (82), Fouhami (83), Marinho (89) e Ruben (91).

Assistência: Cerca de 600 espectadores.

Já chegou o Pai Natal!


... ao ritmo do samba, mas chegou.
Ovarense - Portimonense
Afinal há jogo

Os jogadores da Ovarense decidiram ontem, em reunião com o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, desconvocar a greve que inviabilizaria o encontro de hoje frente ao Portimonense, a contar para a 12ª jornada. Recorde-se que, face ao incumprimento salarial do clube de Ovar, os jogadores avançaram com uma ameaça de greve, referenciada para este fim-de-semana, o que implicaria faltar ao jogo desta tarde.
Em comunicado, os jogadores vareiros explicaram que não irão concretizar a sua intenção de greve por uma questão de consideração "pela instituição, pelos associados, pela equipa técnica, por nós e pelo futebol em geral", deixando, porém, evidente o intuito de continuar a pensar em soluções que lhes permitam lutar os seus direitos. Finalmente, e em jeito de conclusão, os jogadores deixaram um apelo à direcção do clube. "Se as pessoas não têm capacidade para resolver estes problemas, que já duram há muitos meses, que tenham humildade e respeito por todos nós e coloquem o seu lugar à disposição", lê-se no mesmo comunicado.
Entretanto, associada à crise financeira está a crise de resultados que tem vindo a assombrar a formação de Ovar neste arranque de campeonato. O encontro de hoje coloca frente a frente duas equipas com realidades bem distintas: os vareiros ocupam a 17ª posição e precisam de vencer para fugir aos lugares de despromoção, enquanto o Portimonense ocupa o oitavo posto, a cinco pontos do líder, e uma vitória pode consolidar o assalto aos lugares cimeiros. («O Jogo»)
Pai Natal chega hoje à cidade

O Pai Natal chega hoje a Ovar, pelas 15 horas. A iniciativa é da Associação Comercial de Ovar e São João da Madeira qu conta juntar mais de uma centena de figurantes no cortejo de boas-vindas pelo centro da cidade vareira.
Segundo uma informação da associação de comerciantes, o Pai Natal far-se-á transportar no seu trenó e começará por saudar os habitantes na Rua Gomes Freire (Junto ao Centro Comercial Garrett), seguindo depois pelo Jardim Almeida Garrett, Avenida do Bom Reitor, Rua de Timor, Rua Ferreira de Castro, Rua Aquilino Ribeiro, Rua Elias Garcia, Largo Família Soares Pinto, Praça da República e Rua Dr. Manuel Arala.
Est é apenas o «pontapé de saída» de uma série de iniciativas tendentes a ilustrar a quadra sempre muito aguardada pelo comércio tradicional.
Mais Pais Natal são ainda esperadas na concentração que terá lugar no Largo Família Soares Pinto, junto ao chafariz do Neptuno, no dia 18 de Dezembro. A associação conta instalar ali uma árvore de Natal gigante em torno da qual a iniciativa se deverá desenrolar.
Animação de rua, todos os fins-de-semana e feriados, a pensar nos mais pequenos que serão convidados a elaborar um presépio em barro, a participar em ateliers de maquilhagem, cantar em karaokes, assistir à projecção de filmes, entrar em ‘workshops’, são outras das iniciativas agendadas.
Basquetebol
Ovarense, 74 - Belenenses, 64

A Ovarense venceu o Belenenses e mantém-se na liderança da Liga TMN. De quatro ficaram dois: F. C. Porto e Ovarense isolaram-se no comando da Liga Profissional de basquetebol, ao vencerem, ontem, as equipas que os acompanhavam no lugar cimeiro da tabela. Os dragões bateram, em Matosinhos, o CAB, por 79-68, enquanto a Ovarense superiorizou-se, também no seu recinto, ao Belenenses, em jogos a contar para a sétima jornada da prova.

sábado, novembro 26, 2005

Crise na Ovarense
Jogadores fazem greve e não
jogam contra o Portimonense


Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol anunciou ontem que o plantel da Ovarense vai partir para a greve: «Os jogadores deram à Direcção do clube um prazo até às 15 horas e não receberam qualquer indicação de pagamento do remanescente do vencimento de Setembro e da remuneração de Outubro. Por isso, estão irredutíveis quanto à não comparência no jogo com o Portimonense».
Os profissionais da Ovarense preparam-se para tomar uma decisão histórica, avançado para a primeira greve no futebol português desde que os jogadores Académica adoptaram semelhante posição de força em 1962, de acordo com os dados fornecidos por Joaquim Evangelista.
Todavia, uma decisão dos jogadores em relação a uma greve durante o fim-de-semana, que implicará faltar ao jogo de amanhã, só hoje será tomada, diz o jornal «O Jogo».
Esta semana a Direcção da Ovarense pediu mais algum tempo para reunir as verbas exigidas. Os jogadores vão reunir para decidirem a resposta a dar.
Reserva Natural São Jacinto
Biólogos minimizam riscos das aves
migratórias na transmissão da gripe aviária

Há cerca de três anos que o Instituto de Conservação da Natureza (ICN) faz rastreios do vírus da gripe aviária, através de recolha de fezes, aproveitando as habituais campanhas de captura e marcação de aves para estudos científicos. Grande parte das amostras têm seguido da Reserva Natural de S. Jacinto, em Aveiro, onde existe uma elevada concentração de aves aquáticas migratórias, para analisar nos laboratórios a pedido da Direcção-Geral da Veterinária.
Vitor Encarnação, biólogo do ICN, que faz anilhagem de aves há 30 anos, minimiza os riscos de transmissão do vírus H5N1 pelas espécies migratórias que chegam a Portugal de outros pontos do mundo. “Temos grandes dúvidas. Os factos baseados em estudos europeus dizem-nos que não há qualquer registo de aves selvagens saudáveis contaminadas. Morrem da mesma forma que as domésticas, logo não podem transportar o vírus a grandes distâncias”, explicou aquele especialista. Só foi detectado o H5N1 em aves moribundas ou mortas. Também não se registou nenhum caso de transmissão do vírus ao homem pelas aves selvagens mas sim de infecções de aves domésticas que tiveram contacto “muito prologado” com as pessoas atingidas. Nos rastreios que está a fazer, o ICN conta com a colaboração de técnicos e vigilantes próprios, assim como de outros colaboradores que desenvolvem projectos de investigação.

Ave anilhada em Aveiro recuperada morta em zona com casos de H5N1

David Rodrigues, engenheiro florestal e docente da Escola Superior Agrária de Coimbra, passa várias temporadas na Reserva Natural de S. Jacinto a colocar anilhas em aves aquáticas ao abrigo de um projecto apoiado pela Fundação Ciência e Tecnologia. O que permite obter informação importante sobre os movimentos migratórios e taxas de sobrevivência, por exemplo. A população de aves aquáticas é composta, sobretudo, pelo pato-real, que vive na região. No Inverno chegam as migradoras, sendo a marrequinha a mais comum, vinda da Escandinávia e Rússia (ocidental) através da rota migratória atlântica. Em mais de 200 informações no estrangeiro, foi detectada apenas uma ave marcada em Aveiro há dois anos que apareceu morta na Croácia, região onde têm sido registados casos do H5N1. Mesmo assim, este especialista considera que dificilmente chegariam a Portugal aves contaminadas. “À partida poderia indicar que os casos de gripe viária poderiam chegar cá ”, admite David Rodrigues, embora considerando tratar-se de uma possibilidade remota. “Mesmo que os pássaros fossem os vectores principais da disseminação da doença, este Inverno não chegaria cá pelos patos. Só se houvesse uma vaga de frio muito rigorosa no Leste Europeu e atingisse também o Sul de França”, explica o estudioso. “Em anos normais, este trânsito em direcção à Península Ibérica não se verifica. E teria de acontecer até ao fim de Dezembro”, acrescenta. Apesar disso, David Rodrigues defende a constante monitorização das aves migratórias o que tornará possível detectar rapidamente casos anormais, por exemplo, de mortandade. O vírus pode ser transportado nas aves pela via digestiva. Os caçadores são um dos grupos que devem ter maiores cuidados a manusear as aves. Mais do que isso, para já, garantem os especialistas, não se justifica. (in «Noticias de Aveiro»)

sexta-feira, novembro 25, 2005

Direcção não tem verba para
evitar falta de comparência


Ainda não se vislumbra o capítulo final da já longa novela dos salários em atraso na Ovarense. O plantel, após uma reunião efectuada na semana passada com Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, ameaçou faltar ao encontro com o Portimonense caso não fossem pagos, até às 15h00 de hoje, os 75% referentes aos meses de Setembro e Outubro ainda por liquidar. A posição foi explícita, mas o prazo não será cumprido. Ao que O JOGO apurou, Carlos Brás, presidente do clube de Ovar, esteve ontem no balneário da equipa, onde comunicou ao grupo de trabalho não dispor ainda do montante exigido, pelo que pediu aos jogadores um pouco mais de paciência e de tempo para que a situação se resolva.
Apesar de tudo, o plantel não parece disposto a confiar em novas promessas e pretende levar até ao fim a decisão tomada no último encontro com o Sindicato, ainda que só hoje, altura em que se reunirá novamente com Joaquim Evangelista, fique decidido se a equipa subirá ou não ao relvado do Estádio Marques da Silva para defrontar a equipa algarvia.(«O Jogo»)
Edição 2005 é hoje apresentada
«Dunas» são como divãs

A revista «Dunas – Temas & Perspectivas», uma publicação habitual sobre cultura e património da região de Ovar, é hoje apresentada na Biblioteca Municipal. «A acção dos “brasileiros” torna-viagem em Ovar – A obra dos Irmãos Oliveira Lopes», de Fernanda Maia, «Rotary Club de Ovar», Eduardo Lamy Laranjeira, «Ovar rumo à sustentabilidade», Salvador Malheiro, «In Memoriam», de José Luís da Silva Cerveira, «A propósito da arte contemporânea no concelho de Ovar», de Emerenciano, «A náutica de recreio em Ovar – factor de identidade e desenvolvimento», Hélder Ventura, ou ainda «Raízes de Memória para o Parque Urbano de Ovar», por Sidónio Pardal, são alguns dos temas propostos. A apresentação da obra é da responsabilidade do pároco e historiador, Manuel Pires Bastos.
A oportunidade serve ainda para apresentar publicamente, «Datas da História de Ovar», de outro historiador vareiro, Alberto Sousa Lamy, obra com prefácio assinado pelo actual presidente da edilidade.
“ SAI DE GATAS “

Sempre pensámos que aquele era um local que podia mudar o conceito de «Ovar by night». Como as séries de Natal, o espaço tem aberto de forma intermitente e a promessa tem sido adiada. Como não há duas sem três ou quatro, o «ÓBAR», que depois foi «INBAR», ou ainda, mais recentemente, «SALSA e MERENGUE», acaba de ser novamente baptizado. O «SAI DE GATAS» vai abrir portas esta noite e promete animar definitivamente as noites de Ovar. Com uma nova filosofia de ritmos e uma dinâmica que promete extasiar os boémios, a cidade passa a contar com um espaço irreverente e mágico, onde a palavra de ordem vai ser a diversão.
A gerência do António Magina tem provas dadas (vide café «Progresso» no carnaval) e se promete que não vai ser preciso abrir os cordões à bolsa para poder entrar na festa, a gente acredita até porque anda por aí uma crise...
A música, as caras larocas e o ambiente vão, com certeza, prendê-lo até de madrugada. Mas para comprovar tudo isto, tem mesmo de ir até lá. Não vale a pena tentar resistir, o “SAI DE GATAS” vai sem dúvida conquistá-lo! Boa sorte!

Programa de festas:
Sexta 25 - A primeira vez... Experimente
Sábado 26 - "E vai rolar a festa " Com o Grupo de Pagode Samba-Lê-Lê
Quarta 30 ( Véspera de Feriado ) - Entre em dezembro em grande estilo

Uma imagem animada proporcionada pelo Google onde se pode observar a actividade busca em todo o planeta. Para ver é aqui.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Orientação na mata do Furadouro

As florestas do Furadouro serão o palco da primeira organização do Ori-Estarreja na época 2005/2006. Após dois anos de interregno (5 Dias da Ria 2003), as reentrâncias e depressões das dunas do Furadouro voltam a ser cenários para mais aventura. O Clube de Orientação de Estarreja organiza, este fim-de-semana, o VI Open da Ria. Esta prova é pontuável para o Troféu Regularidade da FPO e para o Ranking Regional Norte 05/06. As inscrições terminaram no passado sábado. Os primeiros atletas, que participam na prova de distância média, começam a competir depois de amanhã, a partir das 13h00. Uma outra prova está marcada para domingo, às 9h30. Concluído o VI Open da Ria, os prémios aos três primeiros atletas e ao clube vencedor serão entregues no domingo, numa cerimónia marcada para a uma da tarde.
Moon over Lisbon

Não sei se é verdade, mas quem me enviou esta foto, diz que o fenómeno só acontece de vinte em vinte anos. Seja como for, a foto resulta...
Autarquia e Simria estão a renegociar custos
de utilização do sistema de saneamento


A Câmara Municipal de Ovar renegociou com a Simria - Saneamento Integrado dos Municípios da Ria, os montantes que estava a desembolsar relativamente à utilização do Sistema Intermunicipal da Ria de Aveiro, pelo tratamento do saneamento. Esta era uma antiga pretensão da autarquia vareira, que estava a pagar a verba mínima contratualizada, mas que era superior ao que efectivamente era colocado no sistema em questão.
Em termos globais, a Câmara de Ovar teria de desembolsar este ano cerca de um milhão e meio de euros por esse serviço, mas deverá agora pagar apenas cerca de 60 por cento desse montante com o reajustamento dos valores.(«Público»)

quarta-feira, novembro 23, 2005

Basquetebol
Jaime Silva brilha no Cornella

O ex-atleta da Ovarense, Jaime Silva, esteve extremamente eficaz na vitória fácil (116-72) da sua equipa, o Cornella, sobre o penúltimo classificado – o Pamessa Ceramica Castellon. O internacional português, nos 18 minutos que esteve em campo, concretizou 13 pontos (2/2 em lançamentos de dois pontos e 3/6 em lançamentos de três pontos), a que juntou ainda dois ressaltos, dois roubos de bola e duas assistências.
Como o jogo não teve grande história, o técnico pôde «rodar» todos os jogadores, acabando por ser Joffre Lleal, um velho conhecido do basquetebol vareiro, o melhor marcador da equipa, com 22 pontos. Com esta vitória, a formação onde actua o basquetebolista aveirense ocupa a sexta posição da LEB 2, com seis vitórias e cinco derrotas, numa competição liderada por Huesca e Sabadell Gapsa, equipas que apenas perderam por duas vezes.
Veloso Gomes defende revisão dos planos
de ordenamento da orla costeira (POOC)


Os planos de Ordenamento de Orla Costeira devem ser reavaliados e articulados com outros instrumentos de ordenamento, defendeu hoje o coordenador do grupo de trabalho que está a preparar uma estratégia para a gestão do litoral.
Fernando Veloso Gomes lidera o grupo que o Ministério do Ambiente incumbiu de traçar as linhas orientadoras de uma estratégia para o litoral português e considerou "premente" fazer uma avaliação dos planos, sobretudo os que estão em vigor há mais tempo.
Um dos nove planos de Ordenamento de Orla Costeira, o POOC Caminha-Espinho, aprovado em 1999, já entrou em fase de revisão, mas "continua a haver necessidade de uma melhor articulação e avaliação estratégica" face a grande quantidade de instrumentos que abrangem as zonas costeiras como os planos de Bacia Hidrográfica, planos Regionais de Ordenamento do Território e os planos Municipais, entre outros.
Comentando o facto de grande percentagem do orçamento dos POOC se destinar a obras de defesa costeira, Veloso Gomes sublinhou que se cometerem "erros, erros e erros".
O especialista considerou também como "questões muito relevantes" a exposição de aglomerados urbanos às acções directas e indirectas do mar, sobretudo face à previsão de agravamento da ocorrência de fenómenos extremos, como as secas e as cheias, e ao recuo da linha de costa.
Outros aspectos que merecem reflexão no seio do grupo de trabalho prendem-se com a compatibilização entre turismo e actividades de lazer nas zonas costeiras e com as actividades náuticas de recreio que poderão aproveitar, por exemplo, instalações portuárias desactivadas.
O grupo de trabalho deverá entregar até 31 de Dezembro um relatório definindo as linhas de orientação estratégica, os domínios de intervenção prioritários, as medidas de acção a médio prazo e a metodologia de monitorização e avaliação dos ecossistemas costeiros.

Uma prenda


In 1992, Madonna surpreendeu toda a gente com uma obra polémica devido ao seu conteúdo de índole sexual. Vindo directamente do seu imaginário fetichista, a cachopa mostrava-se "danada para a brincadeira".
Observado hoje, ficamos com a certeza que o livro estava demasiado à frente para época e por isso causou escândalo. Mas visto à luz da ebulição de valores do Século XXI, uma escassa década volvida, está lá a habitual loucura de Madonna - também havia um disco com o mesmo título, diga-se -, mas também se pressente muito da Madonna espiritual, muita poesia (que resultaria, anos depois no belíssimo «Ray of Light»), e, 'last but not the least', as imagens recolhidas por alguns dos melhores e mais celebrados fotógrafos de actualidade.
Numa altura em que a senhora - agora bem mais sossegadita - volta à ribalta, recordamos o livro, em formato MOV, que é quase como folhear o dito. Podem descarregar
aqui e bom proveito.
(A foto é do concerto de Lisboa, agora vertido em DVD já à venda)


(in jornal «A Bola», de hoje)
Ramos Costa lançou obra e estreou peça inspirada em «D. Quixote»
O elogio de um «cavaleiro andante»

«O Cavaleiro da Utopia» é a mais recente criação do director da Companhia de Teatro Água Corrente de Ovar – Contacto, Manuel Ramos Costa. A cerimónia de lançamento da obra decorreu na sede da companhia, em Ovar, que foi pequena para albergar todos os admiradores e amigos que quiseram compartilhar mais este momento com o encenador.
A obra vertida da incontida força criativa deste vareiro nascido no lugar da Ribeira, em 1956, brota nas mais diversas formas, e não encontra paralelo na actualidade da região.
Poeta e dramaturgo, Manuel Ramos Costa é, nas palavras do escritor e teatrólogo Fernando Peixoto, «um fabricante de sonhos». «Textos, adaptações, encenações, cenografias, figurinos, coreografia, desenhos de luz e som, desenho e pintura, programas de rádio, palestras, colaboração na imprensa, director artístico da Contacto, onde acumula um outro encargo, o de director do boletim “Água Corrente”, encenador itinerante transportando a sua carroça de Téspis pelos mais recônditos lugares deste país». Fernando Peixoto, que escreveu também o prefácio de «O Cavaleiro da Utopia», confessa a sua admiração pelo artista vareiro que «depõe a sua arte nas mãos de gente que de súbito descobre a maravilhosa arte que transforma o sonho na realidade efémera que é sempre o teatro».
«Esteta viciado», Fernando Peixoto descreve Manuel Ramos Costa como «o invólucro de um ser de carne, de sangue, de suor, de nervos e de lágrimas que esculpe, nos corpos cansados da gente de trabalho, as personagens imortais de grandes obras dramáticas».
Amigo de longa data do autor, o Padre Manuel Pires Bastos recordou os tempos do Manuel Ramos Costa, acabado de sair do lugar onde nasceu. No entanto, ressalva o pároco, «foi neste ambiente fechado, de costumes e tradições ancestrais respeitosamente preservadas, que se desenvolveu o espírito irrequieto e criativo de Manuel António da Silva Costa – o seu nome de registo e de baptismo -, a criança que viria a desabrochar no escritor, no poeta, no pintor, no dramaturgo e no encenador que conhecemos hoje como Ramos Costa».
Depois de percorrer as várias etapas do percurso do autor, Pires Bastos terminou a sua intervenção com a quadra que fecha «O Cavaleiro da Utopia» e que pode muito bem ter laivos de autobiográfica: «Cavaleiro Andante/Não há tempo a perder/O caminho é adiante/Onde tudo pode ser».
A obra de Cervantes é conhecida, mas Ramos Costa imprimiu-lhe o seu cunho pessoal. «Dom Quixote é reprimido e humilhado por quem o rodeia, porque as pessoas não reconhecem a sua bondade infinita e o seu desejo extraordinário e incansável de salvar o mundo, onde ele próprio quer ser feliz com a sua adorada Dulcineia», sintetiza.
Tendo publicado em Dezembro do ano passado «Final Feliz», Manuel Ramos Costa lança agora «O Cavaleiro da Utopia». A estreia da respectiva peça teve lugar no passado domingo, na Casa da Contacto, a cargo da Oficina de Teatro, e foi dedicada pelo autor e encenador a todos os encenadores «construtores de sonhos» que foi conhecendo ao longo da sua vida. A plateia estava confinada a cerca de uma centena de pessoas, mas a peça decerto será repetida para chegar a todos os interessados que não poderam assistir à estreia.(in «Diário de Aveiro», de 20 de Novembro)
Música
Madonna entra para primeiro lugar
de vendas de discos em Portugal


Madonna entrou directamente para a liderança da tabela de álbuns em Portugal com o novo trabalho, "Confessions on a dance floor", revelou hoje a Associação Fonográfica Portuguesa.
"Confessions on a dance floor", que tem como primeiro single o tema "Hung Up", inspirado numa música dos Abba, destronou Robbie Williams da tabela portuguesa, que desce assim para o segundo lugar.
As maiores subidas da semana são protagonizadas pelos Il Divo, que ascenderam ao quarto posto (estavam em 16º), e pela cantora Anastacia, que passou do 23º para o nono lugar.
Os D'Zrt, que no dia 19 de Dezembro dão um concerto de Natal no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, desceram da segunda para a quinta posição.
A lista completa dos dez álbuns que mais venderam na última semana em Portugal:



1 (N) - "Confessions on a dance floor" - Madonna
2 (1) - "Intensive Care" - Robbie Williams
3 (9) - "Private InvestigationsÓ" - Dire Straits & Knopfler
4 (16) - "Ancora" - Il Divo
5 (2) - "D'Zrt" - D'Zrt
6 (10) - "Christmas Songs" - Diana Krall
7 (5) - "Back to Bedlam" - James Blunt
8 (3) - "O Melhor de Rita Lee" - Rita Lee
9 (23) - "Pieces of a Dream" - Anastacia
10 (4) - "Crazy Hits" - Crazy Frog

terça-feira, novembro 22, 2005

Orla costeira Ovar-Marinha Grande
é a que apresenta mais erosão


A orla costeira entre Ovar e a Marinha Grande é a que apresenta mais problemas de erosão em toda a costa portuguesa, afirmou hoje uma responsável do Ministério do Ambiente numa avaliação sobre os Planos de Ordenamento da Orla Costeira.
"Este é o troço de costa com maiores problemas de erosão. Trata- se de um território geologicamente frágil, sujeito a grande força de mar e caracterizado por uma grande pressão demográfica que envolve elevado risco para pessoas e bens", disse Maria João Pinto, assessora do secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, num seminário sobre gestão de zonas costeiras.
Quase metade do investimento previsto nos nove planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) tem sido canalizado para obras de defesa costeira (cerca de 47 dos cem milhões de euros já investidos).
No POOC Caminha-Espinho, por exemplo, a defesa costeira absorveu 7,6 dos 14 milhões de euros investidos até Dezembro de 2005, enquanto no POOC Ovar-Marinha Grande foram investidos neste tipo de obras mais de 16 dos 20 milhões de euros aplicados no mesmo período.
Entre Alcobaça e Mafra, a defesa costeira custou 6,2 milhões de euros (para um total de 16,1 milhões) e na orla Sintra-Sado o investimento de 9,3 milhões de euros em obras deste género corresponde à quase totalidade da verba gasta (9,5 milhões), tal como na orla Vilamoura-Vila Real de Santo António (1,7 milhões num total de 1,9).
As intervenções previstas nos POOC têm sido executadas pelo Instituto da Água (INAG), Instituto de Conservação da Natureza (ICN) e comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e destinam-se a obras de defesa costeira, planos de intervenção e requalificação das praias, como por exemplo construção ou remodelação de apoios de praia e outros equipamentos.
Os POOC prevêem também demolições de construções no domínio público marítimo, como é o caso da orla entre Caminha e Espinho, onde vão ser demolidos 238 edifícios.
Entre Ovar e Marinha Grande existem 585 construções, mas está ainda por definir quantas se vão manter e quantas serão demolidas.
O POOC Vilamoura-Vila Real de Santo António prevê também um número indeterminado de demolições nas ilhas-barreira do Algarve.
No total, o investimento para a aplicação dos POOC, que têm um prazo de execução de uma década, deverá atingir 500 milhões de euros.
Qual é o feminino de chanceler?

Angela Merkel prestou hoje juramento no Bundestag (Parlamento Federal) como chanceler da Alemanha, tornando- se assim a primeira mulher na história do país a chefiar um governo federal.
Merkel leu a fórmula de juramento prevista na Constituição e no final acrescentou as palavras "Assim Deus me ajude".
Porto
Museu da Imprensa expõe
"D. Quixote na Imprensa Portuguesa"


D. Quixote de La Mancha está na moda ou não se comemorassem 400 anos da sua publicação. Em Ovar, Manuel Ramos Costa publicou um livro e estreou uma peça (peça segue em breve) e o Museu Nacional da Imprensa inaugurou ontem, no Porto, a exposição "D. Quixote na Imprensa Portuguesa" para assinalar o quarto centenário da obra de Cervantes, foi hoje anunciado.
As dezenas de publicações periódicas, revistas e livros, que integram esta mostra, "patenteiam o reflexo 'cervantino` na vida social e literária portuguesa, fruto de conferências, críticas e exposições eruditas, mas também de abordagens mais populares, designadamente através da imprensa humorística", refere o museu em comunicado.
Estará exposta uma litografia do Supplemento Burlesco do Patriota, de 1848, uma das mais antigas caricaturas referentes a D.Quixote na imprensa portuguesa, assim como caricaturas do "cavaleiro andante" feitas por Sebastião Sanhudo, Bordallo Pinheiro e Silva e Silva.
Paralelamente ao impacto de D. Quixote na imprensa portuguesa, o museu apresenta a famosa edição da Lello, de 1930, do "Dom Quixote de la Mancha", com desenhos de Gustavo Doré.
Durante a mostra, os visitantes poderão imprimir manualmente numa das relíquias tipográficas do museu um desenho da rainha D.
Amélia sobre D. Quixote, baseado numa gravura publicada no Diário de Notícias em 1905.
A exposição ficará patente até 28 de Fevereiro de 2006, na Sala Rodrigo Álvares, no horário habitual do museu, todos os dias das 15:00 às 20:00.
Presidenciais
Louçã desvaloriza nota Ministério
Educação a exigir desculpas


O candidato presidencial Francisco Louçã desvalorizou o comunicado do Ministério da Educação, que lhe exigiu um pedido de desculpas público pelas suas declarações sobre o secretário de Estado da Educação, alegando que o documento é "anónimo".
"Não vou fazer comentários, pois trata-se de um comunicado anónimo, que não está assinado por alguém do gabinete da ministra ou da assessoria de imprensa. Apenas tem o timbre do Ministério da Educação", disse Francisco Louçã .
O fim do paraíso

Foi o motor do desenvolvimento de Ovar e chegou a ter 3.700
empregados. Agora, emagreceu e quer mudar-se para o Leste


Américo Rodrigues é um homem persistente. À porta da fábrica da Yazaki Saltano, em Ovar, distribui profusamente, com a ajuda de dois colegas, um comunicado do sindicato às centenas de trabalhadores que entram no turno das cinco da tarde ou que saem do turno das oito da manhã. Ao mesmo tempo, ouve com atenção as últimas queixas sobre a situação que se vive na empresa, onde paira a ameaça de desemprego para 500 dos seus 1.262 trabalhadores devido à deslocalização de uma parte da produção de cablagens para automóveis (Toyota Avensis e Mercedes R171) para a Eslováquia e Turquia, onde os salários são mais baixos e as grandes fábricas de automóveis estão mais próximas. Este dirigente do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Centro já esteve numa reunião no gabinete do primeiro-ministro, onde informou os assessores de José Sócrates do que se passa. E liderou a greve contra a deslocalização convocada em Julho, que contou com a adesão de metade dos trabalhadores, segundo o sindicato.
Com 39 anos de idade, Américo está há 12 na empresa e recorda com saudade
os primeiros tempos, em que deixou de ser um desempregado de longa duração
da indústria de cordoaria e agarrou a grande oportunidade profissional da sua
vida. «Quando entrámos na fábrica tínhamos orgulho em trabalhar aqui, havia a
perspectiva de um emprego para toda a vida e fazíamos planos para o futuro,
porque os salários eram elevados», conta o sindicalista. A multinacional
japonesa, que tem outra fábrica em Gaia, chegou a empregar 3.700 pessoas «e
foi, sem dúvida, o motor do desenvolvimento de Ovar». Para muitos «era o
paraíso, o futuro era radioso».
Benjamim Rodrigues, da mesma idade de Américo, também dirigente sindical e
com 10 anos de Yazaki, confirma este clima optimista do passado. «O ambiente
da empresa era muito bom entre colegas e no relacionamento com as chefias.
Muitos dos casais que cá trabalham conheceram-se aqui». Mas os tempos
mudaram: «Hoje só há terrorismo psicológico e a administração está a criar um
ambiente para as pessoas se irem embora». Américo, colocado na secção de
manutenção de linhas, e Benjamim, da secção de corte, já foram chamados duas
vezes à direcção de Recursos Humanos para fazerem a rescisão amigável dos
contratos de trabalho, mas recusaram liminarmente. «O meu posto de trabalho
não está à venda», argumenta Benjamim Rodrigues.
A sua mulher também estava empregada na fábrica, mas, depois de vários meses de
baixa por causa de uma depressão, acabou por sair. «O trabalho é muito repetitivo e
a pressão é grande, o que torna frequentes as depressões no pessoal da Yazaki», explica Benjamim. A produção de cablagens para automóveis é um trabalho em linha, monótono, cadenciado, com prazos apertados e cronometrados para duas
tarefas: o corte automático (individual) e a montagem manual (colectiva). São
actividades muito intensivas em mão-de-obra, que explicam a grande
dimensão das fábricas, cada uma empregando centenas ou milhares de
pessoas.
Mas tudo isto não impede que o desempenho da Yazaki Saltano continue a ser
bastante bom. «Somos a melhor fábrica do grupo na Europa e a terceira melhor
no mundo, em termos de produtividade», salienta o mesmo operário. «E, por
isso, não é por falta de qualidade dos nossos produtos ou por perda de
mercados que se fala de deslocalização, mas apenas por uma única razão - a
redução de custos», acrescenta Américo Rodrigues. O dirigente sindical
reconhece que «não é necessária grande qualificação do pessoal para produzir
cablagens automóveis, e a inovação tecnológica, com a introdução da fibra
óptica e de novas máquinas, diminui o número de componentes e reduz as
necessidades de mão-de-obra».
Cláudio Silva explica, por sua vez, que «ninguém sabe ainda quem vão ser os
500 trabalhadores a dispensar. Talvez os do turno das cinco, que custam mais à
empresa, devido aos subsídios do trabalho nocturno». Este delegado sindical, de
27 anos de idade, está na fábrica desde os 17 e recorda que nessa altura «não
havia mão-de-obra suficiente em Ovar para as necessidades da Yazaki, que teve
de ir buscar gente a Aveiro, Porto e Gondomar». O pessoal da Yazaki é jovem,
com uma idade média abaixo dos 30 anos, e um nível de escolaridade entre o 9.º
e o 12.º ano. Mas encontrará alternativas de emprego? «Em Ovar e nos
concelhos mais próximos não encontra, nem na indústria nem no comércio».
Por isso, quando as ameaças de deslocalização se tornaram mais reais, a
Comissão Sindical da empresa fez propostas de diversificação da produção
para viabilizar a fábrica e manter os postos de trabalho. E no final de 2004 a
administração anunciou a hipótese, reforçada em Outubro passado, de virem a
ser fabricados painéis solares e contadores de gás, produtos de maior valor
acrescentado, que exigem maquinaria sofisticada e operários mais qualificados, e
que já são produzidos pela Yazaki noutros países. Os responsáveis da empresa não
fazem neste momento quaisquer declarações sobre o futuro, alegando que
estão a decorrer negociações entre a Yazaki Europa e o Governo português (Agência
Portuguesa de Investimento), informação que o Ministério da Economia confirma.
«Mas a verdade é que a desmontagem e embalagem de máquinas para a Eslováquia
e Turquia tem continuado», revela Américo Rodrigues. Foi o que aconteceu com uma linha de produção que ocupava 60 pessoas, estando agora a empresa a tentar colocá-las noutros sectores. Fernanda Tavares, directora de Recursos Humanos e porta-voz da Yazaki de Ovar, salienta entretanto que «os custos de mão-de-obra e a distância das grandes fábricas de automóveis são desvantagens evidentes para o nosso país».
As grandes multinacionais de cablagens que se instalaram em Portugal estão, de
facto, em debandada ou têm planos para reduzir drasticamente a sua actividade.
Parece um movimento surpreendente num país onde o sector automóvel é o
segundo maior exportador nacional, e onde existe uma importante indústria de
componentes, que em 2004 facturou mais de 4,2 mil milhões de euros e deu
emprego a 40 mil pessoas. Mas é inevitável, com a globalização a bater-nos à
porta, e tanto os dirigentes sindicais como os governantes que autorizaram os
projectos de investimento dessas multinacionais sabiam que, mais tarde ou mais
cedo, nomes sonantes como a Valmet, a Valeo, a Woco, a Alcoa, a Delphi, a
Lear ou a Yazaki saltariam de Portugal para outras paragens onde a
mão-de-obra é mais barata e os grandes fabricantes de automóveis estão mais
perto, como no Leste europeu.
Aloísio Leão, presidente da Associação de Fabricantes da Indústria Automóvel
(AFIA), assinala que «as cablagens representam 15% das vendas e 31% do
emprego no sector das componentes para automóvel, o que mostra a
importância e os perigos que podem derivar da deslocalização, mas fora desta
área o quadro não é tão negro, porque a indústria portuguesa tem vindo a
apostar em produtos de maior valor acrescentado, com resultados muito mais
animadores». O dirigente da AFIA diz que nas empresas nacionais do sector
«não há uma estratégia de deslocalização mas antes de crescimento, e temos
seguido os nossos principais clientes - os grandes fabricantes de automóveis -
para o Leste europeu e para o Brasil, abrindo aí novas unidades industriais». Em
contrapartida, Aloísio Leão recorda que desde 1990 houve pelo menos 15
multinacionais que abandonaram Portugal ou reduziram a sua actividade. E
salienta que, «nos próximos anos, o Leste vai continuar a ser atractivo, não só
pelos incentivos disponibilizados pela UE mas também pela flexibilidade laboral,
pelos custos de transporte e da mão-de-obra, que tem uma formação de base
melhor do que a nossa». Por isso, pode ser uma oportunidade de negócio para a
indústria portuguesa, como salienta Artur Costa, especialista do sector na
consultora Inteli-Inteligência em Inovação: «As empresas do Leste que fornecem
os grandes construtores automóveis têm carências de tecnologia, automação,
qualidade e gestão moderna, enfim, fazem lembrar os nossos fabricantes de
componentes de há 20 anos».
Ovar, com quase 20 mil habitantes, é uma cidade onde 65% da população activa
vive da indústria, sendo a Yazaki o seu maior empregador. Com os ventos da
globalização, o desemprego está a crescer rapidamente no concelho, atingindo
já mais de 11% da população activa, um valor superior à média nacional (7,2%).
«Até há poucos anos Ovar era o concelho com maior empregabilidade no distrito
de Aveiro, mas agora tem mais de três mil desempregados (1/3 do total do
distrito)», afirma o presidente da Câmara de Ovar. Manuel Oliveira sublinha que
a autarquia «apostou demasiado nas facilidades de localização de empresas
sem grandes critérios». O autarca defende, por isso, «alternativas a este modelo
nas indústrias de valor acrescentado, serviços e turismo, como o Sportsforum,
que vai criar 700 novos empregos em Ovar».
Este projecto de 30 milhões de euros é uma parceria entre o grupo Amorim e a
Câmara e introduz um novo conceito em Portugal, que associa um centro
comercial a uma área desportiva. «Mas o Sportsforum só vai estar pronto em
2006 e os ordenados praticados no comércio são em geral mais baixos que na
indústria, rondando os 374 euros do salário mínimo nacional», contrapõe
Américo Rodrigues. E lembra que o salário médio na Yazaki atinge os 700 euros,
mais prémios e regalias sociais. Por isso, o dirigente sindical não desarma: «Vou
resistir na empresa até ao fim. Só quando não puder mais é que me vou
embora».(in «Expresso»)
ELOGIO AO AMOR

«Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se
apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível.
Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se
por uma questão de prática.
Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque
é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e
das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de
antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O
amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.
Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se
numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia
ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática.
O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam
"praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido,
do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de
conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia,
são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem,
tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides,
borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o
desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro
a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha.
Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas,
a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o
nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por
sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já
não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor
fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é
amor.
É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não
é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não
pode.
Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar,
para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de
inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A
"vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não
é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição.

Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe.
Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a
nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não
sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por
isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente
e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade
pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num
momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém.
Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração
guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando
não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o
amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não
se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver
sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode
ceder.

Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não.

Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também».

(Miguel Esteves Cardoso in «Expresso» - Enviado por mão amiga)

segunda-feira, novembro 21, 2005

Presidenciais
Ministério da Educação espera
pedido de desculpas de Louçã


O gabinete da ministra da Educação disse hoje esperar que o candidato às eleições presidenciais pelo Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, apresente "desculpas públicas pela calúnia que lançou sobre o secretário de Estado da Educação".
Num debate realizado domingo, em Ovar, no âmbito da pré- campanha para as eleições de 22 de Janeiro, Louçã acusou o Governo de "escolher a demagogia, ao publicar um relatório incompleto sobre as faltas dos professores" no passado ano lectivo, divulgando a informação na sexta-feira, dia em que se realizou uma greve e manifestação nacionais de docentes.
Na altura, o candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda referiu ainda que "o secretário de Estado que divulga as faltas [dos professores], Valter Lemos, foi o mesmo que, enquanto vereador na Câmara de Penamacor, cessou funções por ter excedido o número de faltas injustificadas".
Em comunicado hoje divulgado, o gabinete da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirma que "Francisco Louçã transformou um tema político numa questão de carácter, que tratou com base num boato que se revelou falso".
"Espera-se que o candidato Francisco Louçã apresente desculpas públicas pela calúnia que lançou sobre o secretário de Estado da Educação e retome o tratamento concreto e objectivo das questões da educação em Portugal, em termos estritamente políticos", conclui o comunicado.
No domingo, Valter Lemos tinha já desmentido as afirmações do líder do Bloco de Esquerda, considerando a acusação "incrível e chocante".
"Como vereador nunca tive qualquer falta", afirmou o secretário de Estado, explicando que apenas suspendeu o mandato, tendo sido substituído pelo elemento seguinte da lista eleita.
Ovarense
Plantel pode não comparecer no jogo da 12ª jornada

Depois de ter decidido avançar com um pré-aviso de greve e do resultado positivo ontem alcançado na Vila das Aves, os jogadores da AD Ovarense mantêm-se na disposição de lutar pelos seus direitos.
Se até às 15 horas da próxima sexta-feira o clube não pagar o salário e meio em falta, o plantel avançará para a greve. A concretizar-se, isso implicará a ausência dos jogadores na partida com o Portimonense, da 12ª jornada, em Ovar.
Troféus

domingo, novembro 20, 2005


Compras, vendas, procuras e ofertas de emprego, enfim, pode anunciar tudo!
AFIXE NO «NdO»

Aqui, no «Notícias de Ovar», decidimos transformar o «chat» num local onde pode publicar todo o tipo de anúncios classificados. Compre, venda, alugue, arrende, troque, procure namorado(a), emprego, ofereça trabalho, etc, GRATUITAMENTE, para a área geográfica de Entre-Douro-e-Vouga. Enfim, usufrua dos milhares de visitantes deste jornal online sem gastar um tostão.
Esperamos, desta forma, ir de encontro ao interesse manifestado pelos nossos leitores.
José Roberto Duarte, que pelo e-mail enviado, nos parece residir no Brasil, já está a usar o novo serviço. Ele procura a familia do pai, residente em São Donato, e que dá pelo nome de Marques Silva. Se alguém souber informações desta família, pede-se o favor de enviar e-mail para «jorodu@ig.com.br» ou «jorodu@click21.com.br».
Eis o teor do e-mail que ele nos enviou: «Estou procurando parentes(primos de meu pai) Manoel Duarte, que são filhos/netos de sua tia Lucinda Marques da Silva, que residia na localidade de São Donato, na cidade de Ovar, em Portugal, se puderem me dar alguma noticia deles e mesmo contactos: endereço e telefone, fico muito grato.
Atenciosamente,
José Roberto Duarte
(Belém-Pará-Brazil
»

PS: ... e é claro, podem continuar a afixar os pensamentos ociosos do costume.
Futebol: Liga de Honra
Desportivo das Aves, 1 - Ovarense, 1
Ovarense gripou as Aves

O Desportivo das Aves e a Ovarense empataram hoje 1-1, em encontro da 11.ª jornada da Liga de Honra em futebol, disputado no Estádio do Clube Desportivo das Aves, na Vila das Aves.
Um livre directo apontado por Ricardo Jorge, aos 86 minutos, permitiu hoje à "aflita" Ovarense a conquista de um merecido empate no reduto do Desportivo das Aves (1-1), em encontro da 11ª jornada da Liga de Honra em futebol.
A formação da casa, que partiu para a ronda no quinto lugar, começou o jogo a ganhar, graças a um golo de Hélder Neto logo no primeiro minuto, mas acabou por pagar caro o facto de ter procurado sobretudo defender, em vez de tentar aumentar a vantagem.
O jogo começou praticamente com o golo dos locais, que marcaram no primeiro ataque, através de um canto: Miguel Pedro marcou, William cabeceou à trave e, na recarga, Hélder Neto bateu Rui Correia.
Tão cedo em vantagem, o "onze" comandando por Neca ficou, naturalmente, mais tranquilo e passou a controlar o embate, sendo sempre mais ofensivo, mas sem criar perigo, perante uma Ovarense que, até ao intervalo, também não incomodou os locais.
Depois de pouco terem feito na primeira parte, os vareiros entraram muito melhor na segunda e poderiam ter empatado em duas situações, primeiro pelo suplente Inzaghi (62 minutos) e depois por Paulinho (64), sempre em contra-ataque.
A Ovarense nunca desistiu e, aos 86 minutos, acabou por ser premiada, num livre directo superiormente apontado por Ricardo Jorge, que não deu quaisquer hipóteses a Rui Faria.

Ao intervalo: 1-0.

Marcadores:
1-0, Hélder Neto, 01 minutos 1-1, Ricardo Jorge, 86.

Equipas:
- Desportivo das Aves: Rui Faria, Sérgio Carvalho, William, Sérgio Nunes, Pedro Geraldo, Filipe Anunciação, Leandro, Mércio, Miguel Pedro (Binho, 87), Hélder Neto (David Costa, 51) e Xano (Octávio, 60).
(Suplentes: Mota, David Costa, Rui Figueiredo, Binho, Hernâni, Octávio e Paulo Pereira).

- Ovarense: Rui Correia, Hugo Coelho, Edgar, Hector (Artur, 34), Tito (Serginho, 71), Edu, Miguel Soares, Marcelo, Ricardo Jorge, Paulinho e Eduardo Sousa (Inzaghi, 54).
(Suplentes: Évora, Adilson, Artur, Inzaghi, Serginho, Hélder Bruno e André Soares).

Árbitro: João Capela (Lisboa).
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Pedro Geraldo (07), Hector (24), Artur (45), Edu (59), Edgar (67), Ricardo Jorge (80) e Filipe Anunciação (82).

Assistência: Cerca de 1.500 espectadores.
Presidenciais
Louçã critica "demagogia do governo
com faltas dos professores"


Francisco Louçã introduziu hoje o tema da educação no debate das presidenciais, afirmando que "o governo está a ir pelo mau caminho ao escolher a demagogia no relatório sobre faltas dos professores".
Num almoço com apoiantes em Ovar, o candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda assumiu a defesa da escola pública e justificou o tema por respeitar a 10 milhões de portugueses, de que um candidato presidencial não se pode alhear.
"Não porque seja o Presidente que tenha a ver com a organização das escolas e das estruturas curriculares, mas a todos nós, a 10 milhões de portugueses, compete a obrigação de dar a garantia da democracia toda, a garantia de que a escola pública é a melhor de somos capazes e mobiliza melhor os recursos do país", sublinhou.
Entrando no tema, acusou o governo de "escolher a demagogia, ao publicar um relatório incompleto sobre as faltas dos professores".
"Nenhum professor deve faltar sem justificação, mas o governo faz um truque de mágica. O Ministério da Educação soma os doentes e as grávidas, que demoram a ter professor de substituição, na conta das faltas da caixa registadora da demagogia", disse o candidato às presidenciais apoiado pelo Bloco de Esquerda.
Francisco Louçã referiu que "o secretário de Estado que divulga as faltas, Walter Lemos", segundo informação que lhe chegou, "foi o mesmo que enquanto vereador na Câmara de Penamacor cessou funções por ter excedido o número de faltas injustificadas".
Lembrou ainda que foi por culpa do Ministério e não dos professores que a abertura do ano lectivo no ano passado tardou mais de um mês, provocando a desorganização das escolas.
Para o candidato à Presidência da República, a divulgação das faltas foi a resposta à greve dos professores por um Ministério "fechado numa torre de marfim, que não ouve o que se está a passar", greve essa que juntou até "gente que nunca tinha feito uma greve para demonstrar que a escola não pode ser amesquinhada".
"A escola não é ainda garantia de igualdade", criticou Francisco Louçã, considerando que a igualdade de oportunidades é uma condição da democracia e assumindo a defesa da escola pública e de um sistema que mobilize os professores, os pais e todos os agentes educativos.

sábado, novembro 19, 2005

«Greeny», «Bizz» ou «Glory's»?
Madonna influenciada
por discoteca de Ovar?



Sob o título «Não entres nessa discoteca escura», João Bonifácio faz a crítica ao novo álbum de Madonna, na edição de ontem do jornal «Público». Até aqui nada de anormal a não ser que ele relaciona a faixa sete de «Confessions on the dance floor», com Ovar. Assim: «A entrada de "Jump" é discoteca-manhosa-de-Ovar-circa-17-de-Julho-1989(Lester:"Estava muito bêbedo nesse dia"), "blips" atirados para cima de uma batida carrinhos-de-choque-pós-dia-na-construção-civil.»
Ligar Ovar ao novo álbum da Madonna, que é sempre um acontecimento à escala global, parece ser bom - em especial se partilharmos da ideia que mais vale ser falado que ignorado - mas se atentarmos bem, a apreciação feita a uma discoteca-mistério da cidade vareira dos «late eighties» é pejorativa. Depois, fica-se com a ideia que a dita «disco» era frequentada por trolhas, como se esta fosse uma profissão menor. Ora bem, senhor João Bonifácio, que você não goste do disco da Madonna, a gente aceita, mas daí até meter a nossa querida terrinha sob esse barulho das luzes... e ébrio ainda por cima!
E qual seria essa discoteca escura que o jovem João frequentou e nunca mais se esqueceu?

(Intro de «Jump»)

PSD reclama intervenção urgente face a investidas do mar

O PSD de Ovar lançou hoje um alerta para os "sinais de ameaça" do mar sobre a costa e reclamou um "tratamento excepcional" para a situação, particularmente grave no bairro piscatório de Esmoriz.
Dirigentes locais, autarcas e deputados do PSD visitaram hoje as praias do concelho, onde nos últimos dias o mar tem feito investidas.
"Queremos alertar mais uma vez para esta situação preocupante. Estamos a entrar no Inverno com as marés vivas e o mar está a dar sinais de ameaça", disse aos jornalistas Álvaro Santos, vereador da oposição na Câmara de Ovar e presidente da concelhia do PSD.
Segundo o autarca, foi recebido na Câmara um ofício do Instituto Nacional da Água (INAG), em que se comunicava que a situação era do conhecimento daquela entidade, mas aguardava disponibilidade financeira para realizar as obras de defesa costeira necessárias.
Para Álvaro Santos, "Ovar é um dos concelhos mais fustigados pelo avanço do mar e as situações excepcionais devem ter um tratamento excepcional".
A situação mais preocupante verifica-se no bairro dos pescadores de Esmoriz, onde na noite de sexta-feira o mar galgou a praia e entrou nas casas mais próximas.
Em 1997, foi assinado um protocolo entre a autarquia e o INH visando transferir o bairro piscatório para nascente, nos termos do qual as casas novas deveriam estar construídas no ano 2000. "Está tudo na mesma e a Câmara e a administração central têm grandes responsabilidades", acusou o vereador da oposição, salientando que vivem ali "centenas de pessoas em condições desumanas, com as ratazanas que se escondem nos esporões a entrarem para as habitações quando o mar sobe".
Outro local visitado foi a praia da Cortegaça, onde uma escola está em cima da duna e o mar avançou cerca de 50 metros a sul, junto a um parque de campismo.
Em Maceda, embora não estejam populações em risco imediato, o mar "comeu" as dunas primária e secundária, formando uma ravina com cerca de 20 metros, que no Verão não existia.
O PSD de Ovar teme que a construção dos molhes do Douro seja mais um entrave à deposição de sedimentos a sul e à recarga natural das praias e como medida urgente reclama a reconstrução da cabeça dos esporões em Ovar e a reparação das obras longitudinais, ainda que o sistema de defesa do cordão dunar careça de uma intervenção de fundo.
Regina Bastos, deputada do PSD pelo círculo de Aveiro, prometeu levantar a questão na Assembleia da República, "logo que haja disponibilidade de agenda parlamentar".
"Sabemos que o país vive com dificuldades graves e compreendemos que o governo tem de ser criterioso nas despesas, mas não compreendemos que não haja verbas para estas obras urgentes e se mantenham as SCUTs e se pense em Otas e TGVs", declarou no final da visita.
Basquetebol:Liga TMN
Aveiro Basket, 85 - Ovarense Aerosoles, 104
Ovarense cola-se ao Belenenses na liderança

A Ovarense foi ganhar ao terreno do Aveiro Basket, por 104-85, em jogo referente à sexta jornada da Liga TMN, disputado esta tarde.
Os vareiros passam a comandar a classificação, a par com o Belenenses, com cinco vitórias e uma derrota, seguidos do FC Porto e do CAB Madeira, com quatro triunfos e um desaire.
Maceda
Deficiprodut é exemplo na inserção
de deficientes na vida activa


Apesar de todos os prémios e incentivos que recebeu, a verdade é que, no início, poucos acreditaram no sucesso. No entanto, após quase uma década de actividade, a Deficiprodut - Artesanato, Produção e Comércio por Deficientes, Lda. tornou-se uma referência nacional única de inserção de deficientes na vida activa.
Foi há 9 anos que a empresa abriu as portas numa antiga oficina de reparação de automóveis, na freguesia de Maceda, concelho de Ovar. Desde então, o negócio não parou de crescer.
O gerente, Aristides Santos, de 44 anos, vítima de paralisia infantil, tem encontrado sempre forma de ultrapassar os obstáculos da vida. Por isso, decidiu também ajudar outros cidadãos com necessidades especiais.
Formado em economia, deixou a comodidade de um gabinete de contabilidade para aceitar o desafio, abrindo portas à inserção profissional de deficientes que ajudou a tornar operários especializados.
“Foi quase uma brincadeira. O meu pai, entretanto falecido, disse-me que eu poderia montar uma empresa para trabalhar e ocupar outros deficientes. Avançamos com a ideia. O primeiro artigo foi um porta-chaves em couro com a imagem de uma cadeira de rodas”, contou Aristides Santos.
Os primeiros passos foram dados “devagarinho”. Actualmente, a empresa está bem instalada no mercado e bate-se com a concorrência “pela qualidade” das peças de marroquinaria que produz.
A expansão das actividades conheceu, recentemente, um novo passo, com a criação de uma segunda empresa mais vocacionada para as vendas.
A Deficiprodut começou com apenas três trabalhadores (todos deficientes motores), um martelo, uma lata de cola e alguns retalhos de pele. Hoje possui 36 colaboradores “e vai entrar mais gente”, segundo referiu o gerente. São na sua esmagadora maioria cidadãos com algum tipo de deficiência física ou até mental que apenas não fazem certos trabalhos muito especializados.
“Nós somos uma empresa como outra qualquer, pagamos os nossos impostos e temos as mesmas regalias que qualquer um pode ter se quiser”, disse Aristides Santos. (ler mais em «Aveiroempreendedor»)

sexta-feira, novembro 18, 2005

Futebol: Liga Honra
Jogadores da Ovarense avançam
com pré-aviso de greve


Os futebolistas da Ovarense decidiram hoje, por unanimidade, avançar com um pré-aviso de greve para o jogo com o Portimonense, da 12ª jornada da Liga de Honra, anunciou o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).
"Como o clube faltou à verdade, não liquidando o remanescente do ordenado de Setembro, nem o vencimento de Outubro, os jogadores decidiram, por respeito aos adeptos e à cidade, accionar o pré-aviso de greve e não avançar com a rescisão contratual", disse à Lusa Joaquim Evangelista, após uma reunião com o plantel vareiro.
O pré-aviso de greve terá de entrar ainda hoje nos serviços do Ministério do Trabalho, uma vez que são necessários cinco dias úteis para que seja efectivado.
De acordo com o presidente do SJPF, se até às 15:00 da próxima sexta-feira não for liquidado o diferencial do salário de Setembro e o mês de Outubro, os jogadores não comparecem no jogo com o Portimonense, a 27 de Novembro.
No dia 11 de Novembro, a Direcção da Ovarense, presidida por Carlos Brás, pagou apenas uma percentagem do salário exigido, pelo que os futebolistas avançaram com um pré-aviso de rescisão colectiva.
"A atitude da Direcção da Ovarense revela total incapacidade para resolver o problema e não contribui para as soluções exigidas pelos jogadores", acrescentou Evangelista.
"Há situações dramáticas na Ovarense e alguns jogadores só têm conseguido sobreviver com a ajuda de familiares e amigos", revelou.
A viver uma dessas situações está Artur, que na semana passada se demitiu do cargo de capitão de equipa, numa altura em que o clube lhe deve oito meses e meio de ordenados.
"Tem sido complicado viver assim. Desde sempre acreditei nas pessoas, mas não podemos viver de promessas. Iniciámos a nova época e os problemas são os mesmos. Está tudo na mesma", afirmou o jogador, que enverga a camisola da Ovarense há 17 anos.
Em declarações produzidas quarta-feira na sede da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, no Porto, o presidente do clube, Carlos Brás, lamentou que jogadores "com vencimentos entre os 1.250 e 2.750 euros" tivessem ido "para a comunicação social a equipararem-se a uns sem-abrigo".
"Acho que foi uma declaração infeliz. É lamentável que quando reivindicamos os nossos direitos nos equiparem a uns sem-abrigo", considerou Artur.
Por seu turno, Joaquim Evangelista considerou "inqualificáveis" as declarações de Carlos Brás, acrescentando que as mesmas "não dignificam a classe dos dirigentes".
A situação precária dos jogadores da Ovarense levou o organismo sindical a accionar o fundo de solidariedade, destinado a pagar as despesas prioritárias dos profissionais.

Alerta de mau tempo

O Serviço Municipal de Protecção Civil alerta para a condições de instabilidade meteorológica a partir da tarde de hoje e até ao próximo dia 20.
Previsões do Instituto de Meteorologia que indicam uma velocidade do vento nas terras altas com rajadas que poderão atingir os 80-100 km/h, prevê-se ainda precipitação, por vezes forte, acompanhada de trovoada. A situação deverá atenuar-se a partir de segunda-feira, dia 21 de Novembro.
De realçar ainda que há fortes possibilidades de ocorrer inundações, queda de árvores e objectos soltos, e deslizamentos, aumentando o risco de acidentes rodoviários.
PSD na rota da erosão das praias do concelho

O PSD de Ovar realiza amanhã uma visita de trabalho ao litoral do concelho para verificar "as praias mais fustigadas pela erosão costeira de toda a costa portuguesa e os efeitos do avanço do mar que já começaram a fazer-se sentir nas últimas semanas".
Segundo o partido, "os efeitos do avanço do mar já começaram a fazer-se sentir nas últimas semanas, perspectivando-se mais um inverno dramático para as praias locais".
Assim, o PSD iniciará a sua visita às 10h00, na Praia de Esmoriz, e prosseguirá a visita com passagens pelas praias de Cortegaça, Maceda e Furadouro, com uma comitiva que integrará a deputada à Assembleia da República Regina Bastos e autarcas das quatro freguesias.
A visita termina às 12h00, na Avenida Central da Praia do Furadouro, junto às esculturas dos peixes de pedra.
Fica-te bem...
Penhoras limitam alternativas
para evitar rescisões


Terminou ontem o prazo estabelecido pelo plantel da Ovarense para a Direcção liquidar o montante relativo aos meses de Setembro e Outubro ainda em falta. Depois de uma reunião (na passada segunda-feira) com Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores (SJ), o grupo decidiu avançar com um pré-aviso de rescisão, conferindo três dias úteis à Direcção encabeçada por Carlos Brás para pagar os restantes 70 por cento referentes aos dois meses em atraso.
A situação económica tem-se agravado, retirando poder negocial aos responsáveis à medida que o Tribunal Judicial de Ovar manda executar penhoras ao clube. A mais recente foi distribuída precisamente ontem. O exequente é o ex-jogador Welington, que exige o pagamento de 10725 euros, um valor que se reporta a vencimentos em atraso.
Mas também Carlos Brás, que assumiu a liderança da Ovarense a 23 de Julho do ano passado, em substituição de Manuel Miranda, na altura ausente do país, foi alvo em Outubro de duas acções judiciais, juntamente com o vice-presidente Álvaro Teixeira, movidas pelo líder da mesa da Assembleia Geral, Raimundo Rodrigues, devido a um empréstimo ao clube de 10205 euros, e pelo ex-treinador Joaquim Teixeira, que tem 15925 euros de salários por pagar.
Com o prazo para receber o ordenado expirado ontem, os jogadores do clube de Ovar não viram satisfeitas as suas exigências e podem formalizar hoje o pré-aviso de rescisão que avançaram na passada sexta-feira. Os responsáveis tinham três dias úteis, após serem notificados, para resolverem o problema e evitarem a rescisão contratual. Eventuais alternativas serão hoje debatidas em nova reunião com Joaquim Evangelista, numa unidade hoteleira de Ovar.
Carlos Brás já informou os jogadores que, apesar dos esforços encetados, ainda não dispõe do montante exigido, pelo que aconselhou cada um a tomar a decisão que achar melhor para o seu futuro. Recorde-se que o clube acumulou sete meses de atraso na época passada, situação ainda por regularizar, e esta temporada apenas conseguiu pagar o primeiro mês, originando alguns casos críticos, solucionados, entretanto, pelo Sindicato, através do seu Fundo de Solidariedade do Jogador.(«O Jogo»)
Mourinho: The special one

Porque um treinador é, antes de tudo, um condutor de homens.