sexta-feira, abril 30, 2004

Perseguição recambolesca em Esmoriz

Um militar da GNR saiu ileso de uma tentativa de atropelamento, na madrugada de hoje, na EN 109, em Esmoriz.
A GNR deslocou-se à Av. da Barrinha, em Esmoriz, onde ocorrera um assalto a um estabelecimento de venda de electrodomésticos.
Cerca das 2.30 horas, esta patrulha detectou uma viatura suspeita transportando três indivíduos que, apercebendo-se da aproximação das autoridades, fugiu a grande velocidade. Mas dez minutos depois seria de novo localizada pela GNR. A perseguição voltou a não resultar, tendo os presumíveis larápios voltado a escapar. Mas estava escrito que o carro suspeito voltaria a ser localizado, mas desta vez, apenas o condutor se encontrava no seu interior. Numa das tentativas de o neutralizar, o homem resistiu e tentou atropelar um dos militares da GNR envolvidos na operação, mas sem o atingir de forma a feri-lo, já que este conseguiu fugir a tempo. Desta vez, a detenção aconteceu mesmo e a patrulha conseguiu capturar o condutor, de 30 anos, que acusou uma taxa de alcoolemia de 1,07 g/litro de álcool. Este indivíduo foi ainda ouvido no Tribunal de Ovar durante a manhã de hoje, desconhecendo-se a medida de coacção imposta.
(T)IRADAS II: «É uma questão de tempo, porque é inevitável que o Furadouro passe a freguesia»

Augusto Rodrigues, pres. da Comissão de Melhoramentos Furadouro, in Público de ontem.

(T)IRADAS: «O PSD de Ovar está em enormes dificuldades, porque não é previsível que tenha uma alternativa num seu militante para integrar a lista para o Parlamento Europeu»

Armando França, pres. da Câmara Municipal de Ovar, in Diário de Aveiro de hoje

quinta-feira, abril 29, 2004

Morte de aluno não
foi causada por meningite



Pais e encarregados de educação de alunos que frequentam as escolas do primeiro ciclo e não só de Ovar podem ficar descansados. A morte do pequeno Carlos Henrique, aluno da EB1 dos Combatentes, que faleceu esta madrugada no Hospital de Vila Nova de Gaia, não foi causada por um ataque fulminante de meningite, uma doença altamente contagiosa e que em muitas circunstâncias pode causar a morte.
Segundo fonte da direcção daquele estabelecimento de ensino, a criança de 11 anos tinha diversos problemas de saúde e «o seu desenvolvimento não era o de uma criança normal», adiantando que apesar de ter onze anos, fisicamente não aparentava ter mais de seis, muito embora comunicasse com alguma facilidade». Sendo assim, o Carlinhos – como era conhecido -, frequentava o ensino especial e estava matriculado no terceiro ano daquela escola.
De facto, nada fazia prever o falecimento da criança, «pois esteve sempre bem na escola e se lhe aconteceu alguma coisa, terá sido em casa».
O Carlos Henrique sentiu-se mal na madrugada de ontem e foi transportado para o Hospital de Ovar. Daqui foi transferido para o de Gaia, onde viria a falecer na madrugada de hoje. O resultado da autópsia a que foi sujeito ainda não é conhecido.

quarta-feira, abril 28, 2004

Segundo vereadores do PSD
Autarquia caminha para o abismo

Os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Ovar votaram contra o Relatório de Gestão e Contas de Gerência de 2003 apresentados recentemente pelo executivo, por considerarem que “as Contas confirmam mais uma vez, e agora de forma mais acentuada, as nossas críticas e preocupações em anos sucessivos”.
Com efeito, os documentos voltam a evidenciar um grande descontrolo de gestão, incumprimento das Grandes Opções do Plano, um despesismo galopante e, mais do que isso, uma grave gestão que está a hipotecar o futuro do nosso município.
Como instrumento de gestão, o orçamento não teve qualquer valor, senão para comprovar o total descontrolo do executivo, pois, dos 36.763.609 euros previstos, apenas foram executados 21.001.990 euros, ou seja 57%. A previsão no Orçamento de um valor que – como se veio a provar – não foi possível cumprir, resultou obviamente da inscrição de verbas virtuais, muitíssimo superiores à média registada nos dois anos anteriores, o que constitui, como referiram os vereadores do PSD, “um frontal desrespeito à Lei”.
O incumprimento das Grandes Opções do Plano está evidenciado nos números relativos ao investimento. O executivo previu investimentos de 19.933.209 euros, mas executou apenas 7.793.246 euros, ou seja 39% daquilo que estava estimado, mesmo tendo sido contraídos empréstimos no valor de 2.664.150 euros.
Numa análise ainda mais atenta, verifica-se que, das despesas de capital contabilizadas, apenas 5.641.141 euros dizem respeito a obras concretas; o restante serviu para pagamento de subsídios em atraso (970.551 euros) e para amortização de empréstimos e juros (1.181.554 euros).
Entre os sinais óbvios do despesismo desta Câmara Municipal sobressaem as despesas correntes que constituem uma fatia cada vez maior da despesa total.
No ano de 2003 as despesas correntes cifraram-se em 63% do total (13.208.744 euros), enquanto as despesas de capital representaram apenas 37%. Recuando ao início de 2003, constata-se que o orçamento previa 45,8% de despesas correntes e 54,2% de capital. Mais ainda: se nestes valores estivessem incluídas as dívidas – que não estão – o resultado seria muito pior e estaria mesmo em risco a obrigatoriedade legal de as receitas correntes serem, pelo menos, iguais às despesas correntes. Assim, como afirmaram os vereadores do PSD na sua declaração de voto, “todas as análises e percentagens contidas no orçamento, calculadas sobre um montante virtual de mais de 36 milhões de euros, não passam de mera ficção, pois deveriam ser calculadas sobre 21 milhões de euros”.
Os vereadores sociais-democratas insistiram ainda em que a actual política de gestão está a hipotecar o futuro do município, pois o endividamento sofreu um agravamento de cerca de 6 milhões de euros.
O serviço de dívida (amortizações e juros) registou um aumento superior a 250% nos dois últimos anos e, num futuro próximo, irá absorver grande parte das despesas de capital (actualmente, já representa 16% dessas despesas).
A análise das contas permitiu ainda concluir que há dívidas a fornecedores com dois ou mais anos de prazo, que existe um número infindável de obras com realização zero, que os subsídios às colectividades relativos a 2003 se encontram na sua maioria por pagar e que as dívidas às Juntas de Freguesia podem pôr em causa o seu normal funcionamento.


terça-feira, abril 27, 2004

Trabalhadores da Efacec na rua

Os trabalhadores da Universal Motors de Ovar (ex-Efacec) concentraram-se esta manhã em frente às instalações da empresa porque pensam estar no meio de um processo de encerramento. A empresa que emprega 107 pessoas, em alguns casos há várias décadas, terá dado nos últimos dias passos firmes na direcção ao fecho. Os trabalhadores manifestaram as suas apreensões, e afiançam que o que está a acontecer vai «contra todas as promessas, algumas delas ainda muito recentes».
Segundo afirmam, «a Administração da Empresa, sem sequer dar a cara perante os seus empregados, mandatou um advogado com a missão de negociar uma rescisão com a totalidade dos trabalhadores, que começaram a ser chamados».
Neste âmbito, importa lembrar que a cisão da Efacec, e a consequente criação da Universal Motors, foi apresentada na altura aos trabalhadores como o relançamento do
negócio dos motores.
A empresa estará a tentar negociar condições irrisórias de rescisão - «um mês por cada ano de trabalho pagável em 36 prestações», o que «representa um autêntico insulto a quem dedicou em muitos casos décadas de trabalho à empresa».
A CDU, em tempos, já tinha alertado para o facto deste processo de rescisão de contratos estar a acontecer «numa altura em que são públicos os interesses imobiliários que estão na base de mais este encerramento».
Fonte da administração da Universal Motors que não quis ser identificada, disse ao «Noticias de Ovar» que «em face da crise generalizada e à semelhança de muitas outras fábricas deste país, está em curso um processo de reconversão de funcionários», mas não adiantou em que consiste.
Ladrões de óculos de Sol

A óptica «Prestígio», localizada na rua Alexandre Herculano, foi assaltada esta madrugada por um grupo de indivíduos que, em seguida, se puseram em fuga num automóvel. Tudo terá acontecido entre as 5h30 e as 6 horas da manhã quando os assaltantes partiram a montra com dois paralelos, limpando de seguida o recheio que se encontrava exposto. Vizinhos do estabelecimento comercial afirmam ter ouvido «dois grandes estrondos e uma viatura a arrancar a grande velocidade logo a seguir».
Ricardo Carvalho, proprietário do estabelecimento comercial, diz que os assaltantes levaram todos os óculos de Sol que se encontravam na montra, num montante aproximado de 12 mil euros, um valor que se encontra coberto pelo seguro. O comerciante lamenta o clima de insegurança que se sente na cidade e não só, «pois ainda ontem assaltaram uma ourivesaria em Oliveira de Azemés».
Assim sendo, não lhe resta outra opção e vai tomar medidas para proteger melhor o seu negócio. «Vou colocar vidros anti-bala e estou a pedir orçamentos de portas basculantes e grades em ferro para evitar situações destas no futuro». A PSP de Ovar tomou conta do caso.

segunda-feira, abril 26, 2004

«Au revoir»

A comitiva da cidade geminada Pithiviers, que esteve em Ovar nos últimos cinco dias, parte hoje rumo a casa. As duas cidades encontram-se uma vez por ano ao abrigo do apoio financeiro da União Europeia. A estada de 25 pessoas, 13 dos quais jovens músicos e nadadores, foi proporcionada por um esquema baseado na disponibilidade das residências de famílias de acolhimento.
Os franceses chegaram na passada quinta-feira, tendo visitado a cidade de Coimbra, entre outras. No sábado passado, a delegação participou num programa de rádio na Rádio Antena Vareira, sobre o tema «A geminação Ovar/Pithiviers: a contribuição da cidadania activa em prol da construção europeia: o seu papel face ao alargamento da União Europeia».
As duas cidades participaram ontem nas comemorações do dia 25 de Abril. Para o presidente da Câmara Municipal de Ovar, este foi «mais passo concreto na aproximação de duas comunidades e culturas de duas cidades cada vez mais apenas separadas pela distância geográfica e um reforço do espírito da União Europeia».
Antes da partida, durante a manhã de hoje, a representação da cidade irmã apresentou um estudo final do encontro, na perspectiva de lançar novas possibilidades de cooperação.

domingo, abril 25, 2004

Pérolas do Éter: "Este árbitro devia ter o braço direito entravado" (Fernando Teles, relatador da Radio Antena Vareira, durante o encontro Ovarense, 2 - Feirense, 2).

sábado, abril 24, 2004

ATENÇÃO: ESTA É UMA EDIÇÃO EXPERIMENTAL
25 de Abril é na Régua

Neste domingo, a Câmara Municipal de Ovar comemora o 30.º aniversário do 25 de Abril com um programa que culmina com a inauguração oficial da obra de remodelação da Avenida da Régua.
O programa arranca às 10 horas, na Praça da República com a cerimónia de hastear das bandeiras e guarda de honra às corporações de bombeiros do concelho, seguindo-se a sessão solene de Assembleia Municipal, que se realiza pelas 10:30 horas, na sede do Orfeão de Ovar.
Uma hora mais tarde, no jardim do Carregal, será inaugurada oficialmente a obra de remodelação da Avenida da Régua, que estabelece a ligação entre a cidade de Ovar e a praia do Furadouro.
A conclusão da obra realiza, no dizer da edilidade, um velho sonho dos habitantes da cidade de Ovar, que ansiavam por um acesso condigno e qualificado à cidade e à praia do Furadouro. Trata-se de um projecto dos serviços técnicos municipais, cuja execução ascendeu a 1,8 milhões de euros.
Para Armando França, presidente da Edilidade, «esta é uma obra emblemática da capacidade de planear, projectar e executar do Poder Local e da nossa própria capacidade. Os vareiros e nós próprios orgulhamo-nos desta obra moderna e de requalificação urbana».

Junta junta-se

E quem não tem avenidas – mesmo que com algum atraso – para inaugurar, faz o que pode. Na sexta-feira, a Junta de Freguesia de Ovar homenageou alguns quatro atletas vareiros que têm dado nas vistas. Foram eles José Eduardo Oliveira Elvas e José Manuel Fula Gomes, que se têm destacado na modalidade de Atletismo, e Luís Filipe Matos Pereira e Francisco José Dias Oliveira pelos resultados obtidos na canoagem.

sexta-feira, abril 23, 2004

ATENÇÃO: ESTE JORNAL ENCONTRA-SE EM EDIÇÃO EXPERIMENTAL
GAMA é formalizada esta tarde

Ovar entre onze amores

Eram três as opções vareiras: Grande Área Metropolitana do Porto, Grande Área Metropolitana de Aveiro ou a integração numa Comunidade Urbana que perdeu sentido quando Santa Maria da Feira «fugiu» para o Porto.

A Grande Área Metropolitana de Aveiro (GAMA) vai ser formalmente constituída ao final da tarde de hoje. Às 18.30 horas, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, será assinada a escritura pública que assinala a criação da instituição, abrangendo um total de 11 municípios - Aveiro, Ílhavo, Vagos, Sever do Vouga, Estarreja, Ovar, Oliveira de Azeméis, Murtosa, Águeda, Oliveira do Bairro e Albergaria-a-Velha. Os nossos vizinhos Santa Maria da Feira e São João da Madeira não fazem parte do grupo de concelhos fundadores, apesar de a sua entrada na instituição ter sido disputada pelos dirigentes políticos que lideraram a criação do organismo. No entanto, a opção destes municípios pela Grande Área Metropolitana do Porto foi desvalorizada. «Temos pena de não ter sido possível manter coeso aquilo que é o distrito de Aveiro, mas são eles que perdem», lamentou, entretanto, Alberto Souto, presidente da Câmara de Aveiro, na apresentação da Declaração Política da GAMA, acrescentando que as «pulsões centrípetas» exercidas por Porto e Coimbra ajudam a explicar as decisões de alguns concelhos. O presidente da Câmara de Aveiro acrescentou que os políticos daqueles concelhos «ficaram excessivamente reféns das opiniões públicas» e «cometeram um erro estratégico clamoroso». Exemplificando com São João da Madeira, o autarca socialista antevê que este concelho acabe por se «diluir no universo de pequenos municípios que gravitam em torno do Porto».
A GAMA, com cerca de 400 mil habitantes (60 por cento da população do distrito), será a quarta maior do país, apenas superada por Lisboa, Porto e Braga/Guimarães. A organização levará à extinção da AMRia, tendo sido formada após um «trabalho de vários meses», segundo Ribau Esteves, para quem a GAMA será um «instrumento útil, necessário e fundamental» para a administração das competências a contratualizar com o Estado. A gestão local dos recursos funciona melhor do que se fosse processada por Lisboa, acredita o autarca do PSD, revelando que a GAMA terá sede em Aveiro.
De acordo com o dirigente social-democrata, a nova entidade irá «pressionar o Governo para que invista nesta região», salientando que a administração central terá de ser um «parceiro» da nova associação de municípios. Para Alberto Souto, os concelhos estão perante uma «oportunidade histórica que não devem deixar fugir», apostando no «reforço da cooperação intermunicipal». Saneamento, transportes, educação e grandes equipamentos são áreas que os 11 municípios deverão explorar em conjunto, exemplificou, prevendo que a GAMA irá dispor de uma «boa posição negocial» junto do Governo.

quinta-feira, abril 22, 2004

Congresso da Ria de Aveiro

Ovar beneficia com Plano Intermunicipal
de Ordenamento da Ria de Aveiro


O Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria, designado Unir@Ria, vai ser apresentado hoje por Duarte Castel-Branco, da empresa CPU - Urbanistas e Arquitectos. Unir@Ria é o primeiro plano de ordenamento intermunicipal do país, abrangendo a zona lagunar de Aveiro.


Em causa estão 156 projectos (vias ecológicas cicláveis ou vias de interesse paisagístico, recreio náutico, unidades turísticas especiais, cais de acostagem, rede de parque de merendas e parques fluviais, entre outros), revelou Ribau Esteves, destacando o pioneirismo do plano.
O plano foi elaborado a partir de estudos datados de 1999 sobre o ordenamento da área portuária de Aveiro e zona lagunar.
O plano define-se como sendo um plano estratégico que «assimila» os planos directores municipais (PDM) não se lhes sobrepondo enquanto instrumentos regulamentares. No entanto, o plano poderá determinar o sentido da revisão de cada um dos PDM, no sentido da necessária uniformização de critérios.
São dez os concelhos e 49 as freguesias abangidos pelo Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria, tocando uma população estimada em 333.114 habitantes. O objectivo global do documento é a qualificação e desevolvimento sustentável da Ria de Aveiro e território envolvente. Os eixos estratégios do documento, que será hoje divulgado, apresenta a Ria em três vectores essenciais: enquanto espaço natural privilegiado, espaço sócio-económico dinâmico e enquanto espaço integral coeso. Pretende-se criar um conjunto de instrumentos que possibilite a preservaçao do ecossistema, compatibilize as actividades que ali se desenvolvem, ao mesmo tempo que gere o território como um todo.
Das propostas estruturantes para a área de intervenção, destaca-se, no documento, a proposta de criação das denominadas «Portas da Ria», enquanto unidades de informação e apoio aos turistas e visitantes, integrando um posto que ficará instalado numa pequena edificação de arquitectura ligeira, inserida na paisagem, com formas simples e apelativas, servido por uma área de estacionamento e espaços axterores arborizados, com mobiliário de apoio, placards informativos e eventualmente, um bar com esplanada. Ovar (Carregal), Murtosa (Torreira), Ílhavo (Costa Nova), Aveiro (esteiro de S. Pedro), Mira (Praia de Mira), Estarreja (Ribeira da Aldeia e futuro nó do IC1), Águeda (Pateira de Fermentelos), e Vagos (junto ao futuro nó do IC1) terão,de acordo com o plano, a sua «Porta da Ria».
Outras propostas são as «Vias de Interesse Paisagístico e Zonas de Estadia», enquanto circuitos «VIP» que associam a funcionalidade de algumas vias à possibilidade de usufruto da paisagem. Ou ainda as «Vias Ecológicas Cicláveis», destinadas exclusivamente à circulação de pessoas, possibilitando um contacto directo com a naturea, ao longo de paisagens interessantes. Prevê-se ainda a instalação de «Unidades Turísticas Especiais» que integrarão diversas valências, entre as quais um centro de interpretação ambiental associado a um centro de exposições e apoiado por um pequeno número de unidades de alojamento e restaração.


Eis algumas das intervenções previstas pelo Unir@Ria para Ovar:

Ovar:
- Pista ciclável / Cais do Carregal à Praia do Areinho
- Valorização paisagística do Cais da Pedra
- Valorização paisagística da Praia da Azurreira
- Uma Unidade Turística Especial na Tijosa

quarta-feira, abril 21, 2004

Esta quinta-feira

Armando França suspende o mandato

O presidente da Câmara Municipal de Ovar convocou uma reunião extraordinária do executivo esta quinta-feira a fim de suspender o seu mandato enquanto durar a campanha para as eleições europeias

Por imperativos legais e para se dedicar em exclusivo à campanha das eleições para o Parlamento Europeu, o presidente da Câmara Municipal de Ovar suspende o mandato durante a reunião extraordinária do executivo vareiro, marcada para esta quinta-feira. «Nesta reunião de câmara extraordinária vamos para tratar de alguns assuntos urgentes e importantes para o Município, e entre eles estará a apresentação formal da minha suspensão de mandato», confirmou ao «Noticias de Ovar».
Armando França integra a lista do PS candidata ao Parlamento Europeu e por isso, conforme explicou, suspende o mandato porque, em primeiro lugar, a Lei a isso obriga. «O espírito da Lei vai no sentido de impedir a promiscuidade entre os candidatos ao Parlamento Europeu ou à Assembleia da República, uma vez que o responsável pela condução do processo eleitoral ao nível local é o presidente da Câmara».
O presidente da Câmara Municipal de Ovar compreende a intenção do legislador, sob este ponto de vista. Já não entende é que haja um tratamento diferente, por exemplo, para as autarquias locais. Neste caso, o presidente de câmara e os vereadores são candidatos até ao dia das eleições e o presidente não deixa de ser sempre o responsável pelo acto eleitoral, podendo ser sempre o candidato. «Se esta regra é válida para as autarquias, podê-lo-ia ser igualmente para as eleições europeias», lamenta Armando França.
De qualquer forma, o candidato aveirense ao Parlamento Europeu acaba por dizer que subscreve a ideia do legislador, «porque deve dar-se total disponibilidade ao candidato para este fazer campanha, sem estar vinculado ao cumprimento das suas obrigações enquanto presidente de Câmara».
Armando França deverá estar de regresso ao seu cargo daqui a mês e meio. Neste interregno, os destinos da autarquia serão geridos pelo actual vereador da Cultura, Manuel de Oliveira, que disse muito recentemente, não ter medo das responsabilidades, «nem fugir aos desafios». Luís Alves é a nova cara do executivo na ausência do presidente, que vai ocupar a vaga deixada em aberto.