sexta-feira, dezembro 23, 2005

Feira e Ovar não querem ficar sem PSP

O presidente da Câmara de Ovar, Manuel de Oliveira, garantiu na quarta-feira que rejeitará o eventual encerramento da esquadra local da PSP. Oliveira reagia assim à notícia do jornal «Público», segundo a qual o Ministério da Administração Interna (MAI) desenvolveu um estudo que poderá levar ao encerramento total ou parcial, já no próximo ano, de 20 esquadras da PSP e dezenas de postos da GNR.
Segundo a notícia, o levantamento do Gabinete de Segurança do MAI tem como critérios, não só os locais onde a acção da PSP se sobrepõe ao desempenho da GNR, mas também com o número de habitantes das 21 cidades e uma vila onde as esquadras poderão encerrar.
Também as cidades de Vila Franca de Xira, Torres Vedras, Lamego, Chaves, Pombal, Marinha Grande e Alcobaça estão na lista de eventuais encerramentos de esquadras da PSP.
O autarca de Ovar disse que a cidade tem uma população de «20 mil habitantes», número que triplica no Verão e já oficiou o MAI no sentido não só da manutenção do esquadra da PSP, como também para o reforço da área de influência daquela força policial. Manuel de Oliveira acrescenta que «o desemprego que se verifica no concelho gera focos de insegurança que exigem atenção redobrada». Ainda na quarta-feira, o autarca foi tranquilizado pelo MAI, «o que contradiz totalmente a informação». Mesmo assim, Oliveira voltou anteontem a insistir junto da Tutela, recordando um ofício já enviado em Maio deste ano, reiterando as mesmas preocupações. Posta de parte não está, no entanto, a possibilidade de interpelar o ministro, na Assembleia da República, através dos deputados socialistas eleitos por Aveiro.
Para o vereador do PSD, Álvaro Santos, «esta informação só pode ser uma brincadeira de mau gosto», lamentando que tenha surgido nesta altura do ano, «o que deixa a população bastante preocupada». Assim, a Comissão Política do PSD de Ovar condena esta informação que, «se não for desmentida imediatamente, poderá ter um efeito devastador nos agentes da autoridade».
Mas a tranquilidade é palavra de ordem na esquadra de Ovar da PSP. O chefe João Duarte disse ao Diário de Aveiro que a notícia «não nos preocupa e não prejudica em nada o nosso trabalho». Segundo o responsável, «a área da cidade de Ovar tem todas as características para ser policiada pela PSP», pelo que tudo não passa de «atoardas». («DA»)

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