quarta-feira, maio 25, 2005

Esmoriz
Movimento Pró-Barrinha entrega
abaixo-assinado a Jaime Gama


O Movimento Cívico Pró-Barrinha de Esmoriz, Ovar, entrega hoje ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, um abaixo-assinado para ver o problema da poluição da maior bacia lagunar do Norte do país ser discutido no hemiciclo de S. Bento. Os ambientalistas querem uma discussão séria sobre o problema, porque, dizem, ele "não se resolve com operações de cosmética, nem com acções eleitoralistas".
O documento, que começou a ser elaborado no Verão de 2003, contempla seis mil assinaturas e pede para que os deputados agendem este assunto para debate. José Ribeiro, que irá chefiar a pequena delegação que integra um escuteiro e um dos mais emblemáticos pescadores de Esmoriz, David Ferrão, admite que o Governo PSD "deu os primeiros passos" mas adverte que "agora falta consolidar a obra".
"Vamos reunir com todos os partidos para que, de uma vez por todas, se definam, porque a obra não pode funcionar ao ritmo de ´stop and go´ sempre que muda de ciclo político", afirmou ao COMÉRCIO o ambientalista. José Ribeiro diz que não se pode falar em insatisfação, mas avisa que "não é com uma bandeira azul que o problema se resolve". Por outro lado critica o poder central que depois das primeiras obras deixou Álvaro Santos sozinho na Comissão de Coordenação. "O trabalho foi excelente, em todas as vertentes, cívica e ambiental, mas sem pessoas para trabalhar no terreno, só se for o Luís de Matos para conseguir fazer um passe de mágica".
Sem querer ilibar qualquer partido das responsabilidades, acusa-os de "incúria" porque, explica, o problema está no saneamento, "uma coisa que dá trabalho, custa dinheiro, mas não dá votos porque está enterrado e ninguém, vê".(«Comércio»)

2 comentários:

Alfredo de Sousa disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Alfredo de Sousa disse...

Mais uma vez vem a lume uma notícia sobre a Barrinha de Esmoriz, infelizmente pelas piores razões.
Estou de acordo com os ambientalistas quando defendem que os trabalhos de despoluição da Barrinha não podem funcionar "ao ritmo do 'stop and go' sempre que muda de ciclo político". Não se pode falar de forma mais correcta! Imaginem, agora, depois do Eng. Álvaro Santos ter ficado a trabalhar sozinho (todos sabemos porquê), apesar de ter feito um excelente trabalho na defesa dos interesses ambientais do Concelho, o que irá contecer: STOP ou GO? Eu aposto na primeira e oxalá esteja enganado...

É verdade, não posso deixar de me referir à última afirmação do nosso ambientalista: o problema está no saneamento, "uma coisa que dá trabalho, custa dinheiro, mas não dá votos porque está enterrado e ninguém, vê". Não será bem assim! A linha do Norte, algures por aí, também vai ser enterrada! Já ninguém a vê. E será que não vai dar votos aos «coveiros»????