quarta-feira, novembro 23, 2005

Veloso Gomes defende revisão dos planos
de ordenamento da orla costeira (POOC)


Os planos de Ordenamento de Orla Costeira devem ser reavaliados e articulados com outros instrumentos de ordenamento, defendeu hoje o coordenador do grupo de trabalho que está a preparar uma estratégia para a gestão do litoral.
Fernando Veloso Gomes lidera o grupo que o Ministério do Ambiente incumbiu de traçar as linhas orientadoras de uma estratégia para o litoral português e considerou "premente" fazer uma avaliação dos planos, sobretudo os que estão em vigor há mais tempo.
Um dos nove planos de Ordenamento de Orla Costeira, o POOC Caminha-Espinho, aprovado em 1999, já entrou em fase de revisão, mas "continua a haver necessidade de uma melhor articulação e avaliação estratégica" face a grande quantidade de instrumentos que abrangem as zonas costeiras como os planos de Bacia Hidrográfica, planos Regionais de Ordenamento do Território e os planos Municipais, entre outros.
Comentando o facto de grande percentagem do orçamento dos POOC se destinar a obras de defesa costeira, Veloso Gomes sublinhou que se cometerem "erros, erros e erros".
O especialista considerou também como "questões muito relevantes" a exposição de aglomerados urbanos às acções directas e indirectas do mar, sobretudo face à previsão de agravamento da ocorrência de fenómenos extremos, como as secas e as cheias, e ao recuo da linha de costa.
Outros aspectos que merecem reflexão no seio do grupo de trabalho prendem-se com a compatibilização entre turismo e actividades de lazer nas zonas costeiras e com as actividades náuticas de recreio que poderão aproveitar, por exemplo, instalações portuárias desactivadas.
O grupo de trabalho deverá entregar até 31 de Dezembro um relatório definindo as linhas de orientação estratégica, os domínios de intervenção prioritários, as medidas de acção a médio prazo e a metodologia de monitorização e avaliação dos ecossistemas costeiros.

1 comentário:

My Daily Struggles disse...

Greetings from the USA.