domingo, novembro 20, 2005

Presidenciais
Louçã critica "demagogia do governo
com faltas dos professores"


Francisco Louçã introduziu hoje o tema da educação no debate das presidenciais, afirmando que "o governo está a ir pelo mau caminho ao escolher a demagogia no relatório sobre faltas dos professores".
Num almoço com apoiantes em Ovar, o candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda assumiu a defesa da escola pública e justificou o tema por respeitar a 10 milhões de portugueses, de que um candidato presidencial não se pode alhear.
"Não porque seja o Presidente que tenha a ver com a organização das escolas e das estruturas curriculares, mas a todos nós, a 10 milhões de portugueses, compete a obrigação de dar a garantia da democracia toda, a garantia de que a escola pública é a melhor de somos capazes e mobiliza melhor os recursos do país", sublinhou.
Entrando no tema, acusou o governo de "escolher a demagogia, ao publicar um relatório incompleto sobre as faltas dos professores".
"Nenhum professor deve faltar sem justificação, mas o governo faz um truque de mágica. O Ministério da Educação soma os doentes e as grávidas, que demoram a ter professor de substituição, na conta das faltas da caixa registadora da demagogia", disse o candidato às presidenciais apoiado pelo Bloco de Esquerda.
Francisco Louçã referiu que "o secretário de Estado que divulga as faltas, Walter Lemos", segundo informação que lhe chegou, "foi o mesmo que enquanto vereador na Câmara de Penamacor cessou funções por ter excedido o número de faltas injustificadas".
Lembrou ainda que foi por culpa do Ministério e não dos professores que a abertura do ano lectivo no ano passado tardou mais de um mês, provocando a desorganização das escolas.
Para o candidato à Presidência da República, a divulgação das faltas foi a resposta à greve dos professores por um Ministério "fechado numa torre de marfim, que não ouve o que se está a passar", greve essa que juntou até "gente que nunca tinha feito uma greve para demonstrar que a escola não pode ser amesquinhada".
"A escola não é ainda garantia de igualdade", criticou Francisco Louçã, considerando que a igualdade de oportunidades é uma condição da democracia e assumindo a defesa da escola pública e de um sistema que mobilize os professores, os pais e todos os agentes educativos.

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