sábado, novembro 12, 2005

Portugal no mapa dos terroristas

O ministro da Administração Interna, António Costa, afirmou hoje que as autoridades portuguesas têm acompanhado e adoptado as medidas adequadas face às ameaças de grupos terroristas que apontam Portugal como alvo de atentados.
António Costa reagia à notícia divulgada hoje pelo semanário Expresso, que adiantava que Portugal tem surgido de forma explícita em comunicados em árabe divulgados na Internet, contendo ameaças de grupos terroristas.
"As autoridades têm acompanhado a situação e têm adoptado as medidas adequadas ao nível da ameaça", afirmou António Costa aos jornalistas, à margem da cerimónia de entrega de 18 jipes de Comando e Intervenção Rápida a corporações de todos os distritos do país.
Citando documentos da PSP e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o semanário refere que tal facto é considerado inédito, sendo explicado pela "crescente visibilidade" que Portugal tem assumido na cena internacional.
Os documentos do Departamento de Informações Policiais da PSP e da Direcção Central de Investigação, Pesquisa e Análise de Informação do SEF afirmam que, desde o passado mês de Julho, Portugal é figura em comunicados divulgados em sítios na Internet utilizados por organizações extremistas.
Como factores que influenciaram o aumento de ameaça relativamente a Portugal, os documentos referem a presença da GNR no Iraque em 2004, os altos cargos internacionais desempenhados por Durão Barroso e António Guterres e a presença do contingente militar português no Afeganistão.
Segundo o Expresso, foi captado um comunicado em Julho na Internet subscrito por uma auto-denominada "Organização dos pelotões da Jihad na Europa".
No comunicado, podia-se ler: "vocês, líderes da Itália, Dinamarca, Ucrânia, Portugal, Holanda, Polónia e todos os aliados dos assassinos americanos, os vossos exércitos não vos protegerão nem os vossos túneis ou agentes".
Em declarações ao Expresso, Leonel Carvalho, do Gabinete Coordenador de Segurança confirmou a existência dessas ameaças e revelou que tem havido "uma intensificação na troca de informações" com os polícias e serviços secretos europeus.
Por seu turno, o director do SEF, Manuel Palos, disse ao jornal que foram "intensificados" os controlos de fronteiras.

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