sábado, março 19, 2005

Jovem regada com gasolina
vive para esquecer o trauma


nome da imagemA família de Vânia Silva, a jovem de 18 anos que há três meses foi vítima de uma brutal tentativa de imolação, levada a cabo pelo ex-namorado, e pai da sua bebé, está preocupada com o futuro da jovem, quer ao nível físico, quer ao nível psicológico. O facto de em breve poder ter de enfrentar em julgamento o indivíduo – também ele de 18 anos –, que a regou com gasolina e incendiou, não tem facilitado a sua recuperação.
Segundo adiantou ao CM a mãe da jovem, Maria do Céu Dias, “sabemos que ela não quer falar do assunto, até porque estas coisas se tornam muito mais difíceis quando há uma filha em comum”, no entanto, “tem sido a bebé, de oito meses, que a agarra à vida. Desde que veio para casa, há cerca de uma semana, que mostra mais vontade de viver”, conclui.
Quanto às marcas físicas, que estão a ser tratadas pelos especialistas da Unidade de Queimados do Hospital da Prelada, no Porto, “há alguma esperança”. Os médicos admitem poder reabilitar a jovem e já traçaram um calendário de quatro anos para a realização de diversas cirurgias plásticas.
“Para já, a Vânia está na fisioterapia, porque não consegue levantar o braço esquerdo e arrasta uma das pernas”, salienta a mãe. “Enquanto não ultrapassar estas limitações, não poderá voltar a trabalhar”, acrescenta.
A jovem estava precisamente no seu local de trabalho, no posto de abastecimento de combustíveis da Cepsa, em Ovar, quando foi atacada pelo ex-namorado, Luís Brito, ao final da tarde do dia 3 de Janeiro.(«CM»)

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