segunda-feira, março 21, 2005

Câmara exige monitorização
de praias do concelho


nome da imagem
Em Ovar desconhecem-se as consequências que vai trazer para as praias do concelho a construção dos molhes do Douro, cuja construção deve iniciar-se dentro de sensivelmente duas semanas. A dúvida levou a Câmara Municipal de Ovar a acompanhar muito de perto o processo de avaliação do impacto ambiental que decorreu nos últimos dois anos. Manuel Jardim, da Divisão de Ambiente da autarquia vareira, analisou os documentos e formalizou diversas questões junto da comissão técnica responsável pela avaliação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da construção dos molhes que, recorde-se, visa a melhoria das condições de navegabilidade na foz do Douro em qualquer estado de maré.
.«Da análise do documento, verificámos que a monitorização da costa no âmbito do projecto de construção dos molhes vai só até Espinho», revelou Manuel Jardim, que sugeriu, em nome da autarquia, «que fosse alargada até Ovar, que é a zona de costa mais fragilizada da região». O técnico dá mesmo conta de alguma incredulidade pelo facto do processo de avaliação de impactos da obra prever apenas monitorização das praias até ao concelho de Espinho, «deixando incompreensivelmente de fora as praias do concelho de Ovar».
No âmbito do processo de consulta pública do projecto, a Divisão do Ambiente da Edilidade decidiu enviar, em Janeiro de 2004, uma exposição ao Instituto do Ambiente, Ministério do Ambiente e Ordenamento dando conta das suas preocupações. «Sabe-se que o projecto interfere no transporte de sólidos e sedimentos nas praias a Sul da Barra do Douro», solicitando, por isso, a câmara «a monitorização dessa influência, em particular no que respeita ao concelho de Ovar».

«Nim»

A resposta do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos não foi encorajadora para os técnicos do município: «Está previsto o acompanhamento e a monitorização da fisiografia da costa a Norte e a Sul do Douro», dizia a missiva que chegou à edilidade, para concluir que «não está prevista a sua extensão até Ovar, embora seja possível». A partir daqui foi o silêncio.

Sem comentários: