quarta-feira, abril 13, 2005

Associados da AD Ovarense
pretendem ver contas do clube

Na primeira reunião magna após o falecimento do presidente José Eduardo Oliveira e da deserção de Manuel Miranda, que lhe sucedeu, os sócios foram chamados a pronunciar-se sobre os projectos da direcção agora liderada por Carlos Brás

Mergulhdo numa crise profunda, no próximo sábado, dia 16, os associados da Associação Desportiva Ovarense (ADO) voltam a reunir em Assembleia Geral para debater o futuro do clube que pode ou não passar pelas propostas da direcção presidida por Carlos Brás. Acácio Maia, um dos sócios mais antigos, acabou por ser um dos protagonistas da reunião que, mercê de um requerimento por si apresentado, não passou do Período Antes da Ordem do Dia. Este associado, que possui vasta experiência em matéria de associativismo, garante que «nada foi combinado». «As pessoas votaram a favor da impugnação daquela reunião porque acharam por bem fazê-lo», garante. A verdade é que dos cerca de 200 sócios presentes, apenas vinte votaram contra ela. No documento, questionava-se as contas do clube e eram solicitados esclarecimentos sobre o que aconteceu entre o ex-dirigente Manuel Miranda e a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ovar, «já que nenhuma informação foi prestada aos sócios pela actual direcção».
Referindo-se aos projectos da direcção do clube vareiro, que pretende alienar o actual parque de jogos e constituir uma sociedade de desenvolvimento que lhe permita avançar para a construção do complexo desportivo, que seria a resposta para a crise que atravessa, este associado pensa que «as coisas devem ser bem pensadas e não se pode andar a construir sem mais nem menos». Antes de tudo, advoga, «é preciso saber quanto se deve e a quem se deve, mas até agora a direcção não se pronunciou sobre esse assunto».
Quanto aos investidores que a direcção garante ter já em carteira, o presidente do Vitória Clube de Ovar, questiona: «Se assim é, para que é preciso alienar o património do Parque Marques da Silva?». Aliás, o projecto que a ADO prevê construir no complexo desportivo, critica, «para além de não prever a construção de um campo de treinos, também não tem características de poder vir a receber, por exemplo, jogos da Selecção Nacional ou fases finais de torneios de sub-17, sub-19 ou sub-21». Acácio Maia defende que «se vai erguer um estádio, é preciso acautelar o futuro».(«DA»)

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