Nuno Perdigão:
«O prazer enorme de ser campeão»
Seis temporadas depois a Ovarense Aerosoles vence o Campeonato da Liga, o que acontece pela segunda vez na sua história. Falhado o título na temporada transacta, quando na final foi derrotada pelo Queluz (3-0), a equipa de Ovar apostou forte esta época e acabou por confirmar todo o favoristimo com que partiu para esta edição da Liga TMN. Primeiro ao vencer a Fase Regular e depois ao ganhar sem espinhas o campeão em título Queluz, nas meias-finais, e o Casino Figueira Ginásio na final, sem, no entanto, ter sentido enormes dificuldades nos quartos-de-final ante o CAB Madeira, que só conseguiu afastar na «negra».
Unanimemente considerado o melhor plantel, o conjunto de Ovar tem à frente um técnico que se estreia como campeão nacional, depois de três finais perdidas para o Portugal Telecom.
Nas suas fileiras, a Ovarense Aerosoles contou, entre outros jogadores campeões nacionais, com o base Nuno Perdigão, que chegou a Ovar com dois títulos no currículo, conquistados ao serviço do FC Porto. Depois de oito temporadas na principal equipa dos «dragões», Nuno Perdigão viajou para Lisboa, onde representou o Belenenses duas temporadas. Esta época, Henrique Vieira recrutou-o para a formação de Ovar e o base, apesar de algumas limitações físicas, foi um dos elementos participantes na conquista do título, o terceiro da sua carreira.
“A conquista deste título foi uma sensação diferente pelo que passei durante a época. Valeu a pena todos os sacrifícios por que passei. Houve alturas que foi bastante desmoralizante para mim, pois não estava à altura das exigências, devido ao problema físico que me afectou”, começou por dizer, ao ND, Perdigão, acrescentando: “Mas vencer este título e poder contribuir foi um prazer enorme”.
E as primeiras palavras do base vão para os adeptos vareiros: “A população de Ovar é única em termos de festejos. Talvez por ser uma cidade mais pequena e por estarem mais perto da equipa, porque a população tem uma relação muito estreita com o basquetebol, a sensação foi diferente da que vivi nos títulos que conquistei pelo FC Porto”.
Impressionado com o forte apoio, Perdigão exclama: “Eles estiveram sempre connosco, até na Madeira tivemos uma claque a apoiar-nos. São fantásticos”.
Referindo-se à ponta final do «playoff», Nuno Perdigão recorda que “tanto com o Ginásio como com o Queluz o terceiro jogo foi sempre muito discutido”, mas: “Já alertados, tudo fizemos para os vencer, o que conseguimos. Com o Ginásio não houve um único jogo que ganhássemos de forma óbvia”.
Satisfeiro pela sua terceira conquista, Perdigão deixa uma palavra para o seu treinador, que se estreia como campeão: “O Henrique Vieira já merecia este título. Costuma-se dizer que os segundos são os primeiros dos últimos, mas ele conseguiu levar as suas equipas às finais… Pessoalmente deu-me muito apoio e motivou-me sempre”.
Com mais um ano de contrato com a Ovarense, Nuno Perdigão vai este Verão sujeitar-se a uma intervenção cirúrgica ao joelho direito, para debelar um problema na cartilagem, “para fazer a recuperação antes da época começar e poder dar um melhor contributo à equipa”. («Norte Desportivo»)
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