sábado, junho 11, 2005

Marionetas dominam ruas de Ovar
e fazem sorrir pequenos e graúdos


Pela sétima vez o FIMO - Festival Internacional de Marionetas de Ovar e Artes de Rua - "invadiu" as ruas centrais de Ovar, atraindo centenas de miúdos e graúdos que aproveitaram a noite quente de quinta-feira para assistirem aos cinco espectáculos que abriram o certame. Nesta primeira noite destaca-se Delphim Miranda, um dos velhos "gurus" das marionetas em Portugal que apresentou uma história simples que encantou a plateia.
Estreante a participar neste festival que já ganhou raízes, Delphim Miranda, conseguiu a "química" necessária para manter interessados os miúdos, mesmo os mais rebeldes. "É impensável zangar-me, completamente com os miúdos", explicou ao COMÉRCIO este professor de Educação Visual e Tecnológica (EVT). Habituado a actuar em salas fechadas, "com um ambiente mais apropriado", Delphim Miranda não teme a rivalidade das novas tecnologias, embora diga que ela "é evidente" mas, defende que são atracções diferentes e que ambas têm lugar na imaginação dos mais novos e até dos mais velhos.
Apesar de já ter percorrido o continente de lés-a-lés, durante os seus trinta anos de actividade, e ser um dos nomes mais conhecidos nesta área de espectáculo ainda não consegue viver desta arte.
Para os mais pequenos falar de marionetas não é fácil, por isso respondem com um sorriso bem expressivo, como é o caso do Tomás de 7 anos, que, com um brilho nos olhos, apenas consegue dizer, que "é muito engraçado". Ao lado a sua mãe, Alcide Quintal, revivia tempos idos de uma infância onde as ofertas de divertimento para os mais pequenos eram escassas.
"Faltavam-nos bocadinhos como este", afirmou ao COMÉRCIO, quase sem desviar o olhar do palco onde o Teatro Formas Animadas, de Vila do Conde, apresentava "Vicente". Com o irmão mais pequeno ao colo a Catarina de 9 anos, garantia que as marionetas são "muito melhores que os desenhos animados da televisão", enquanto o pai João Santos, explicava que vem "todos os anos com os miúdos porque eles adoram isto, e nós (adultos) também. Porque não".(«Comércio»)

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