sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Apesar de balanço «altamente positivo»
Presidente da Fundação
do Carnaval está de saída


O presidente da Fundação do Carnaval de Ovar, José Américo, anunciou esta semana, que não vai manter-se na frente da entidade a partir de seis de Outubro próximo, véspera das eleições autárquicas. Vença quem vencer o acto eleitoral, o autarca socialista não voltará atrás. José Américo diz-se fartos de «críticas destrutivas e uma campanha de enxovalhos» e convida quem lhe tornou a vida num inferno, nos último cinco anos, a sentar-se na sua cadeira. «Para ver o que custa, porque eu e todos os que colaboram na Fundação, trabalhamos voluntariamente», frisa.
São muitos os desafios que se colocam à maior realização do concelho de Ovar e, nas suas palavras, «maior festa popular do país», com um orçamento de 420 mil euros. Entre eles está a construção da Aldeia do Carnaval, «à qual me dedicarei de corpo e alma nos meses que faltam», promete, «e decidir o que se pretende: uma festa ou uma festinha».
Nestes últimos cinco anos da sua vigência, os foliões passaram pelos mais duros testes», recorda José Américo: «O F. Ramada foi demolido, aconteceu o acidente no cine-teatro e a chuva nos últimos dois anos». Mas, finalmente, José Américo pôde sorrir com um carnaval em grande, em 2005. No entanto, chegou a temer-se o pior quando o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica fez chegar à Fundação do Carnaval de Ovar a informação de que os dias da folia, entre 5 e 8 de Fevereiro, poderiam ser molhados. José Américo inquietou-se e não queria acreditar que São Pedro iria estar contra ele pelo terceiro ano consecutivo. Colocado perante as previsões, convidou os intervenientes nos corsos (Escolas de samba, grupos carnavalescos e de passerelle) para auscultar posições sobre a eventualidade de os desfiles se poderem (ou não) concretizar sob condições atmosféricas adversas. No dia cinco à noite, tradicionalmente dedicado à estreia das quatro escolas de samba vareiras, ainda caíram alguns pingos de chuva, mas nada que amedrontasse os foliões que não arredaram pé e o cortejo saiu. E não voltou a chover. Terá São Pedro ouvido as preces dos responsáveis da Fundação do Carnaval de Ovar? É que mais um ano chuvoso poderia significar o fim da organização nos moldes em que são conhecidos, já que a receita de bilheteira estaria seriamente comprometida e os subsídios anualmente atribuídos estariam também em risco.(Obs.: Mão amiga fez-nos chegar parte da notícia do «Diário de Aveiro» de hoje)

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