quinta-feira, novembro 03, 2005

GNR baleou assaltantes de ourivesaria

Um grupo de encapuzados assaltou na madrugada de ontem (cerca das quatro horas) a ourivesaria Neves - à face da EN109, em Cortegaça, no concelho de Ovar -, estroncando as grades e partindo o vidro da montra. Os assaltantes foram detectados por um morador que deu o alerta imediato para a GNR. Em poucos minutos, a patrulha chegou ao local e ainda apanhou quatro indivíduos a sair da ourivesaria, disse ao Diário de Aveiro o comandante do Destacamento Territorial da GNR de Ovar, capitão Manuel Afonso.
Nessa altura, os assaltantes abriram fogo sobre os militares da GNR, com uma pistola calibre 6.35 milímetros e uma caçadeira, obrigando-os a ripostar, atingindo um deles nos testículos e outro num braço, atingindo também o tórax e perfurado parte de um pulmão.
Os quatro assaltantes ainda conseguiram entrar no Ford Fiesta de dois lugares que usavam e fugir, sendo perseguidos pela GNR. No entanto, os ferimentos do condutor levaram-nos ao despiste e à detenção dos dois feridos - um homem de 29 anos e um outro de 24, ambos residentes no Porto -, enquanto os outros conseguiram escapar, encontrando-se a monte.
A GNR de Esmoriz ainda solicitou apoio à GNR de Lamas para bloquear as estradas e efectuar uma busca na zona de Riomeão (Santa Maria da Feira) e Gondozende, mas sem resultados.
O assaltante de 29 anos, ferido na zona genital, perdeu bastante sangue e chegou mesmo a correr risco de vida, sujeitando-se a uma intervenção cirúrgica no Hospital de S. João no Porto. O seu cúmplice deu entrada no Hospital de S. Sebastião, mas acabou por ser transferido para o Hospital Santos Silva, em Gaia, onde também foi operado.
No carro ficaram os objectos em ouro roubados na ourivesaria.
Segundo os vizinhos, esta foi uma noite de verdadeiro terror, «como nos filmes de Hollywood», mas afinal «a GNR conseguiu atingir dois dos assaltantes, e por isso tudo acabou em bem», afirmaram ao Diário de Aveiro algumas testemunhas.
«Ouvimos primeiro o barulho dos vidros a partir, e minutos depois vários tiros», contam, afirmando que foram os assaltantes os primeiros a disparar. «Parecia quase a guerra, não ganhámos para o susto», contam, manifestando contentamento «porque desta vez foi a GNR a atingir os bandidos».(«Diário de Aveiro»)

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