Arte
João Cutileiro expõe
na Universidade de Aveiro
A Universidade de Aveiro, em colaboração com o Museu Municipal de Arqueologia de Sines e com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro, apresenta a Exposição «Pedras na Praça: Arte Pública» de João Cutileiro. Esta mostra de trabalhos, apresentada em Silves em Maio passado, integra um conjunto de fotos em grandes dimensões e maquetas de 15 obras de João Cutileiro, que mostram o seu percurso de criatividade e de produção da obra de arte, isto é, da ideia à maqueta e da obra ao local.
«Pedras na Praça: Arte Pública» já pode ser visitada, desde o dia 10 de Novembro, até Janeiro de 2006, no Edifício da Reitoria da UA, de Segunda-feira a Domingo, e na Secção Autónoma de Engenharia Civil da UA, de Segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h30. A entrada é Livre! (Para visitas guiadas contactar o Núcleo Museológico da UA, Tel.: 234 370 200)
«Pedras na Praça» mostra como a arte pública intervém na cidade e no seu conjunto envolvente sob perspectivas culturais, políticas, sociais e cívicas, e como está em boa parte nas mãos do artista transformar essa arte política, numa afirmação do universo artístico e cívico. As esculturas que João Cutileiro cria para os espaços públicos são a expressão exacta dessa transformação, fazendo entrar na arte monumental in situ, experiências artísticas que renovam e reescrevem a história de alguns lugares da nossa própria História.
Comissariada por Conceição Amaral e Joaquim de Oliveira Caetano, a Exposição «Pedras na Praça» apresenta esculturas de João Cutileiro que actualmente dão nova vida a praças de cidades portuguesas. Além de dar a conhecer algumas das suas mais emblemáticas obras – como a escultura do Parque Eduardo VII – a exposição foi concebida de forma a fazer, em simultâneo, o percurso de criatividade e de produção da obra de arte: da ideia à maqueta, da obra ao local, neste caso, apresentado em fotografias de grandes dimensões.
João Cutileiro respira o pó das influências de uma vida e empenha o seu dia-a-dia na realização de uma criatividade muito própria e de uma atitude independente e liberta de estereótipos. Artista reconhecido internacionalmente, as suas obras são geradoras de ódios e paixões.
Para João Cutileiro esculpir é uma afirmação da realidade da sua própria existência, num trabalho que não conhece o cansaço e num esforço que parece não ter limites. Autenticidade e economia na concepção do modelo são os grandes objectivos dos trabalhos de Cutileiro, obras que nascem das paixões, aspirações, dúvidas e receios do escultor. Os seus temas são o amor, o desejo e a plenitude do ser, cuja revelação no domínio da natureza é celebrado com respeito e simplicidade.
João Cutileiro é o grande responsável pela grande viragem da escultura portuguesa nos anos 80 e pela ruptura com a estatuária oficial, fazendo-a evoluir do classicismo estilizado para uma nova era completamente liberta da iconografia vigente.
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