sexta-feira, novembro 18, 2005

Penhoras limitam alternativas
para evitar rescisões


Terminou ontem o prazo estabelecido pelo plantel da Ovarense para a Direcção liquidar o montante relativo aos meses de Setembro e Outubro ainda em falta. Depois de uma reunião (na passada segunda-feira) com Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores (SJ), o grupo decidiu avançar com um pré-aviso de rescisão, conferindo três dias úteis à Direcção encabeçada por Carlos Brás para pagar os restantes 70 por cento referentes aos dois meses em atraso.
A situação económica tem-se agravado, retirando poder negocial aos responsáveis à medida que o Tribunal Judicial de Ovar manda executar penhoras ao clube. A mais recente foi distribuída precisamente ontem. O exequente é o ex-jogador Welington, que exige o pagamento de 10725 euros, um valor que se reporta a vencimentos em atraso.
Mas também Carlos Brás, que assumiu a liderança da Ovarense a 23 de Julho do ano passado, em substituição de Manuel Miranda, na altura ausente do país, foi alvo em Outubro de duas acções judiciais, juntamente com o vice-presidente Álvaro Teixeira, movidas pelo líder da mesa da Assembleia Geral, Raimundo Rodrigues, devido a um empréstimo ao clube de 10205 euros, e pelo ex-treinador Joaquim Teixeira, que tem 15925 euros de salários por pagar.
Com o prazo para receber o ordenado expirado ontem, os jogadores do clube de Ovar não viram satisfeitas as suas exigências e podem formalizar hoje o pré-aviso de rescisão que avançaram na passada sexta-feira. Os responsáveis tinham três dias úteis, após serem notificados, para resolverem o problema e evitarem a rescisão contratual. Eventuais alternativas serão hoje debatidas em nova reunião com Joaquim Evangelista, numa unidade hoteleira de Ovar.
Carlos Brás já informou os jogadores que, apesar dos esforços encetados, ainda não dispõe do montante exigido, pelo que aconselhou cada um a tomar a decisão que achar melhor para o seu futuro. Recorde-se que o clube acumulou sete meses de atraso na época passada, situação ainda por regularizar, e esta temporada apenas conseguiu pagar o primeiro mês, originando alguns casos críticos, solucionados, entretanto, pelo Sindicato, através do seu Fundo de Solidariedade do Jogador.(«O Jogo»)

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