quinta-feira, julho 28, 2005

Festas da Nossa Senhora
do Parto serão de alto risco


Num e outro lado da contenda é unânime a opinião: ««Nada está esquecido e a vingança ficou só adiada». Uma outra moradora do bairro de S. José, citada pelo «Diário de Aveiro», garante que «isto só acaba quando houver mortes».
O jovem que se encontra internado no Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, deverá ter alta hoje ou amanhã. «Por essa altura, já cá deve estar o pai que andava na pesca do bacalhau e iniciou a viagem de regresso a Portugal, mal soube dos acontecimentos», contam no Lamarão. «Quando ele chegar é que vai ser», opina outro vizinho enquanto toma um café numa pastelaria da zona. Aqui também é voz corrente que o problema não está resolvido.
Numa análise rápida, diz-se que «quem tinha as armas, na segunda-feira, eram os do Lamarão que apanharam os membros do bairro de S. José de surpresa». Estes, tiveram que agarrar o que tinham à mão: as garrafas do «Pingo Doce». Mas nada ficou resolvido e a vingança está apenas a aquecer em «lume brando».
Todos sabem o que está na origem da violência da última semana: «Não foi nenhum roubo de telemóvel, nem de bicicletas. Tudo começou com um arraial de pancada que deram num elemento do bairro de São José», diz-se à boca pequena. «Os filhos foram à procura de vingança e depois deu-se o contra-ataque de surpresa».
A PSP patrulha os dois bairros de forma intensiva para evitar confrontos. O Comandante Distrital de Aveiro, Francisco Bagina, prometera reforço da segurança, mas também sempre vai dizendo que «eles aproveitam para as fazer quando a polícia não está».
Quem conhece assegura que esta calma aparente vai manter-se durante mais alguns dias. Prevê-se que sejam de alto risco as festas em honra da Nossa Senhora do Parto, que decorrerão na primeira semana de Agosto, no jardim dos Campos, em Ovar. Esta romaria é normalmente muito procurada pela comunidade dos bairros piscatórios da cidade e, não raro, é palco de desacatos.

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