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terça-feira, fevereiro 28, 2006
Não há Carnaval como o de Ovar
Vamos embora minha gente!!!! Não há Carnaval como o de Ovar!!!!” grita entusiasticamente uma voz com pronúncia de português do Brasil. A frase era audível a largas dezenas de metros do recinto que acolheu, tal como aconteceu nos anos anteriores, o Carnaval de Ovar 2006.
O convite estava feito e foi aceite por milhares de pessoas, oriundas um pouco de todo o País. Sinal disso era o tamanho da fila de carros e autocarros que se fez sentir à entrada daquela cidade. Para além do trânsito caótico, não havia lugares para estacionar. Como forma de resolver o problema, as viaturas começaram a ser estacionadas em cima dos passeios e dos jardins mas, apesar de ser Carnaval e de ninguém levar a mal, os agentes de autoridade que se encontravam no local passaram multas aos infractores.
Aborrecimentos à parte e com um sol que fez questão de brilhar, embora por vezes interrompido por algumas nuvens, a alegria, o entusiasmo, o ritmo, as cores e os foliões não se fizeram rogados. Na passadeira vermelha desfilaram Bailarinos, Carrucas, Catitas, Condores, Garimpeiros, Joanas do Arco da Velha, Marados, Marroquinos, Não Precisa, Palhacinhas, Pierrots, Pindéricus, Pinguins, Vampiros, Xaxas, Zuzucas, Charanquinha, Costa da Prata, Juventude Vareira, Kan-Kans, Preto no Branco, Axu-mal. Os protagonistas que deram corpo a estes grupos tinham idades diferentes, profissões distintas e estilos de vida igualmente não coincidentes. Ainda assim, aquilo que os uniu é o facto de serem habitantes de Ovar e verem o Carnaval como algo especial e intrínseco daquela cidade.
Quando lhes era colocada a pergunta: por que é que decidiu participar? As respostas eram peremptórias: “e porque não? Sou de Ovar, gosto da minha terra e, consequentemente, gosto do Carnaval. Os meus pais já participaram, eu também aqui estou, e já o faço há alguns anos, e até o meu filhote já marca aqui também presença”.
As margens do recinto onde o desfile decorreu estavam a abarrotar. Famílias inteiras, residentes em diferentes pontos dos País, fizeram questão de marcar presença naquilo que consideram ser um espectáculo.
Desde 1952
Organizado desde 1952, o Carnaval de Ovar é o maior acontecimento turístico da região, atraindo anualmente dezenas de milhares de visitantes. A preparação do Corso Carnavalesco envolve, durante todo o ano, os figurantes e suas famílias que executam, eles próprios, os trajes, as máscaras, as fantasias, os enfeites e os carros alegóricos, ricos de exotismo, criatividade e humor. Durante cerca de um mês, multiplicam-se os bailes, as brincadeiras, as travessuras, as iniciativas culturais e o Desfile de mais de dois mil foliões vareiros distribuídos pelas Escolas de Samba, Grupos e humoristas individuais. E é o colorido, a fantasia, o ritmo, o humor e a alegria do Carnaval que invadem as ruas da cidade de Ovar.(«PJ»)
Vamos embora minha gente!!!! Não há Carnaval como o de Ovar!!!!” grita entusiasticamente uma voz com pronúncia de português do Brasil. A frase era audível a largas dezenas de metros do recinto que acolheu, tal como aconteceu nos anos anteriores, o Carnaval de Ovar 2006.
O convite estava feito e foi aceite por milhares de pessoas, oriundas um pouco de todo o País. Sinal disso era o tamanho da fila de carros e autocarros que se fez sentir à entrada daquela cidade. Para além do trânsito caótico, não havia lugares para estacionar. Como forma de resolver o problema, as viaturas começaram a ser estacionadas em cima dos passeios e dos jardins mas, apesar de ser Carnaval e de ninguém levar a mal, os agentes de autoridade que se encontravam no local passaram multas aos infractores.
Aborrecimentos à parte e com um sol que fez questão de brilhar, embora por vezes interrompido por algumas nuvens, a alegria, o entusiasmo, o ritmo, as cores e os foliões não se fizeram rogados. Na passadeira vermelha desfilaram Bailarinos, Carrucas, Catitas, Condores, Garimpeiros, Joanas do Arco da Velha, Marados, Marroquinos, Não Precisa, Palhacinhas, Pierrots, Pindéricus, Pinguins, Vampiros, Xaxas, Zuzucas, Charanquinha, Costa da Prata, Juventude Vareira, Kan-Kans, Preto no Branco, Axu-mal. Os protagonistas que deram corpo a estes grupos tinham idades diferentes, profissões distintas e estilos de vida igualmente não coincidentes. Ainda assim, aquilo que os uniu é o facto de serem habitantes de Ovar e verem o Carnaval como algo especial e intrínseco daquela cidade.
Quando lhes era colocada a pergunta: por que é que decidiu participar? As respostas eram peremptórias: “e porque não? Sou de Ovar, gosto da minha terra e, consequentemente, gosto do Carnaval. Os meus pais já participaram, eu também aqui estou, e já o faço há alguns anos, e até o meu filhote já marca aqui também presença”.
As margens do recinto onde o desfile decorreu estavam a abarrotar. Famílias inteiras, residentes em diferentes pontos dos País, fizeram questão de marcar presença naquilo que consideram ser um espectáculo.
Desde 1952
Organizado desde 1952, o Carnaval de Ovar é o maior acontecimento turístico da região, atraindo anualmente dezenas de milhares de visitantes. A preparação do Corso Carnavalesco envolve, durante todo o ano, os figurantes e suas famílias que executam, eles próprios, os trajes, as máscaras, as fantasias, os enfeites e os carros alegóricos, ricos de exotismo, criatividade e humor. Durante cerca de um mês, multiplicam-se os bailes, as brincadeiras, as travessuras, as iniciativas culturais e o Desfile de mais de dois mil foliões vareiros distribuídos pelas Escolas de Samba, Grupos e humoristas individuais. E é o colorido, a fantasia, o ritmo, o humor e a alegria do Carnaval que invadem as ruas da cidade de Ovar.(«PJ»)
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
Foliões aquecem o frio
O fato de cabedal ajusta-se como uma luva às curvas do esbelto corpo. O rosto está perfeitamente maquilhado. As unhas, longas e rubras, terminam umas mãos compridas onde brilham anéis de pérolas. As botas pretas de salto alto e a bolsa da mesma cor completam o conjunto. O cabelo, com madeixas ruivas e louras, está solto ao vento. Foi nestes preparos que Ricardo Pacheco, "Nancy" para os amigos, chegou, ontem, ao Carnaval de Ovar, para dar início ao primeiro de três dias de folia que irá assolar o país de lés-a-lés.Nancy chegou acompanhada pelo seu homem, Tó Zé Maia, o verdadeiro macho latino, com tudo o que isso implica.
Fatinho de cabedal castanho, pontuado por calças à boca de sino, camisa colorida aberta no peito de forma a revelar o peludo peito e os fios de ouro, sapatos bicudos a imitar pele de cobra e com um pouco de salto e, por fim, grande bigodaça, óculos género aviador e anel de brilhante no dedo mindinho.O casal fez-se transportar num carro todo kitado, com duas grandes labaredas nas partes laterais. O único senão é que era feito de espuma e parecia ter grandes dificuldades de motor. O que valia é que as "urjênssias" da "Garaje Vampiros" estava mesmo ali à mão e pronta a substituir o dito motor.
Mas os mecânicos não conseguiram resistir à simpatia e beleza natural de Nancy, provocando uma enorme fúria em Tó Zé. O homem devia estar, porém, habituado a tais arrufos de paixão pela sua dama, pois trazia, matreiramente, uma moca escondida no carro.Sanadas as hostilidades, o casal, de novo enamorado, seguiu viagem, pelo trajecto de dois quilómetros por onde desfilou o corso do Carnaval de Ovar, que foi brindado com uma das maiores enchentes dos últimos anos.Milhares de pessoas assistiram a um desfile dominado pela cor e alegria, onde se destacou a cada vez maior inovação por parte dos grupos, sobretudo na união da máquina com o homem.Muitos saltos na barriga e arrepios na espinha terão sentido os espectadores ao ver, por exemplo, a gigante roda dos "Xaxas" percorrida por um homem em cima de uma bicicleta. Apesar do frio e do vento que se sentiu, as nuvens que encobriam, de quando em vez, o sol, não chegaram a ameaçar. Isto depois de, anteontem, o desfile das escolas de samba ter sido alvo de alguns aguaceiros. O último foi tão forte que a escola de samba "Juventude Vareira" não encontrou condições para desfilar.Hoje não há desfile, mas prevê-se uma nova enchente no centro de Ovar.
É a chamada "Noite mágica", onde acorrem tradicionalmente milhares de pessoas vindas de todo o país simplesmente para brincar o Carnaval.Amanhã, o corso vareiro voltará à rua, pelas 14.30 horas, com os seus dois mil participantes, 24 alegorias e ainda "Suas Altezas", o "rei D. TGV", o "Rapidinho" e "Dona Ota, a Despistada". («JN»)
O fato de cabedal ajusta-se como uma luva às curvas do esbelto corpo. O rosto está perfeitamente maquilhado. As unhas, longas e rubras, terminam umas mãos compridas onde brilham anéis de pérolas. As botas pretas de salto alto e a bolsa da mesma cor completam o conjunto. O cabelo, com madeixas ruivas e louras, está solto ao vento. Foi nestes preparos que Ricardo Pacheco, "Nancy" para os amigos, chegou, ontem, ao Carnaval de Ovar, para dar início ao primeiro de três dias de folia que irá assolar o país de lés-a-lés.Nancy chegou acompanhada pelo seu homem, Tó Zé Maia, o verdadeiro macho latino, com tudo o que isso implica.
Fatinho de cabedal castanho, pontuado por calças à boca de sino, camisa colorida aberta no peito de forma a revelar o peludo peito e os fios de ouro, sapatos bicudos a imitar pele de cobra e com um pouco de salto e, por fim, grande bigodaça, óculos género aviador e anel de brilhante no dedo mindinho.O casal fez-se transportar num carro todo kitado, com duas grandes labaredas nas partes laterais. O único senão é que era feito de espuma e parecia ter grandes dificuldades de motor. O que valia é que as "urjênssias" da "Garaje Vampiros" estava mesmo ali à mão e pronta a substituir o dito motor.
Mas os mecânicos não conseguiram resistir à simpatia e beleza natural de Nancy, provocando uma enorme fúria em Tó Zé. O homem devia estar, porém, habituado a tais arrufos de paixão pela sua dama, pois trazia, matreiramente, uma moca escondida no carro.Sanadas as hostilidades, o casal, de novo enamorado, seguiu viagem, pelo trajecto de dois quilómetros por onde desfilou o corso do Carnaval de Ovar, que foi brindado com uma das maiores enchentes dos últimos anos.Milhares de pessoas assistiram a um desfile dominado pela cor e alegria, onde se destacou a cada vez maior inovação por parte dos grupos, sobretudo na união da máquina com o homem.Muitos saltos na barriga e arrepios na espinha terão sentido os espectadores ao ver, por exemplo, a gigante roda dos "Xaxas" percorrida por um homem em cima de uma bicicleta. Apesar do frio e do vento que se sentiu, as nuvens que encobriam, de quando em vez, o sol, não chegaram a ameaçar. Isto depois de, anteontem, o desfile das escolas de samba ter sido alvo de alguns aguaceiros. O último foi tão forte que a escola de samba "Juventude Vareira" não encontrou condições para desfilar.Hoje não há desfile, mas prevê-se uma nova enchente no centro de Ovar.
É a chamada "Noite mágica", onde acorrem tradicionalmente milhares de pessoas vindas de todo o país simplesmente para brincar o Carnaval.Amanhã, o corso vareiro voltará à rua, pelas 14.30 horas, com os seus dois mil participantes, 24 alegorias e ainda "Suas Altezas", o "rei D. TGV", o "Rapidinho" e "Dona Ota, a Despistada". («JN»)
domingo, fevereiro 26, 2006
sábado, fevereiro 25, 2006
Carnaval está nos genes dos vareiros
Os festejos carnavalescos, em Ovar, “já fazem parte da marca genética da população”. Quem o diz é Rui Resende, de 71 anos, que há exactamente quatro décadas fundou um dos grupos mais antigos. Os “Levados do Diabo” ainda hoje fazem parte do corso e o futuro está assegurado.
“A verdade é que em Ovar os grupos quando começam é quase para sempre”, constatou o um dos três fundadores ainda vivos dos “Levados do Diabo” que só perdem em antiguidade para os “Condores”.
“Andam avós, filhos e netos. Isto vai passando de geração em geração”, explicou Rui Resende que vai cumprir a tradição e sair à rua domingo e terça-feira.
O desfile do carnaval de Ovar tem quase 55 anos. E nem a ditadura ousou impedir os mascarados de saírem à rua. “Em mais lugar nenhum deixavam a não ser aqui para dar uma ideia de democracia que não era. Não gostavam, mas tinha de ser”, contou o fundador dos “Levados do Diabo”.
O “amor à causa”, bem patente no voluntarismo dos grupos ao longo de muitos meses de preparação, é a alma do carnaval de Ovar que “está no sangue das pessoas”, disse Rui Resende que defende, contudo, a existência de uma estrutura organizativa como é o caso da Fundação do Carnaval. “Já não seria possível fazer tudo de outra forma”, referiu.
A sátira continua a ser uma das marcas do carnaval vareiro que este ano reservou o trono para D.TGV, O Rapidinho.
O corso é formado por 24 grupos, sendo quatro escolas de samba, num total de 2200 participantes.
A Fundação do Carnaval de Ovar vai gastar cerca de 500 mil euros. Mas espera a ajuda do S. Pedro para ter um bom retorno na bilheteira. (in «Noticias de Aveiro»)
Os festejos carnavalescos, em Ovar, “já fazem parte da marca genética da população”. Quem o diz é Rui Resende, de 71 anos, que há exactamente quatro décadas fundou um dos grupos mais antigos. Os “Levados do Diabo” ainda hoje fazem parte do corso e o futuro está assegurado.
“A verdade é que em Ovar os grupos quando começam é quase para sempre”, constatou o um dos três fundadores ainda vivos dos “Levados do Diabo” que só perdem em antiguidade para os “Condores”.
“Andam avós, filhos e netos. Isto vai passando de geração em geração”, explicou Rui Resende que vai cumprir a tradição e sair à rua domingo e terça-feira.
O desfile do carnaval de Ovar tem quase 55 anos. E nem a ditadura ousou impedir os mascarados de saírem à rua. “Em mais lugar nenhum deixavam a não ser aqui para dar uma ideia de democracia que não era. Não gostavam, mas tinha de ser”, contou o fundador dos “Levados do Diabo”.
O “amor à causa”, bem patente no voluntarismo dos grupos ao longo de muitos meses de preparação, é a alma do carnaval de Ovar que “está no sangue das pessoas”, disse Rui Resende que defende, contudo, a existência de uma estrutura organizativa como é o caso da Fundação do Carnaval. “Já não seria possível fazer tudo de outra forma”, referiu.
A sátira continua a ser uma das marcas do carnaval vareiro que este ano reservou o trono para D.TGV, O Rapidinho.
O corso é formado por 24 grupos, sendo quatro escolas de samba, num total de 2200 participantes.
A Fundação do Carnaval de Ovar vai gastar cerca de 500 mil euros. Mas espera a ajuda do S. Pedro para ter um bom retorno na bilheteira. (in «Noticias de Aveiro»)
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Mercado actuam esta noite
na «Tentzone»
A música dos Mercado Negro é espiritual, interventiva e também festiva e é partilhada prazerosamente com o público. É normal nos espectáculos dos Mercado Negro, ver nas pessoas um brilhozinho nos olhos e sorrisos cúmplices, um sentimento de leveza e libertação, uma verdadeira partilha de energias e vibrações positivas.Os Mercado Negro têm marcado presença nos grandes Festivais de Verão como Festival Galp Energia, Festival Sudoeste, Paredes de Coura , Festival Tejo, Festival Reggae Algarve, Festa do Avante, Queima das Fitas, Festas das Cidades e Festas da Juventude de todo o País.
A estreia tão esperada dos Mercado Negro em disco data de 2004, antecipado em meados de 2003 por um CD single “Beija-Flor” que se torna um clássico na Antena 3, que o passava em exclusivo.
na «Tentzone»
A música dos Mercado Negro é espiritual, interventiva e também festiva e é partilhada prazerosamente com o público. É normal nos espectáculos dos Mercado Negro, ver nas pessoas um brilhozinho nos olhos e sorrisos cúmplices, um sentimento de leveza e libertação, uma verdadeira partilha de energias e vibrações positivas.Os Mercado Negro têm marcado presença nos grandes Festivais de Verão como Festival Galp Energia, Festival Sudoeste, Paredes de Coura , Festival Tejo, Festival Reggae Algarve, Festa do Avante, Queima das Fitas, Festas das Cidades e Festas da Juventude de todo o País.
A estreia tão esperada dos Mercado Negro em disco data de 2004, antecipado em meados de 2003 por um CD single “Beija-Flor” que se torna um clássico na Antena 3, que o passava em exclusivo.
Praça das Galinhas
fantasia-se no Carnaval
Assim as condições atmosféricas o permitam e não faltarão, aos foliões que escolherem Ovar como destino de Carnaval, locais de diversão na cidade. A mais recente proposta partiu da união e oito estabelecimentos hoteleiros do centro urbano e da praia do Furadouro que pretendem animar um dos locais mais nobres da cidade, recentemente alvo de obras de beneficiação. Trata-se do Largo Mouzinho de Albuquerque, vulgarmente designado por Praça das Galinhas por, em tempos recuados, ali se desenrolar a venda destas aves.
Os tempos mudaram e a praça, normalmente um local calmo, será transformada, nos próximos dias, no ponto de encontro dos muitos forasteiros em busca da folia proporcionada pelas gentes vareiras nesta época do ano.
Segundo Manuel Valente, um dos responsáveis pelo projecto, «a ideia surgiu para proporcionar mais uma oferta e, ao mesmo tempo, como alternativa à ‘Tentzone’» [nr: instalada no Parque da Senhora da Graça]. Por outro lado, «este é um meio de também podermos colaborar no engrandecimento desta festa que é a maior do concelho», indicou Valente, ele próprio um empresário hoteleiro instalado na praia do Furadouro.
Mas ao contrário da outra proposta instalada na cidade, o nosso interlocutor fez questão de frisar que «a entrada é livre», acrescentando que «esta iniciativa é uma demonstração inequívoca de que os bares da cidade não estão de costas voltadas uns para os outros».
Por outro lado, Manuel Valente não deixa de reconhecer que a experiência colhida do ano passado, em que estes bares estiveram no projecto da «Tenda Armada», que também esteve instalada no Parque da Senhora da Graça, «foi muito importante».
O tempo tem estado incerto, por isso os responsáveis pela organização vão cobrir o espaço com uma tenda, de forma a «que ninguém se molhe caso chova numa destas noites».
A programação promete acompanhar as especialidades à disposição dos foliões nos diversos balcões instalados na praça. Na sexta-feira, dia 24, os Axu-Mal apresentam o «Show dos Pitos», seguindo-se, numa iniciativa inédita, a eleição da Miss Galinha da Praça, num concurso aberto aos grupos e escolas de samba do Carnaval. A noite segue madrugada dentro com DJ’s convidados.
No sábado realiza-se o «Baile à bujeca», com a actuação da banda «Radra Kalli» e sessão de DJ’s pela noite dentro. No domingo, organização espera projectar o corso desse dia e de «Carnavais idos». Segunda-feira vai assistir a uma iniciativa inédita no Carnaval vareiro, com a organização a abrir o espaço, durante a tarde, a uma mostra do que chamou de «tunnings carnavalescos». A grande noite de segunda para terça-feira arranca com a actuação do grupo «Top3», seguida dos DJ’ que vão animar toda a noite do Carnaval da Praça.(in «Diário de Aveiro»)
fantasia-se no Carnaval
Assim as condições atmosféricas o permitam e não faltarão, aos foliões que escolherem Ovar como destino de Carnaval, locais de diversão na cidade. A mais recente proposta partiu da união e oito estabelecimentos hoteleiros do centro urbano e da praia do Furadouro que pretendem animar um dos locais mais nobres da cidade, recentemente alvo de obras de beneficiação. Trata-se do Largo Mouzinho de Albuquerque, vulgarmente designado por Praça das Galinhas por, em tempos recuados, ali se desenrolar a venda destas aves.
Os tempos mudaram e a praça, normalmente um local calmo, será transformada, nos próximos dias, no ponto de encontro dos muitos forasteiros em busca da folia proporcionada pelas gentes vareiras nesta época do ano.
Segundo Manuel Valente, um dos responsáveis pelo projecto, «a ideia surgiu para proporcionar mais uma oferta e, ao mesmo tempo, como alternativa à ‘Tentzone’» [nr: instalada no Parque da Senhora da Graça]. Por outro lado, «este é um meio de também podermos colaborar no engrandecimento desta festa que é a maior do concelho», indicou Valente, ele próprio um empresário hoteleiro instalado na praia do Furadouro.
Mas ao contrário da outra proposta instalada na cidade, o nosso interlocutor fez questão de frisar que «a entrada é livre», acrescentando que «esta iniciativa é uma demonstração inequívoca de que os bares da cidade não estão de costas voltadas uns para os outros».
Por outro lado, Manuel Valente não deixa de reconhecer que a experiência colhida do ano passado, em que estes bares estiveram no projecto da «Tenda Armada», que também esteve instalada no Parque da Senhora da Graça, «foi muito importante».
O tempo tem estado incerto, por isso os responsáveis pela organização vão cobrir o espaço com uma tenda, de forma a «que ninguém se molhe caso chova numa destas noites».
A programação promete acompanhar as especialidades à disposição dos foliões nos diversos balcões instalados na praça. Na sexta-feira, dia 24, os Axu-Mal apresentam o «Show dos Pitos», seguindo-se, numa iniciativa inédita, a eleição da Miss Galinha da Praça, num concurso aberto aos grupos e escolas de samba do Carnaval. A noite segue madrugada dentro com DJ’s convidados.
No sábado realiza-se o «Baile à bujeca», com a actuação da banda «Radra Kalli» e sessão de DJ’s pela noite dentro. No domingo, organização espera projectar o corso desse dia e de «Carnavais idos». Segunda-feira vai assistir a uma iniciativa inédita no Carnaval vareiro, com a organização a abrir o espaço, durante a tarde, a uma mostra do que chamou de «tunnings carnavalescos». A grande noite de segunda para terça-feira arranca com a actuação do grupo «Top3», seguida dos DJ’ que vão animar toda a noite do Carnaval da Praça.(in «Diário de Aveiro»)
Está tudo a postos
A imensidão de bancadas instaladas na Avenida Sá Carneiro para assistir ao Carnaval de Ovar, mesmo vazias, oferecem uma imagem impressionante. O primeiro corso está marcado para amanhã à noite e põe na rua as quatro escolas de samba da cidade: Costa de Prata, Charanguinha, Juventude Vareira e Kan-kans.
I CONCURSO DE FOTOGRAFIA "AMBIENTE, IMAGENS DISPERSAS"
Está a decorrer o I CONCURSO DE FOTOGRAFIA «AMBIENTE, IMAGENS DISPERSAS».
O texto de apresentação do concurso vai sair na semana que vem no Praça Verde, suplemento mensal do semanário vareiro «Praça Pública». «Posso começar a desvendar que o texto trata da estória de uma relação forte e feliz», diz o blog dos «Amigos do Cáster» que organizam o certame.
Aqui encontram o regulamento.
Está a decorrer o I CONCURSO DE FOTOGRAFIA «AMBIENTE, IMAGENS DISPERSAS».
O texto de apresentação do concurso vai sair na semana que vem no Praça Verde, suplemento mensal do semanário vareiro «Praça Pública». «Posso começar a desvendar que o texto trata da estória de uma relação forte e feliz», diz o blog dos «Amigos do Cáster» que organizam o certame.
Aqui encontram o regulamento.
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Votação
Ponto da situação
A poucos dias da saída para a rua dos grandes corsos de 2006 do carnaval de Ovar, eis como estão as contas do inquérito do «NdO»:
1. Palhacinhas, 123 votos, 27%
2. Zuzucas, 69, 15%
3. Costa de Prata, 67, 15%
4. Pinguins, 62, 13%
5. Hippies, 40, 9%
6. Jonas, 37, 8%
7. Charanguinha, 28, 6%
8. Xaxas, 27, 6%
9. Marados, 6, 1%
10. Levados do Diabo, 1, 0%
... e a luta continua para encontrarmos o grupo ou escola de samba que mais contribuiu para engrandecimento do Carnaval de Ovar.
Ponto da situação
A poucos dias da saída para a rua dos grandes corsos de 2006 do carnaval de Ovar, eis como estão as contas do inquérito do «NdO»:
1. Palhacinhas, 123 votos, 27%
2. Zuzucas, 69, 15%
3. Costa de Prata, 67, 15%
4. Pinguins, 62, 13%
5. Hippies, 40, 9%
6. Jonas, 37, 8%
7. Charanguinha, 28, 6%
8. Xaxas, 27, 6%
9. Marados, 6, 1%
10. Levados do Diabo, 1, 0%
... e a luta continua para encontrarmos o grupo ou escola de samba que mais contribuiu para engrandecimento do Carnaval de Ovar.
Charanguinha na Idade Média
Como já devem ter reparado, a «grafonola» do «NdO» debita já o samba enredo deste ano da Escola de Samba vareira, «Charanguinha». O tema é «Charanguinha na Idade Média».
Ontem foi dia de ensaio geral na Avenida Sá Carneiro para a escola. Correu bem, só o frio é que incomodou um bocadinho. «Mas foi só início, porque depois a gente aquece. O que importa é que não chova», disse ao «NdO» uma «Charanguinha».
Como já devem ter reparado, a «grafonola» do «NdO» debita já o samba enredo deste ano da Escola de Samba vareira, «Charanguinha». O tema é «Charanguinha na Idade Média».
Ontem foi dia de ensaio geral na Avenida Sá Carneiro para a escola. Correu bem, só o frio é que incomodou um bocadinho. «Mas foi só início, porque depois a gente aquece. O que importa é que não chova», disse ao «NdO» uma «Charanguinha».
Brrrrrrrrr
Alerta amarelo de frio em doze distritos
O Instituto de Meteorologia (IM) emitiu quarta-feira à noite um alerta de frio para hoje na maioria do território nacional, prevendo chuva e neve no Sul, devido à passagem de um sistema frontal.
O IM prevê queda de neve acima dos 900 metros pelo menos nos distritos de Portalegre e Faro, dois de doze distritos colocados em alerta amarelo (o segundo menos grave).
Apenas Viana do Castelo, Bragança, Coimbra, Lisboa e Setúbal não estão abrangidos pelo alerta amarelo de frio.
Fonte do IM contactada pela Agência Lusa afirmou que a massa de ar frio que se encontra sobre o continente vai conjugar-se com um sistema frontal e depressão que passarão pelo Sul do país, mas não deverão verificar-se quedas de neve anómalas, como no princípio do mês.
As temperaturas e condições meteorológicas actuais são consideradas normais para o Inverno.
Na previsão do IM para hoje, as temperaturas mais baixas deverão registar-se em Braga, Bragança e Guarda, com mínimas de três graus negativos.
Castelo Branco e Santarém e Beja terão mínimas de um grau negativo, zero graus de mínima no Porto e Coimbra, cinco graus em Lisboa e oito em Faro.
A passagem da depressão pelo Sul será rápida, mas a partir de dia 24 outra depressão deverá passar pelo Norte e Centro do país.
Alerta amarelo de frio em doze distritos
O Instituto de Meteorologia (IM) emitiu quarta-feira à noite um alerta de frio para hoje na maioria do território nacional, prevendo chuva e neve no Sul, devido à passagem de um sistema frontal.
O IM prevê queda de neve acima dos 900 metros pelo menos nos distritos de Portalegre e Faro, dois de doze distritos colocados em alerta amarelo (o segundo menos grave).
Apenas Viana do Castelo, Bragança, Coimbra, Lisboa e Setúbal não estão abrangidos pelo alerta amarelo de frio.
Fonte do IM contactada pela Agência Lusa afirmou que a massa de ar frio que se encontra sobre o continente vai conjugar-se com um sistema frontal e depressão que passarão pelo Sul do país, mas não deverão verificar-se quedas de neve anómalas, como no princípio do mês.
As temperaturas e condições meteorológicas actuais são consideradas normais para o Inverno.
Na previsão do IM para hoje, as temperaturas mais baixas deverão registar-se em Braga, Bragança e Guarda, com mínimas de três graus negativos.
Castelo Branco e Santarém e Beja terão mínimas de um grau negativo, zero graus de mínima no Porto e Coimbra, cinco graus em Lisboa e oito em Faro.
A passagem da depressão pelo Sul será rápida, mas a partir de dia 24 outra depressão deverá passar pelo Norte e Centro do país.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Por falar em cerveja
As duas principais empresas cervejeiras do país, marcaram para hoje mais um episódio da guerra comercial e de comunicação em que têm estado envolvidas nos últimos meses. Desta vez, a Unicer e a Central de Cervejas convocaram os jornalistas para conferências de imprensa. A Unicer apresentou um novo produto às 10 horas. Três horas depois a Central de Cervejas divulgou os resultados financeiros da empresa.
A Sagres perde na guerrilha e a Super Bock perde nas respostas. A Sagres perde por golpes baixos e a Super Bock perde por se rebaixar.
Há muitos anos que uma guerra entre duas marcas não atingia o ponto a que chegámos com o caso da Super Bock e da Sagres. Na publicidade, nos comunicados, nos jornais, nos supermercados, nas mesas e nos balcões, lá em casa e lá no fundo, tudo aquilo que uma faz a outra emita, tudo aquilo que uma diz a outra desmente, tudo aquilo que uma quer a outra antecipa, num tamanho exagero que, tal como acontece com a própria cerveja, também o consumidor só pode estar chocado.
É demais. E a pergunta que todos fazem é como é que chegámos a este despropósito? A concorrência entre duas marcas normalmente faz ganhar o consumidor e faz vender mais o produto final. Esta faz perder o consumidor e faz vender menos cerveja. Onde está então a justificação para tamanho absurdo?
A Unicer, que faz a Super Bock, é uma empresa de bebidas, com mais de 40 marcas no seu portfolio. Só meia dúzia são cervejas. A Central de Cervejas, que faz a Sagres, é uma cervejeira que também faz outras bebidas. Só meia dúzia não são cerveja. A Super Bock é líder. A Sagres é uma espécie de eterna segunda. A Unicer é uma empresa inovadora, consistente, com visão do mercado. A Central de Cervejas é uma empresa agressiva, guerrilheira, com vontade do mercado. Terá sido a Sagres que iniciou esta guerra, há três anos, quando relançou a preta, antecipando-se ao lançamento da Super Bock Stout? Não sei. O que sei é que a Unicer, nos dois anos seguintes, preparou e lançou duas referências Super Bock: a Green e a Twin. E sei que a partir daí o verniz estalou e a Central de Cervejas respondeu sempre com produtos semelhantes. Depois, inverteram-se os papéis e a Central de Cervejas tomou a iniciativa com a Bohemia. A Unicer caiu na armadilha e foi atrás.
Do verniz estalado às garras de fora, foi um salto e a espiral começou com os resultados que estão à vista. Isto é, a Sagres perde na guerrilha e a Super Bock perde nas respostas. A Sagres perde por golpes baixos e a Super Bock perde por se rebaixar. Ambas perdem enquanto as respectivas agências de publicidade e produtoras de filmes enchem os bolsos e brindam... com cerveja, claro!
E agora, como é que se sai disto? Ferreira de Oliveira, da Unicer, e Alberto da Ponte, da Central de Cervejas, são os únicos que podem fazer estancar o derrame de cervejas. Porque ambos são demasiado inteligentes para perderem clientes. Sob pena de, tal como eu, também os consumidores ficarem sem vontade de beber cerveja. Porque no meio deste enjoo, o que apetece mesmo é uma Água das Pedras!
(«Portugaldiário»)
As duas principais empresas cervejeiras do país, marcaram para hoje mais um episódio da guerra comercial e de comunicação em que têm estado envolvidas nos últimos meses. Desta vez, a Unicer e a Central de Cervejas convocaram os jornalistas para conferências de imprensa. A Unicer apresentou um novo produto às 10 horas. Três horas depois a Central de Cervejas divulgou os resultados financeiros da empresa.
A Sagres perde na guerrilha e a Super Bock perde nas respostas. A Sagres perde por golpes baixos e a Super Bock perde por se rebaixar.
Há muitos anos que uma guerra entre duas marcas não atingia o ponto a que chegámos com o caso da Super Bock e da Sagres. Na publicidade, nos comunicados, nos jornais, nos supermercados, nas mesas e nos balcões, lá em casa e lá no fundo, tudo aquilo que uma faz a outra emita, tudo aquilo que uma diz a outra desmente, tudo aquilo que uma quer a outra antecipa, num tamanho exagero que, tal como acontece com a própria cerveja, também o consumidor só pode estar chocado.
É demais. E a pergunta que todos fazem é como é que chegámos a este despropósito? A concorrência entre duas marcas normalmente faz ganhar o consumidor e faz vender mais o produto final. Esta faz perder o consumidor e faz vender menos cerveja. Onde está então a justificação para tamanho absurdo?
A Unicer, que faz a Super Bock, é uma empresa de bebidas, com mais de 40 marcas no seu portfolio. Só meia dúzia são cervejas. A Central de Cervejas, que faz a Sagres, é uma cervejeira que também faz outras bebidas. Só meia dúzia não são cerveja. A Super Bock é líder. A Sagres é uma espécie de eterna segunda. A Unicer é uma empresa inovadora, consistente, com visão do mercado. A Central de Cervejas é uma empresa agressiva, guerrilheira, com vontade do mercado. Terá sido a Sagres que iniciou esta guerra, há três anos, quando relançou a preta, antecipando-se ao lançamento da Super Bock Stout? Não sei. O que sei é que a Unicer, nos dois anos seguintes, preparou e lançou duas referências Super Bock: a Green e a Twin. E sei que a partir daí o verniz estalou e a Central de Cervejas respondeu sempre com produtos semelhantes. Depois, inverteram-se os papéis e a Central de Cervejas tomou a iniciativa com a Bohemia. A Unicer caiu na armadilha e foi atrás.
Do verniz estalado às garras de fora, foi um salto e a espiral começou com os resultados que estão à vista. Isto é, a Sagres perde na guerrilha e a Super Bock perde nas respostas. A Sagres perde por golpes baixos e a Super Bock perde por se rebaixar. Ambas perdem enquanto as respectivas agências de publicidade e produtoras de filmes enchem os bolsos e brindam... com cerveja, claro!
E agora, como é que se sai disto? Ferreira de Oliveira, da Unicer, e Alberto da Ponte, da Central de Cervejas, são os únicos que podem fazer estancar o derrame de cervejas. Porque ambos são demasiado inteligentes para perderem clientes. Sob pena de, tal como eu, também os consumidores ficarem sem vontade de beber cerveja. Porque no meio deste enjoo, o que apetece mesmo é uma Água das Pedras!
(«Portugaldiário»)
TSF em Ovar
O repórter do exterior da TSF está em Ovar e já esta manhã produziu um apontamento em directo para aquela estação emissora. Segundo ele, «em Ovar está tudo a postos para os grandes dias de folia na cidade que tem o melhor carnaval do país».
O jornalista mostrou-se surpreendido com a grandeza dos festejos, referindo que, «que para quem entra na cidade, não é fácil deixar de reparar na avenida repleta de bancadas para assistir aos grandes corsos».
Podem «captá-lo» aqui.
O repórter do exterior da TSF está em Ovar e já esta manhã produziu um apontamento em directo para aquela estação emissora. Segundo ele, «em Ovar está tudo a postos para os grandes dias de folia na cidade que tem o melhor carnaval do país».
O jornalista mostrou-se surpreendido com a grandeza dos festejos, referindo que, «que para quem entra na cidade, não é fácil deixar de reparar na avenida repleta de bancadas para assistir aos grandes corsos».
Podem «captá-lo» aqui.
Coisas de telenovelas
Melanie C entra directamente
para o 6º lugar nas vendas de CD
O novo álbum de Melanie C, "Beautiful intentions", entrou esta semana directamente para o sexto lugar da tabela de vendas, cuja liderança se mantém com os Il Divo, informou hoje a Associação Fonográfica Portuguesa.
Mas a ex-Spice Girl, Melanie C, não é a única novidade da tabela. A outra é "The platinum collection", dos Scorpions, registando-se ainda a reentrada de "Calma apparente", de Eros Ramazotti.
"Bale mulato", de Daniela Mercury, subiu 10 lugares, estando agora no 2º posto.
Cá vai a lista dos dez álbuns mais vendidos em Portugal:
1º (1º) - "Ancora" - Il Divo
2º (12º) - "Bale mulato" - Daniela Mercury
3º (3º) - "Caught in the act - Live" - Michael Buble
4º (2º) - "Back to Bedlam" - James Blunt
5º (7º) - "The collection" - Alamis Morissette
6º (N) - "Beautiful intentions" - Melanie C
7º (8º) - "Confessions on a dance floor" - Madonna
8º (4º) - "Ao vivo Coliseu" - DZrt
9º (5º) - "The very best ofÓ" - Demis Roussos
10º (6º) - "Rita" - Rita Guerra
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Televisão
SIC garante direitos de transmissão
do Carnaval do Rio de Janeiro
A estação do grupo Impresa SIC adquiriu os direitos de transmissão dos desfiles do Carnaval do Rio de Janeiro, estando a preparar uma emissão especial para a madrugada de terça-feira, divulgou hoje o canal.
A transmissão de três horas em directo a partir do Sambódromo faz parte de uma operação especial de programação planeada pela estação, que será conduzida nos estúdios de Carnaxide por três apresentadores do canal: Rita Andrade, Nuno Eiró e Daniel Nascimento.
Ainda durante a tarde de terça-feira, a SIC transmite um programa produzido no Brasil, pelos mesmos três apresentadores, onde serão mostrados os últimos ensaios das escolas de samba, as caras da televisão que vão entra nos desfiles, o ambiente nas ruas, entre outros aspectos da festa brasileira.
SIC garante direitos de transmissão
do Carnaval do Rio de Janeiro
A estação do grupo Impresa SIC adquiriu os direitos de transmissão dos desfiles do Carnaval do Rio de Janeiro, estando a preparar uma emissão especial para a madrugada de terça-feira, divulgou hoje o canal.
A transmissão de três horas em directo a partir do Sambódromo faz parte de uma operação especial de programação planeada pela estação, que será conduzida nos estúdios de Carnaxide por três apresentadores do canal: Rita Andrade, Nuno Eiró e Daniel Nascimento.
Ainda durante a tarde de terça-feira, a SIC transmite um programa produzido no Brasil, pelos mesmos três apresentadores, onde serão mostrados os últimos ensaios das escolas de samba, as caras da televisão que vão entra nos desfiles, o ambiente nas ruas, entre outros aspectos da festa brasileira.
UA associa-se às comemorações dos 40 anos
dos «Cinco Minutos de Jazz», de José Duarte
Com o lançamento, a 21 de Fevereiro, do site www.jazzportugal.ua.pt, uma sessão aberta de improvisação, a 22, e um concerto com a Big Band LISBON SWINGERS, a 24, em parceria com o Teatro Aveirense, a Universidade de Aveiro associa-se às comemorações que assinalam 40 anos de emissão de “Cinco Minutos de Jazz”, de José Duarte, programa que actualmente passa na Antena 1 – RDP.
Hoje é lançado o site www.jazzportugal.ua.pt, que expande um trabalho de divulgação do Jazz que se iniciou em 1997, num site, noutro endereço. O conteúdo deste site inclui uma agenda de espectáculos, festivais e lançamentos, um repositório de informação e críticas sobre CDs, publicações, programas, músicos e músicas em torno do Jazz. Os conteúdos mantêm a coordenação e responsabilidade de José Duarte, estando o suporte técnico, concepção gráfica e o desenvolvimento a cargo da Universidade de Aveiro.
Amanhã, no Auditório da Livraria dos Serviços de Acção Social da UA decorrerá uma sessão de improvisação, entre as 13h00 e as 18h00, de 5x n minutos aberta a todos os interessados. A Universidade de Aveiro fornece os instrumentos base (bateria, piano digital, contrabaixo), bastando aos interessados inscrever-se (ficha de inscrição em pdf) até dia 21 de Fevereiro, na Fundação João Jacinto de Magalhães, tel.: 234 373050, e-mail: ralvarenga@gabs.ua.pt. Aos participantes nesta sessão será oferecido o livro “Poezz”, de José Duarte e Ricardo António Alves, autografado pelo autor.
Por último, no dia 24, o Teatro Aveirense acolherá, a partir das 21h30, o Concerto com a Big Band LISBON SWINGERS. Constituída por um grupo de músicos interessados em interpretar grandes temas de Jazz, nomeadamente os clássicos americanos da era do swing, esta banda tem a direcção do consagrado trombonista, maestro e arranjador Claus Nymark, também professor na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal.
Actualmente os Lisbon Swingers contam com cinco saxofones, clarinete, cinco trompetes, quatro trombones, piano, secção rítmica e duas vozes, tendo realizado já vários concertos por todo o país. Os seus gostos são ecléticos mas procuram, frequentemente, aproximar o som típico de orquestras como as de Count Basie ou de Duke Ellington.
No espectáculo de 24 de Fevereiro, em Aveiro, começarão por interpretar o tema do genérico do programa “Cinco Minutos de Jazz”, especialmente orquestrado para esta ocasião, seguindo-se o seguinte alinhamento:
Lou's Blues; Shinny stockings; All the way; I'm beginning to see the light; Opus one; The lady is a tramp; Take the A train; Stardust; Look what I found; Fly me to the moon; In a mellow tone; The man I love; Brasilia; Back home; Let me uptown; Hey ba-ba-re-bop
Os bilhetes para este espectáculo, organizado em parceria com o Teatro Aveirense, serão vendidos a 10 euros, aplicando-se os seguintes descontos:
20% menores de 25; maiores de 65; funcionários da CMA;
30% para grupos com mais de 10 pessoas
50% para Universidade de Aveiro
Recorde-se que "Cinco Minutos de Jazz" foi para o ar a primeira noite em 21 de Fevereiro 1966 foi na Rádio Renascença a convite do saudoso João Martins, radialista de grande prestígio e como rubrica do programa com grande audiência "23ª hora". Lá se manteve até 1975 até quando os emissores da RR foram dinamitados. Em 1983, voltou, desta vez por convite de João David Nunes, que na altura dirigia a Rádio Comercial, para esta popular estação de rádio onde se manteve até 1993. Desde então faz parte da programação nacional e internacional da RDP Antena 1, de segunda a sexta às 18.50h, 22.50h e 01.50. É um programa pioneiro na divulgação do jazz em Portugal que, com o seu formato, é ao longo destes anos co-responsável pela popularidade que o jazz tem hoje neste país. Programa jazz de todos os estilos: antigo (New Orleans), clássico (Swing), moderno (BeBop) e contemporâneo (Free)".
Pelo seu envolvimento na promoção, estudo e um conjunto de eventos na área do Jazz, a Universidade de Aveiro associa-se assim, com estas três iniciativas, às comemorações do programa, dinamizado pelo seu docente do Departamento de Comunicação e Arte, José Duarte.
dos «Cinco Minutos de Jazz», de José Duarte
Com o lançamento, a 21 de Fevereiro, do site www.jazzportugal.ua.pt, uma sessão aberta de improvisação, a 22, e um concerto com a Big Band LISBON SWINGERS, a 24, em parceria com o Teatro Aveirense, a Universidade de Aveiro associa-se às comemorações que assinalam 40 anos de emissão de “Cinco Minutos de Jazz”, de José Duarte, programa que actualmente passa na Antena 1 – RDP.
Hoje é lançado o site www.jazzportugal.ua.pt, que expande um trabalho de divulgação do Jazz que se iniciou em 1997, num site, noutro endereço. O conteúdo deste site inclui uma agenda de espectáculos, festivais e lançamentos, um repositório de informação e críticas sobre CDs, publicações, programas, músicos e músicas em torno do Jazz. Os conteúdos mantêm a coordenação e responsabilidade de José Duarte, estando o suporte técnico, concepção gráfica e o desenvolvimento a cargo da Universidade de Aveiro.
Amanhã, no Auditório da Livraria dos Serviços de Acção Social da UA decorrerá uma sessão de improvisação, entre as 13h00 e as 18h00, de 5x n minutos aberta a todos os interessados. A Universidade de Aveiro fornece os instrumentos base (bateria, piano digital, contrabaixo), bastando aos interessados inscrever-se (ficha de inscrição em pdf) até dia 21 de Fevereiro, na Fundação João Jacinto de Magalhães, tel.: 234 373050, e-mail: ralvarenga@gabs.ua.pt. Aos participantes nesta sessão será oferecido o livro “Poezz”, de José Duarte e Ricardo António Alves, autografado pelo autor.
Por último, no dia 24, o Teatro Aveirense acolherá, a partir das 21h30, o Concerto com a Big Band LISBON SWINGERS. Constituída por um grupo de músicos interessados em interpretar grandes temas de Jazz, nomeadamente os clássicos americanos da era do swing, esta banda tem a direcção do consagrado trombonista, maestro e arranjador Claus Nymark, também professor na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal.
Actualmente os Lisbon Swingers contam com cinco saxofones, clarinete, cinco trompetes, quatro trombones, piano, secção rítmica e duas vozes, tendo realizado já vários concertos por todo o país. Os seus gostos são ecléticos mas procuram, frequentemente, aproximar o som típico de orquestras como as de Count Basie ou de Duke Ellington.
No espectáculo de 24 de Fevereiro, em Aveiro, começarão por interpretar o tema do genérico do programa “Cinco Minutos de Jazz”, especialmente orquestrado para esta ocasião, seguindo-se o seguinte alinhamento:
Lou's Blues; Shinny stockings; All the way; I'm beginning to see the light; Opus one; The lady is a tramp; Take the A train; Stardust; Look what I found; Fly me to the moon; In a mellow tone; The man I love; Brasilia; Back home; Let me uptown; Hey ba-ba-re-bop
Os bilhetes para este espectáculo, organizado em parceria com o Teatro Aveirense, serão vendidos a 10 euros, aplicando-se os seguintes descontos:
20% menores de 25; maiores de 65; funcionários da CMA;
30% para grupos com mais de 10 pessoas
50% para Universidade de Aveiro
Recorde-se que "Cinco Minutos de Jazz" foi para o ar a primeira noite em 21 de Fevereiro 1966 foi na Rádio Renascença a convite do saudoso João Martins, radialista de grande prestígio e como rubrica do programa com grande audiência "23ª hora". Lá se manteve até 1975 até quando os emissores da RR foram dinamitados. Em 1983, voltou, desta vez por convite de João David Nunes, que na altura dirigia a Rádio Comercial, para esta popular estação de rádio onde se manteve até 1993. Desde então faz parte da programação nacional e internacional da RDP Antena 1, de segunda a sexta às 18.50h, 22.50h e 01.50. É um programa pioneiro na divulgação do jazz em Portugal que, com o seu formato, é ao longo destes anos co-responsável pela popularidade que o jazz tem hoje neste país. Programa jazz de todos os estilos: antigo (New Orleans), clássico (Swing), moderno (BeBop) e contemporâneo (Free)".
Pelo seu envolvimento na promoção, estudo e um conjunto de eventos na área do Jazz, a Universidade de Aveiro associa-se assim, com estas três iniciativas, às comemorações do programa, dinamizado pelo seu docente do Departamento de Comunicação e Arte, José Duarte.
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Rolling Stones em Copacabana
Gripe das Aves
Pássaros achados mortos e analisados
Mais de 20 pássaros foram encontrados mortos em Portugal nos últimos dias e sujeitos a análises de despistagem da gripe das aves pelo Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, o que, segundo fonte oficial, "é uma situação perfeitamente normal".
Segundo o porta-voz da Comissão de Acompanhamento da Gripe Aviaria, "em todo o país são encontradas com frequência aves mortas" e todas as detectadas têm sido encaminhadas para análise, tendo os resultados sido, até agora, negativos à infecção pelo vírus H5N1.
Uma gaivota e uma tarambola foram hoje encontradas mortas no areal da Praia Norte, em Viana do Castelo e, segundo fonte da Capitania, foram enviadas para análise ao Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV).
Segundo o porta-voz da Comissão de Acompanhamento da Gripe Aviaria, criada no âmbito do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, e que integra também a Direcção-Geral da Saúde, foram encontradas mortas, e enviadas para análise, mais de 20 aves desde sexta-feira.
No LNIV, no Porto, foram analisadas duas galinhas, um ganso patola (vivo), dois patos, uma gaivota, um arau e dois pombos, encontrados em vários pontos do norte do país.
Em Lisboa, o LNIV analisou várias galinhas mortas, uma ave de rapina, um pato real, uma rola turca, um pato, uma gaivota e alguns pombos.
O porta-voz realçou ainda que foram reforçadas as acções de vigilância nas 19 zonas de risco definidas pelo Instituto de Conservação da Natureza, assim classificadas devido à grande densidade de aves migratórias, e que os "parâmetros registados estão perfeitamente normais".
De acordo com a mesma fonte, os animais têm sido encontrados pela população das diferentes zonas e diversas entidades.
Os últimos dados da Comissão de Acompanhamento da Gripe Aviaria indicam que, desde o início do ano e até 15 de Fevereiro, foram já realizadas 1.101 análises em aves silvestres para detecção do vírus H5N1.
No ano passado, o número de análises para pesquisa do vírus ascendeu a 6.291, com particular incidência no segundo semestre de 2005, durante o qual se fizeram 5.287.
Pássaros achados mortos e analisados
Mais de 20 pássaros foram encontrados mortos em Portugal nos últimos dias e sujeitos a análises de despistagem da gripe das aves pelo Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, o que, segundo fonte oficial, "é uma situação perfeitamente normal".
Segundo o porta-voz da Comissão de Acompanhamento da Gripe Aviaria, "em todo o país são encontradas com frequência aves mortas" e todas as detectadas têm sido encaminhadas para análise, tendo os resultados sido, até agora, negativos à infecção pelo vírus H5N1.
Uma gaivota e uma tarambola foram hoje encontradas mortas no areal da Praia Norte, em Viana do Castelo e, segundo fonte da Capitania, foram enviadas para análise ao Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV).
Segundo o porta-voz da Comissão de Acompanhamento da Gripe Aviaria, criada no âmbito do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, e que integra também a Direcção-Geral da Saúde, foram encontradas mortas, e enviadas para análise, mais de 20 aves desde sexta-feira.
No LNIV, no Porto, foram analisadas duas galinhas, um ganso patola (vivo), dois patos, uma gaivota, um arau e dois pombos, encontrados em vários pontos do norte do país.
Em Lisboa, o LNIV analisou várias galinhas mortas, uma ave de rapina, um pato real, uma rola turca, um pato, uma gaivota e alguns pombos.
O porta-voz realçou ainda que foram reforçadas as acções de vigilância nas 19 zonas de risco definidas pelo Instituto de Conservação da Natureza, assim classificadas devido à grande densidade de aves migratórias, e que os "parâmetros registados estão perfeitamente normais".
De acordo com a mesma fonte, os animais têm sido encontrados pela população das diferentes zonas e diversas entidades.
Os últimos dados da Comissão de Acompanhamento da Gripe Aviaria indicam que, desde o início do ano e até 15 de Fevereiro, foram já realizadas 1.101 análises em aves silvestres para detecção do vírus H5N1.
No ano passado, o número de análises para pesquisa do vírus ascendeu a 6.291, com particular incidência no segundo semestre de 2005, durante o qual se fizeram 5.287.
No Brasil...
25 milhões de camisinhas serão
distribuídas durante o Carnaval
O Ministério da Saúde anunciou ontem que serão distribuídas 25 milhões de camisinhas masculinas durante o Carnaval deste ano. Elas foram enviadas aos Estados e podem ser obtidas gratuitamente em postos de saúde, ONGs, e nos próprios locais onde haverá festas.
O fornecimento integra a campanha de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis e à Aids, iniciada neste domingo, que deverá durar até o próximo dia 28, terça-feira de Carnaval. Ela também prevê a entrega de folhetos informativos.
Uma pesquisa divulgada no final do ano passado revelou aumento no uso de camisinha entre os brasileiros. Em 1998, apenas 47,8% das pessoas entre 16 e 19 anos usavam camisinha. Em 2005, o número subiu para 65,8%. Ele também subiu entre as pessoas de 20 a 24 anos. Em 1998, 37,7% usavam camisinha. Em 2005, eram 55,2%.
Para Mariângela Simão, diretora adjunta do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, quanto mais camisinhas forem distribuídas, maiores as chances de a população ficar longe das doenças.
"Entendemos que, na época do Carnaval, é mais comum as pessoas terem relações sexuais com parceiros eventuais. Quanto mais conseguirmos fazer a distribuição de preservativos, mais acesso as pessoas vão ter a um meio seguro de prevenção."
25 milhões de camisinhas serão
distribuídas durante o Carnaval
O Ministério da Saúde anunciou ontem que serão distribuídas 25 milhões de camisinhas masculinas durante o Carnaval deste ano. Elas foram enviadas aos Estados e podem ser obtidas gratuitamente em postos de saúde, ONGs, e nos próprios locais onde haverá festas.
O fornecimento integra a campanha de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis e à Aids, iniciada neste domingo, que deverá durar até o próximo dia 28, terça-feira de Carnaval. Ela também prevê a entrega de folhetos informativos.
Uma pesquisa divulgada no final do ano passado revelou aumento no uso de camisinha entre os brasileiros. Em 1998, apenas 47,8% das pessoas entre 16 e 19 anos usavam camisinha. Em 2005, o número subiu para 65,8%. Ele também subiu entre as pessoas de 20 a 24 anos. Em 1998, 37,7% usavam camisinha. Em 2005, eram 55,2%.
Para Mariângela Simão, diretora adjunta do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, quanto mais camisinhas forem distribuídas, maiores as chances de a população ficar longe das doenças.
"Entendemos que, na época do Carnaval, é mais comum as pessoas terem relações sexuais com parceiros eventuais. Quanto mais conseguirmos fazer a distribuição de preservativos, mais acesso as pessoas vão ter a um meio seguro de prevenção."
Foliões de Moliceiro
A festa esteve para não se concretizar, mas uma acalmia no tempo pôs a organização de acordo. “É para arrancar, é para arrancar minha gente. Toca a embarcar.” E ao fim de um ano de interregno, o Carnaval fluvial de Aveiro fez-se ontem à Ria, no Canal Central, a bordo de uma dezena de moliceiros e mercantéis, os barcos típicos da região.
Lá em cima, fazendo um esforço de equilíbrio, havia desde um grupo de bombos até aos foliões locais e duas escolas de samba convidadas. A ‘Costa de Prata’, de Ovar, e a ‘Vai Quem Quer’, de Estarreja, apesar de despertarem a especial atenção dos populares, que enchiam as margens do canal, mostraram-se pouco, o que motivou alguns comentários menos agradáveis do público, que queria ver as sambistas em acção.(«Correio da Manhã»)
A festa esteve para não se concretizar, mas uma acalmia no tempo pôs a organização de acordo. “É para arrancar, é para arrancar minha gente. Toca a embarcar.” E ao fim de um ano de interregno, o Carnaval fluvial de Aveiro fez-se ontem à Ria, no Canal Central, a bordo de uma dezena de moliceiros e mercantéis, os barcos típicos da região.
Lá em cima, fazendo um esforço de equilíbrio, havia desde um grupo de bombos até aos foliões locais e duas escolas de samba convidadas. A ‘Costa de Prata’, de Ovar, e a ‘Vai Quem Quer’, de Estarreja, apesar de despertarem a especial atenção dos populares, que enchiam as margens do canal, mostraram-se pouco, o que motivou alguns comentários menos agradáveis do público, que queria ver as sambistas em acção.(«Correio da Manhã»)
domingo, fevereiro 19, 2006
Martinho, frio e chuva
Os ritmos quentes de Martinho da Vila não foram suficientes para afastar o mau tempo que se registou neste fim-de-semana. Ontem, na «tentzone», a multidão teve de aguardar largos minutos pela resolução de um problema eléctrico para poder ver e ouvir o famoso brasileiro.
À hora a que escrevemos este post, a pouca distância do início do segundo concerto de Martinho, o cenário não apresenta melhorias: Frio, chuva, vento e trovoada.
Que mal fizémos ao São Pedro? Pode saber-se?
Os ritmos quentes de Martinho da Vila não foram suficientes para afastar o mau tempo que se registou neste fim-de-semana. Ontem, na «tentzone», a multidão teve de aguardar largos minutos pela resolução de um problema eléctrico para poder ver e ouvir o famoso brasileiro.
À hora a que escrevemos este post, a pouca distância do início do segundo concerto de Martinho, o cenário não apresenta melhorias: Frio, chuva, vento e trovoada.
Que mal fizémos ao São Pedro? Pode saber-se?
sábado, fevereiro 18, 2006
Cidade geminada
Carnaval de João Pessoa
já tem ordem definida
A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), cidade brasileira geminada com Ovar, já definiu a ordem de apresentação das 23 agremiações que fazem parte do «Carnaval Tradição» da Capital, que acontece entre os próximos dias 26 e 28, na Avenida Duarte da Silveira, Centro. No domingo (26) e na terça-feira (28), apresentam-se as escolas de samba, os clubes de orquestras e as tribos indígenas. Já na segunda-feira (27), haverá desfiles dos grupos de Ala Ursa e Papangus da cidade.
De acordo com o presidente da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Luís Carlos Vasconcelos, a Prefeitura vai garantir toda a estrutura física do evento e mais uma ajuda de custo para as agremiações participantes. “Nós vamos dar condições para que os grupos que formam o nosso «Carnaval Tradição» possam ter uma boa exposição de seus trabalhos. Eles vão contar com um som de excelente qualidade, arquibancadas maiores do que fornecemos no ano passado, enfim, terão uma boa estrutura para fazer suas apresentações», disse.
Luís Carlos destacou o desfile dos grupos de Ala Ursa e Papangus, que é uma novidade introduzida na programação do «Carnaval Tradição», desde o ano passado. “A cidade não tinha um espaço para esses grupos da cultura popular dos bairros, isso é uma novidade desta gestão. Convidamos a população para prestigiar o nosso ‘Carnaval Tradição’ e assistir o espetáculo das escolas, clubes e tribos indígenas, que só existem aqui”, comentou.
Blocos de bairros
Além do apoio que já oferece aos blocos que formam o Folia de Rua e o Carnaval Tradição, a Funjope também colabora com os blocos de bairro, que realizaram prévias carnavalescas e também desfilarão durante os quatro dias de carnaval. “São dezenas de blocos, que este ano contam com a presença de orquestras de frevo ou de trios elétricos para animar os foliões”, comentou.
Segundo o presidente da Federação Carnavalesca da Capital, Cardivando Cavalcante de Oliveira, as prévias foram um sucesso, reunindo a população dos bairros em torno dos ritmos que compõe os festejos do tradicional desfiles das escolas, tribos indígenas e clubes de frevo da cidade.
Ao todo aconteceram cinco prévias, nos bairros do Róger, Torre, Cristo Redentor e Mandacaru. “As prévias estão sendo um sucesso, pois estamos aproveitando para divulgar e incentivar a população para o nosso 'Carnaval Tradição'. Os moradores também estão participando das festas”, comentou, lembrando ainda que ao todo, 23 agremiações carnavalescas fazem parte do “Carnaval Tradição” de João Pessoa. São seis clubes de orquestras, sete escolas de samba e dez tribos indígenas. A programação começará sempre às 17h, com 40 minutos reservados para cada agremiação.
DESFILES DO CARNAVAL TRADIÇÃO - 2006
Domingo (26)
Clube de Orquestra Piratas do Jaguaribe - Jaguaribe Tribo indígena Tabajara - Alto do Mateus Clube de Orquestra Vinte e Cinco Bichos - Jaguaribe Tribo Indígena Ubirajara - Rangel Clube de Orquestra Bandeirantes da Torre - Torre Tribo Indígena Papo Amarelo - Cruz das Armas Escola de Samba Império do Samba - Róger Escola de Samba Malandros do Morro - Torre Escola de Samba Catedráticos do Rítmo - Róger Escola de Samba Independentes de Mandacarú - Mandacarú Escola de Samba Unidos de São Miguel - São Miguel
Segunda-feira (27) - CONCURSO DE ALA URSA
Urso Trovão - BayeuxUrso Preto - Padre Zé Urso Gavião - Róger Urso da Paz - Grotão Os dois vencedores do concurso de Mandacarú do dia 17/02/06 Os demais que se inscreverem até o dia 23/02/06
Terça-feira (28)
Tribo Indígena Tupinambás - Mandacarú Clube de Orquestra Sai da Frente Dona Emília -Rangel Tribo Indígena Pele Vermelha - Rangel Tribo Indígena Tupi Guarany - Mandacarú Clube de Orquestra São Rafael Freve & Folia - São Rafael Tribo Indígena Guanabaras - Mandacarú Tribo Indígena Xavantes - Multirão Clube Orquestras Ciganos do Esplanada - Esplanada Tribo Indígena Africanos - Cristo Escola de Samba Mirasol - 13 de Maio Escola de Samba Resplendor - São José Escola de Samba Acadêmicos de Cruz das Armas - Cruz das Armas
Carnaval de João Pessoa
já tem ordem definida
A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), cidade brasileira geminada com Ovar, já definiu a ordem de apresentação das 23 agremiações que fazem parte do «Carnaval Tradição» da Capital, que acontece entre os próximos dias 26 e 28, na Avenida Duarte da Silveira, Centro. No domingo (26) e na terça-feira (28), apresentam-se as escolas de samba, os clubes de orquestras e as tribos indígenas. Já na segunda-feira (27), haverá desfiles dos grupos de Ala Ursa e Papangus da cidade.
De acordo com o presidente da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Luís Carlos Vasconcelos, a Prefeitura vai garantir toda a estrutura física do evento e mais uma ajuda de custo para as agremiações participantes. “Nós vamos dar condições para que os grupos que formam o nosso «Carnaval Tradição» possam ter uma boa exposição de seus trabalhos. Eles vão contar com um som de excelente qualidade, arquibancadas maiores do que fornecemos no ano passado, enfim, terão uma boa estrutura para fazer suas apresentações», disse.
Luís Carlos destacou o desfile dos grupos de Ala Ursa e Papangus, que é uma novidade introduzida na programação do «Carnaval Tradição», desde o ano passado. “A cidade não tinha um espaço para esses grupos da cultura popular dos bairros, isso é uma novidade desta gestão. Convidamos a população para prestigiar o nosso ‘Carnaval Tradição’ e assistir o espetáculo das escolas, clubes e tribos indígenas, que só existem aqui”, comentou.
Blocos de bairros
Além do apoio que já oferece aos blocos que formam o Folia de Rua e o Carnaval Tradição, a Funjope também colabora com os blocos de bairro, que realizaram prévias carnavalescas e também desfilarão durante os quatro dias de carnaval. “São dezenas de blocos, que este ano contam com a presença de orquestras de frevo ou de trios elétricos para animar os foliões”, comentou.
Segundo o presidente da Federação Carnavalesca da Capital, Cardivando Cavalcante de Oliveira, as prévias foram um sucesso, reunindo a população dos bairros em torno dos ritmos que compõe os festejos do tradicional desfiles das escolas, tribos indígenas e clubes de frevo da cidade.
Ao todo aconteceram cinco prévias, nos bairros do Róger, Torre, Cristo Redentor e Mandacaru. “As prévias estão sendo um sucesso, pois estamos aproveitando para divulgar e incentivar a população para o nosso 'Carnaval Tradição'. Os moradores também estão participando das festas”, comentou, lembrando ainda que ao todo, 23 agremiações carnavalescas fazem parte do “Carnaval Tradição” de João Pessoa. São seis clubes de orquestras, sete escolas de samba e dez tribos indígenas. A programação começará sempre às 17h, com 40 minutos reservados para cada agremiação.
DESFILES DO CARNAVAL TRADIÇÃO - 2006
Domingo (26)
Clube de Orquestra Piratas do Jaguaribe - Jaguaribe Tribo indígena Tabajara - Alto do Mateus Clube de Orquestra Vinte e Cinco Bichos - Jaguaribe Tribo Indígena Ubirajara - Rangel Clube de Orquestra Bandeirantes da Torre - Torre Tribo Indígena Papo Amarelo - Cruz das Armas Escola de Samba Império do Samba - Róger Escola de Samba Malandros do Morro - Torre Escola de Samba Catedráticos do Rítmo - Róger Escola de Samba Independentes de Mandacarú - Mandacarú Escola de Samba Unidos de São Miguel - São Miguel
Segunda-feira (27) - CONCURSO DE ALA URSA
Urso Trovão - BayeuxUrso Preto - Padre Zé Urso Gavião - Róger Urso da Paz - Grotão Os dois vencedores do concurso de Mandacarú do dia 17/02/06 Os demais que se inscreverem até o dia 23/02/06
Terça-feira (28)
Tribo Indígena Tupinambás - Mandacarú Clube de Orquestra Sai da Frente Dona Emília -Rangel Tribo Indígena Pele Vermelha - Rangel Tribo Indígena Tupi Guarany - Mandacarú Clube de Orquestra São Rafael Freve & Folia - São Rafael Tribo Indígena Guanabaras - Mandacarú Tribo Indígena Xavantes - Multirão Clube Orquestras Ciganos do Esplanada - Esplanada Tribo Indígena Africanos - Cristo Escola de Samba Mirasol - 13 de Maio Escola de Samba Resplendor - São José Escola de Samba Acadêmicos de Cruz das Armas - Cruz das Armas
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Banco de Portugal
Economia portuguesa melhora em Janeiro
A economia portuguesa voltou a dar sinais de melhoria em Janeiro, segundo o indicador coincidente hoje divulgado pelo Banco de Portugal no relatório dos indicadores de conjuntura.
De acordo com os dados, o indicador coincidente mensal da actividade económica, que informa sobre as tendências subjacentes à evolução da economia portuguesa e que vale pelo seu carácter qualitativo, subiu 0,2 por cento em Janeiro em relação a igual mês de 2005, depois de ter estagnado em Dezembro e de ter caído 0,1 por cento.
O Banco de Portugal diz, por isso, que os dados sugerem que a actividade económica "voltou a apresentar uma ligeira melhoria".
O indicador coincidente de actividade sintetiza informação relativa ao Produto Interno Bruto (PIB), ao volume de vendas no comércio a retalho, às vendas de veículos comerciais pesados, às vendas de cimento, ao índice de produção da indústria transformadora, a situação financeira das famílias, as novas ofertas de emprego e ao enquadramento externo.
O relatório do Banco de Portugal hoje divulgado refere também que os dados apontam para a continuação da recuperação do consumo privado, a qual já tinha sido iniciada final do ano passado.
O indicador coincidente do consumo privado subiu 1,3 por cento em Janeiro, apesar do indicador de confiança dos consumidores se ter mantido negativo.
Ao nível do investimento, os sinais não são muito animadores:
houve queda da venda de veículos ligeiros comerciais e descida das vendas de cimento, numa altura em que a confiança no sector da construção se deteriorou.
Economia portuguesa melhora em Janeiro
A economia portuguesa voltou a dar sinais de melhoria em Janeiro, segundo o indicador coincidente hoje divulgado pelo Banco de Portugal no relatório dos indicadores de conjuntura.
De acordo com os dados, o indicador coincidente mensal da actividade económica, que informa sobre as tendências subjacentes à evolução da economia portuguesa e que vale pelo seu carácter qualitativo, subiu 0,2 por cento em Janeiro em relação a igual mês de 2005, depois de ter estagnado em Dezembro e de ter caído 0,1 por cento.
O Banco de Portugal diz, por isso, que os dados sugerem que a actividade económica "voltou a apresentar uma ligeira melhoria".
O indicador coincidente de actividade sintetiza informação relativa ao Produto Interno Bruto (PIB), ao volume de vendas no comércio a retalho, às vendas de veículos comerciais pesados, às vendas de cimento, ao índice de produção da indústria transformadora, a situação financeira das famílias, as novas ofertas de emprego e ao enquadramento externo.
O relatório do Banco de Portugal hoje divulgado refere também que os dados apontam para a continuação da recuperação do consumo privado, a qual já tinha sido iniciada final do ano passado.
O indicador coincidente do consumo privado subiu 1,3 por cento em Janeiro, apesar do indicador de confiança dos consumidores se ter mantido negativo.
Ao nível do investimento, os sinais não são muito animadores:
houve queda da venda de veículos ligeiros comerciais e descida das vendas de cimento, numa altura em que a confiança no sector da construção se deteriorou.
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Liberdade de Imprensa
Lições
1. Utilizar sempre usb pens para guardar todas as informações relevantes.
2. Recorrer mais frequentemente ao gravador de cd/dvd's
3. Formatar regularmente o disco rígido.
4. Telefonar usando skype ou voipbuster.
5. Não escrever em sites/blogs registados em domínios portugueses.
...tiradas daqui.
1. Utilizar sempre usb pens para guardar todas as informações relevantes.
2. Recorrer mais frequentemente ao gravador de cd/dvd's
3. Formatar regularmente o disco rígido.
4. Telefonar usando skype ou voipbuster.
5. Não escrever em sites/blogs registados em domínios portugueses.
...tiradas daqui.
Casa do jornalista Jorge Van Kriken também foi alvo de buscas
PJ efectua buscas no "24 Horas" por causa do "envelope 9"
A Polícia Judiciária realizou hoje buscas na redacção do jornal "24 Horas", numa diligência aparentemente relacionada com as notícias publicadas pelo diário sobre os registos de chamadas telefónicas de várias figuras de Estado, apensas ao processo Casa Pia.
Um juiz de instrução, um procurador do Departamento de Investigação e Acção Penal e investigadores da Polícia Judiciária entraram hoje de manhã na redacção do jornal, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde dedicaram particular atenção ao computador de um dos jornalistas autores das referidas.
Em simultâneo, em Portalegre, as autoridades efectuaram uma busca à casa do jornalista "free-lance" Jorge Van Krieken, outro dos autores da notícia que originou a instauração de um inquérito pela Procuradoria-Geral da República.
O caso dos registos telefónicos de várias figuras de Estado inseridos no envelope número 9 do processo de abusos sexuais de menores da Casa Pia foi denunciado há um mês pelo jornal "24 Horas".
Na altura, o procurador-geral, José Souto Moura, anunciou a abertura de um inquérito com carácter de urgência para apurar como tinham ido parar ao processo os registos telefónicos, mas até agora não foram divulgadas conclusões.
Comentário:
É típico. Quando alguma coisa corre mal neste país, são os jornalistas que pagam as favas. Agora é a justiça que procura na redacção do «24 Horas» a solução para os problemas que não consegue solucionar dentro da sua própria casa.
A acusação ao abrigo da qual os magistrados entraram nas instalações de um órgão de comunicação social livre de um país democrático, é digna de um país terceiromundista da América Latina. Não venham falar que os muçulmanos são fundamentalistas. Isto o que é?
Meus amigos, os jornalistas são o último bastião da democracia e da liberdade de expressão deste país. Quando os jornalistas forem finalmente calados perante a complacência de toda uma população que não sabe que também lhe estão a mexer nos seus próprios Direitos, Liberdades e Garantias, aí ficarão todos saciados. Aí, os portugueses vão acordar, mas já pode ser tarde demais.
PJ efectua buscas no "24 Horas" por causa do "envelope 9"
A Polícia Judiciária realizou hoje buscas na redacção do jornal "24 Horas", numa diligência aparentemente relacionada com as notícias publicadas pelo diário sobre os registos de chamadas telefónicas de várias figuras de Estado, apensas ao processo Casa Pia.
Um juiz de instrução, um procurador do Departamento de Investigação e Acção Penal e investigadores da Polícia Judiciária entraram hoje de manhã na redacção do jornal, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde dedicaram particular atenção ao computador de um dos jornalistas autores das referidas.
Em simultâneo, em Portalegre, as autoridades efectuaram uma busca à casa do jornalista "free-lance" Jorge Van Krieken, outro dos autores da notícia que originou a instauração de um inquérito pela Procuradoria-Geral da República.
O caso dos registos telefónicos de várias figuras de Estado inseridos no envelope número 9 do processo de abusos sexuais de menores da Casa Pia foi denunciado há um mês pelo jornal "24 Horas".
Na altura, o procurador-geral, José Souto Moura, anunciou a abertura de um inquérito com carácter de urgência para apurar como tinham ido parar ao processo os registos telefónicos, mas até agora não foram divulgadas conclusões.
Comentário:
É típico. Quando alguma coisa corre mal neste país, são os jornalistas que pagam as favas. Agora é a justiça que procura na redacção do «24 Horas» a solução para os problemas que não consegue solucionar dentro da sua própria casa.
A acusação ao abrigo da qual os magistrados entraram nas instalações de um órgão de comunicação social livre de um país democrático, é digna de um país terceiromundista da América Latina. Não venham falar que os muçulmanos são fundamentalistas. Isto o que é?
Meus amigos, os jornalistas são o último bastião da democracia e da liberdade de expressão deste país. Quando os jornalistas forem finalmente calados perante a complacência de toda uma população que não sabe que também lhe estão a mexer nos seus próprios Direitos, Liberdades e Garantias, aí ficarão todos saciados. Aí, os portugueses vão acordar, mas já pode ser tarde demais.
Alcione em Espinho, Porto e Lisboa
A cantora e trompetista brasileira, Alcione, regressa a Portugal para três concertos em Espinho, Porto e Lisboa, de 27 de Fevereiro a 03 de Março, anunciou a organização.
Os espectáculos estão marcados para o Casino de Espinho, dia 27, e para os coliseus do Porto e Lisboa, a 01 e 03 de Março, respectivamente, refere a Portoeventos em comunicado.
Alcione vai apresentar em Portugal o seu último álbum, "Uma Nova Paixão", editado em 2005, com produção de Jorge Cardoso.
"Um cheirinho a Brasil no Carnaval", refere a organização, destacando o sucesso que Alcione tem tido com "sambas predominantemente românticos".
A cantora e trompetista brasileira, Alcione, regressa a Portugal para três concertos em Espinho, Porto e Lisboa, de 27 de Fevereiro a 03 de Março, anunciou a organização.
Os espectáculos estão marcados para o Casino de Espinho, dia 27, e para os coliseus do Porto e Lisboa, a 01 e 03 de Março, respectivamente, refere a Portoeventos em comunicado.
Alcione vai apresentar em Portugal o seu último álbum, "Uma Nova Paixão", editado em 2005, com produção de Jorge Cardoso.
"Um cheirinho a Brasil no Carnaval", refere a organização, destacando o sucesso que Alcione tem tido com "sambas predominantemente românticos".
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Martinho da Vila: Duas noites em Ovar
Entrevista com Martinho da Vila
«Cantando a vida em tom maior»
«A avó da minha ex-mulher adorava Martinho da Vila. Dizia: “Esse cantor me faz tanto bem! Ele está sempre sorrindo”! E Martinho – como lerão nesta entrevista – realmente é assim: um sorriso nos lábios, manemolência no corpo e batuque na alma. Mantém diante de um mundo partido o alto astral. Quando armam confusão ou pagode faz a tristeza sambar no jogo do jongo. Ele sabe que na folia os esperançosos são reis. Como diz Heloneida logo abaixo, ele tem o dom da alegria. Não o júbilo oco da gargalhada incontida, mas um+a animação militante que usa o ritmo e o riso denunciando mazelas para transformá-las em bem-querer. A primeira palavra do seu primeiro grande sucesso nacional é “felicidade”, embora a música decante uma situação infeliz e injusta. Devagar, devagarinho, sem gritar palavras de ordem unida, é um militante das raças, forjando laços com os africanos, tecendo sons com os latinos. Em sua fazenda-instituto roceiros aprendem a ler e em seus discos nós, os urbanos, aprendemos a ouvir os tambores do interior. Cantando alto, cantando baixo, diz que a vida vai melhorar. Ou como o saudou Poerner ao final deste papo: “Enfim, um otimista”! Um papo onde entraram na roda Ziraldo, Arthur Poerner, Paula Sack e eu (da equipe do Caderno B) e puxando o samba a deputada e feminista Heloneida Studart e o teatrólogo e boêmio Nelsinho Rodrigues Filho. (Ricky Goodwin)
Arthur Poerner - Martinho, eu te conheci em circunstâncias interessantes. Nas rodas de samba do Teatro Opinião, em 1966, apareceu um sujeito muito simpático cantando suas músicas, todo mundo gostou dele, mas aí alguém descobriu que ele era sargento. Tinha havido o golpe há dois anos e todo mundo era bronqueado com os militares.
Martinho da Vila - Teresa Aragão promovia umas rodas de samba no Opinião chamadas A Fina Flor do Samba. Era o único ponto de samba em toda a Zona Sul. O público ali era esquerdista, comunista, pessoal do partidão. Quando descobriram que eu era sargento, ficou aquele zum-zum-zum...
Poerner - Acabou que conversando com Martinho, tivemos que reavaliar alguns de nossos conceitos sobre as Forças Armadas.
Martinho - Mas os sargentos eram considerados de esquerda dentro do Exército. De uma maneira geral, tinham sido janguistas.
Heloneida Studart - Um dos pretextos para derrubarem o Jango era que ele privilegiava muito os sargentos e os subtenentes, inclusive aumentando seu soldo, quebrando assim a hierarquia.
Martinho - O pessoal da Zona Sul desconfiava de mim porque eu era militar, e no Exército me consideravam um comunista, por causa dos amigos com quem eu andava. Quando terminei o curso de Aperfeiçoamento de Sargento, em 64, me formei como contador, mas o diploma não tinha validade fora do Exército e fui fazer Contabilidade na Cândido Mendes, um ponto da esquerda. Aí descobriram lá que eu era sargento e todo mundo se afastou de mim... porque tinha muita gente do Exército infiltrada mesmo nas universidades. Sabem o que eu fiz para resolver isso: um dia fui fardado na sala de aula. Foi um espanto! (ri)
Poerner - Ficou evidente que você não era do SNI, senão não apareceria fardado.
Dermeval Netto - Como era a música que você ouvia na zona rural fluminense, onde cresceu?
Martinho - Nasci em Duas Barras, depois de Friburgo. Era jongo, folia de reis... Duas Barras é próximo a Minas e ouvi muita música mineira de interior. Mas com quatro anos de idade vim pro Rio. Só voltei a Duas Barras depois que fiquei famoso. Todo mundo pensava que eu era baiano, por ter surgido na mesma época que Gil e Caetano, e também pelo meu jeito baiano. (ri)
Ziraldo - Manemolente... devagar, devagarinho...
Martinho - Naquela época eu falava menos ainda... Rapaz, quando revelei que tinha nascido em Duas Barras foi um acontecimento na cidade! Me convidaram para ir lá, hospedaram toda a minha família, programaram uma festa com banda de música e tudo. Me levaram para a igreja onde fui batizado, para o cartório onde fui registrado, e para a casa onde nasci, porque meus pais era colonos da terra, muito queridos pelos patrões, e quando eu estava para nascer trouxeram minha mãe para a sede da fazenda. Quando cheguei lá essa fazenda estava à venda e eu comprei! Anos depois criei lá um instituto cultural para alfabetização de adultos e o ensino de música voltada ao folclore.
Ziraldo - De onde vem essa consciência participativa? Você é um dos artistas brasileiros mais comprometidos com a questão do seu semelhante.
Martinho - Fui adquirindo isso com o tempo. Primeiro foi através do Salgueiro, que na época era uma escola de samba engajada. Quando Fernando Pamplona e companhia fizeram o enredo Zumbi dos Palmares, ninguém conhecia Zumbi no Brasil. Depois, em 69, fui convidado para ir a Angola, que ainda era colônia. Aqui não se tinha notícia do que se passava na África, era como se tudo fosse uma grande floresta onde se aprisionavam escravos.
Ziraldo - O próprio Lula agora se espantou com as cidades africanas: ''É tudo arrumadinho! As ruas são asfaltadas! Nem parece a África''.
Heloneida - Você conheceu os líderes guerrilheiros de Angola, como Agostinho Neto?
Martinho - Agostinho estava combatendo na floresta, mas conheci muitas pessoas que hoje são dirigentes do país. A gente se reunia num clube chamado Marítimo Africano para cantar e festejar. Aí, começaram a me levar nas favelas, mas os portugueses que me contrataram - que eram do lado contrário - não queriam me deixar ir. Em Angola fui tomando mais noção das coisas. Hoje, os angolanos me consideram uma pessoa que faz parte do seu processo de libertação.
Dermeval - E você se transformou numa espécie de embaixador informal de Angola no Brasil.
Martinho - Tenho esse título honorário. Como não havia embaixada aqui, sempre que vinha um dirigente ou empresário eu é que o recebia.
Ziraldo - Quantas vezes você voltou a Angola?
Martinho - Muitas vezes. Vim de lá ontem. (risos)
Ziraldo - Mas vamos voltar à sua história. Você saiu de Duas Barras e veio morar onde no Rio?
Martinho - Na Serra dos Pretos Forros, Boca do Mato. Depois de Vila Isabel, depois de Lins de Vasconcelos. O cara que vinha se aventurar no Rio arrumava emprego nas construções e ia morar nas favelas junto com seu núcleo de origem. No morro carioca onde eu morava tinha um núcleo mineiro e um núcleo nordestino e tomei contato com todas essas culturas.
Ziraldo - Quando você sentiu que seria capaz de fazer um samba?
Martinho - Antigamente tinha muito campo de pelada e no meu morro tinha três times bons. Eu jogava no Boca do Mato. Quando a gente ia jogar em outro lugar, ia de caminhão, com uma torcida, e eu pra animar o pessoal no caminho pegava músicas de sucesso e botava letra falando do time. O pessoal me perguntava: ''E aí, qual é a nova?'' Depois passei a criar músicas minhas para o Boca do Mato. Aí surgiu uma escola de samba lá.
Ziraldo - Martinho, por que você virou da Vila se é da Boca do Mato?
Martinho - Me chamo Martinho José Ferreira. Quando fui gravar meu primeiro disco, em 69, tinha um partido alto chamado Quem é do mar não enjoa: (canta) ''Quem quiser saber meu nome / não precisa perguntar / sou Martinho lá da Vila / partideiro devagar''. Aí puseram esse nome no disco. (ri)
Ziraldo - Esse disco é o que tem... (canta) ''Felicidade / passei no vestibular''?
Martinho - Pequeno-burguês. Foi um disco que fez o maior sucesso. A principal faixa era Casa de Bamba: (canta) ''Na minha casa todo mundo é bamba / todo mundo bebe, todo mundo samba''. Até hoje foi o disco que mais vendeu na minha carreira.
Ricky Goodwin - O interessante do sucesso do Martinho com esse disco foi ele ter emplacado inclusive no meio dos intelectuais, em plena tropicália, quando o samba estava fora das paradas de sucesso.
Poerner - Porque as músicas dele tinham um lado de protesto, como na música Tom maior. Canta um pedaço dessa música para a gente.
Martinho - ''Está pra nascer em você o que o amor gerou / ele vai nascer e há de ser sem dor / Ah, eu hei de ver você ninar e ele dormir / Hei de vê-lo andar, falar, sorrir / E enquanto quando ele crescer / Vai ter que ser homem de bem / Vou ensiná-lo a viver / onde ninguém é de ninguém / Vai ter que amar a liberdade / só vai cantar em tom maior / Vai ter a felicidade de ver um Brasil melhor''.
Dermeval - Mas o Martinho já tinha aparecido na mídia cantando um partido alto no festival da Record de 67: Menina moça.
Martinho - Eu mandei essa música só de onda, não sonhava em concorrer nos festivais, então nem acompanhei a classificação. Tiveram que me procurar, não me acharam, não apareci para cantar a música, porque os finalistas eram gravados antes em um disco. Tinha um conjunto muito bom que substituia os artistas que faltavam, O Quarteto. Mas eles não sabiam fazer a cadência do partido alto. Ficou outra música! Era uma canção simples, falando da insatisfação das pessoas, mas pegando uma menina moça que vai passear, depois quer namorar, depois quer casar, depois quer brigar, depois quer desquitar... E desquitar era uma palavra proibida na época! A música foi censurada! Ainda mais que depois de desquitar a menina moça quis amigar! Fizeram uma campanha de que eu era contra a instituição da família! (ri) Nesse mesmo festival, Alegria alegria'' foi censurada, disseram que era uma alusão ao LSD. Depois a Record conseguiu liberar apenas para constar no festival. Como foi premiada e fez muito sucesso não tiveram como segurar, mas a minha que não foi premiada continuou censurada. Só queriam músicas ufanistas! (ri novamente)
Ziraldo - Você foi o primeiro a trazer o partido alto para o consumo da classe média, né?
Martinho - Existiam umas coisas antes, como Clementina, mas era meio apadrinhado.
Ziraldo - O partido alto é uma coisa emocionante, né Martinho? Aquela roda de pessoas, todo mundo improvisando, passando os versos de um para outro.
Martinho - É legal, né, algo ligado à bebida, à comida e à música, e onde você participa mesmo, não é como um show onde as pessoas ficam assistindo.
Ziraldo - Como é seu processo de criação? Você cria primeiro a letra ou a melodia?
Martinho - Crio de muitas formas. Na maioria das vezes, um parceiro faz uma parte da música e eu completo. Tenho uma capacidade muito grande de musicar coisas.
Ziraldo - No texto que escrevi para a capa do seu segundo disco eu já estava impressionado com o seu toque pessoal. Tem música que toca e você logo diz: ''Isso é do Ataulfo Alves''. Ou: ''Isso é Paulinho da Viola''. Você também tem um estilo que marca.
Martinho - São pessoas que não tiveram formação musical, são intuitivos, criam músicas fora das escolas, sabe como é? Os maestros agora estão mais abertos para isso, mas antes diziam que as nossas músicas é que estavam erradas.
Dermeval - A partir de certo momento, o seu samba se volta para as raízes musicais brasileiras. Você fez um disco de cirandas, um disco com cantos de lavadeiras, entrou de cabeça no folclore.
Martinho - Isso começou com minhas viagens. O que a música me deu de melhor foi a possibilidade de viajar. Meus colegas nunca saíam da Boca do Mato, já eu gostava de pegar o bonde e ir para Copacabana. Depois comecei a andar pelo Estado do Rio. Com o sucesso, fui para Pernambuco, para o Norte do Brasil, para a África...
Ziraldo - Você já sonhava com seu destino?
Martinho - Nunca. Eu sonhava em mudar para a cidade. Tudo foi acontecendo por acaso. Tanto que só mandei música para festival porque os colegas insistiram muito. Quando a RCA me chamou para fazer um contrato, pensei que era para fazer alguma música para um grande cantor. Quando cheguei lá e disseram que queriam me contratar como cantor foi uma decepção. Nunca tinha pensado em ser cantor! Eu queria era fazer musicas. ''Ah, esse contrato eu não quero... Martinho, essa é a maior gravadora do Brasil no momento! Qualquer artista gostaria de ter essa proposta!'' Insisti tanto que propuseram um acordo: me dariam o estúdio para eu gravar um disco com minhas músicas e em seguida eu faria um disco de cantor. Gravamos um disco simples, sem nada de produtor, mas aí ele arrebentou e nunca gravei o disco de cantor!
Poerner - É extraordinário como você conseguiu criar um estilo totalmente diferente num país de excelentes cantores.
Martinho - Como eu não sonhava ser cantor, não me espelhava em ninguém, e tendo que me virar de repente saiu essa maneira de cantar. (ri)
Heloneida - Nós estamos aqui entrevistando o Martinho e ainda não falamos das mulheres na sua vida.
Ziraldo - Sou testemunha do sucesso que você fazia com as mulheres! Essa malemolência é sedutora... Uma vez uma mulher me falou: ''Homem tem que saber segurar numa mulher. O jeito dele botar a mão na cintura da mulher é fundamental''. Nessa noite fui numa festa e fiquei reparando como esse canalha desse Martinho pousava a mão direitinho nas mulheres! Você ganha do Vinicius, tem mais de nove casamentos, né?
Martinho - O que é isso, Ziraldo! São quatro casamentos só! Tenho oito filhos e nove netos! Minha primeira mulher foi Anália, mãe de Martinho Augusto, Analimar e Martinália. Depois morei com a Russa e tivemos Tunico e Juliana. Só de Russa foram 20 anos. Tive depois uma filha com a Rita, a porta-bandeira do Salgueiro, que se chama Maria e é pianista erudita. Com a Cleo casei no papel e temos dois filhos, Preto e Alegria.
Ziraldo - Ele chama Preto mesmo?
Martinho - Todo mundo achou estranho esse nome. Com a família da minha mulher, gaúchos de São Borja, todos brancos, até que não teve problema. Mas com a minha família, toda de pretos...
Nelsinho Rodrigues Filho - Você teve problemas na sua vida por ser negro?
Martinho - Eu transo com os problemas, os dissabores, as doenças, tudo de ruim que acontece, de uma maneira para cima. Eu deleto. Se me perguntarem se já fiz alguma cirurgia, conscientemente demoro para responder, tenho que dar uma pensadinha. Nem me lembro. Minha filosofia de vida é: se é ruim, esqueço. Artista tem mania de falar que sofreu. Já notou como todos passaram fome? Parece que pega bem. É provável que tive problemas de fome, saí da roça e fui morar na favela, não tinha água nem luz, era barracão de zinco, meu pai morreu quando eu tinha dez anos... mas eu não me lembro.
Ziraldo - Grande parte da humanidade aceita a vida com naturalidade. Nem imaginam que possa haver outra coisa.
Martinho - Não é isso, Ziraldo, o conformismo é outra coisa. Eu, quando a bola vem
no pé, jogo com ela, e vou para a frente. Sei que intelectualmente o otimista não é bem visto, mas é assim que eu sou. (ri)
Heloneida - Você tem é o dom da alegria.
Ziraldo - O compromisso dele com a alegria é tanto que botou esse nome na filha.
Martinho - Mas todos os grandes revolucionários foram otimistas! O pessimista não acredita que as coisas possam mudar. Minhas músicas enfocam os problemas mas sempre com uma esperança.
Ricky - Por falar em driblar os problemas, como é que você conseguiu ficar tanto tempo sem casar de fato?
Martinho - Eu não era casado, mas morava com Anália e meus filhos, era um marido e pai, só que eu morava também na casa da minha mãe. Não era uma relação de casamento comum. Com a Russa foi mais sério, mas nos últimos anos a gente estava se desentendendo. Levamos uns dez anos nos separando. Com a Rita, namorei, botei um apartamento para ela, tivemos uma filha, mas nunca casamos mesmo.
Ricky - Mas agora você levou uma prensa e teve que casar de papel passado!
Martinho - Porque Preta queria casar, tinha 16 anos e eu já com 48. Ficamos um tempo namorando mas ela falando o tempo todo em casar. Eu estou numa fase em que sempre estou me preparando para deixar a vida artística, só que as coisas vão acontecendo, aparece outro sucesso... Falei então que eu casaria se fosse para morar na roça, em Duas Barras. Casamos inclusive na fazenda lá. Eu sou 32 anos mais velho - vou fazer 68 anos no dia 12 de fevereiro - mas ela é mais antiga do que eu, é mais formal. É ela quem administra o Instituto Cultural Martinho da Vila.
Ziraldo - Quantos discos você tem?
Martinho - São 36. Um por ano. Dei muita sorte na vida de estar em contato com coisas como Donga e João da Baiana... Tive contato com a esquerda brasileira no período certo. Tive contato com a África no seu momento revolucionário. Assim vieram Batuque na cozinha, depois o canto das lavadeiras com Madalena...
Dermeval - Quizomba, com Vila Isabel, em 88, foi um momento importante na sua vida. Depois do Salgueiro com Zumbi dos Palmares, só Kizomba teve tamanha repercussão como carnaval de negritude.
Martinho - Quando a Vila Isabel foi para o primeiro grupo, o presidente me chamou para reforçar a escola. Kizomba eu fiz o enredo. O samba é de Luis Carlos da Vila. Oito sambas-enredos meus já foram para a avenida. Hoje sou presidente de honra da Vila Isabel, o que costuma criar choques com o presidente administrativo, por isso dei uma afastada. Também não faço mais samba-enredo, hoje é outra fórmula, tem grupos de dez fazendo sambas, o mesmo compositor faz para cinco ou seis escolas.
Poerner - Que nem jogador de futebol beijando tudo quanto é camisa.
Martinho - Neste carnaval o novo presidente, o carnavalesco e o diretor de carnaval chegaram: ''Martinho, queriamos uma idéia sua para enredo''. ''Agora não, antes eu fazia os enredos porque a escola estava numa situação difícil''. ''Mas podemos fazer enredo sobre esse seu disco novo, Brasil latinidade, é um momento bom para isso''. ''Tá, mas eu não quero ser autor'' Fizeram então o enredo Sou louco por ti América e voltaram pedindo para eu fazer o samba-enredo. ''Já disse que eu não ia fazer''. ''Mas você podia fazer então um samba, não para concorrer, mas que servisse como base para a escolha''. Peguei Luís Carlos e fizemos o samba, com uma melodia dolente, sem ser esse oba-oba que rola agora. Aí vieram: ''Martinho, podemos botar o samba na quadra''? ''Olha, eu não vou defender o samba, não gosto dessa forma de disputa''. ''Deixa com a gente!'' Mas aí acabou que cortaram o samba. Quando viram que não iam usar o samba que me pediram deviam pelo menos ter me avisado! É que nem eu encomendar um desenho a você, Ziraldo, não usar e nem falar nada! Agora parei mesmo com eles...
Poerner - Como você entrou na literatura?
Martinho - Também foi por acaso. A Editora Global criou a série de livros juvenis Quem canta conta e chamaram artistas como Rita Lee, João Bosco e eu. Fiz Vamos brincar de política?, onde crianças numa fazenda, sem os pais, tinham que se organizar. Depois, em 88, escrevi um livro sobre o Kizomba, para que aquilo ficasse registrado. Quem fez a pesquisa comigo foi a jornalista Dulce Alves. Aí peguei o gosto e escrevi quatro livros de ficção. Quando gravei um disco chamado Lusofonia com músicas e artistas dos 18 países lusófonos, descobri que os brasileiros não sabem quase nada sobre esses países. Quais as diferenças entre Cabo Verde e Açores? Escrevi um livro sobre isso e para não ser só uma coisa didática criei o romance de um jornalista que viaja por esses países.
Ziraldo - Você escreveu um livro sobre a sua mãe, né? Também, depois de ter custado
tanto a sair da barra da saia dela!
Dermeval - Você falou muito na espontaneidade, disse que é intuitivo, não pensa nas coisas que faz, mas seus últimos projetos são muito ligados a movimentos culturais. Lusofonia veio num momento de discussão da língua portuguesa, com a atenção voltada aos países africanos. Latinidade vem num momento de valorização da América Latina.
Martinho - Meus discos dos últimos tempos realmente são pensados como projetos. Tem uma proposta. Pesquiso para fazer discos como aquele com a cultura de Pernambuco, ou aqueles baseados no folclore. Dos meus 36 discos, só uns dez tem samba mesmo.
Ricky - Qual é o projeto em que está pensando agora?
Martinho - Latinidade foi voltado para os países com idiomas de origem latina, incluindo o português, o espanhol, o francês, o italiano, até o romeno. Agora quero fazer um disco mais da América do Sul. Quero fazer um disco para os povos vizinhos.
Dermeval - São projetos sobre os quais você detém o controle. Como é que um músico brasileiro tem tanta independência para fazer esses trabalhos?
Martinho - As pessoas fazem as coisas pensando em si, na sua carreira individual, eu faço porque tenho que fazer. Meu primeiro disco aconteceu por acaso, eu nem sabia como era gravar um disco. No segundo disco eu já quis botar orquestra, ter arranjos, e quando este não vendeu tanto, a gravadora me cobrou uma volta ao cavaquinho e violão. Falei então que eu ia parar e voltar para o quartel. ''Não! Seu disco ainda é o mais vendido da companha!'' Ah... percebi então que se eu fosse firme ninguém se meteria no meu trabalho. (ri) Vim assim até hoje. Numa determinada fase saí da gravadora e passei a fazer meus discos com o Mazzola, que tem seu próprio selo.
Poerner - Com tanta coisa que você faz, ainda pode ser considerado um boêmio?
Martinho - Não sou mais. O boêmio não é quem bebe, é aquele cara que vive os bares. É um profissional. (ri)
Nelsinho - Tenho um colega em Portugal que o figueiredo dele bateu pino, ele deixou de beber, mas continuou a ser boêmio. Toma água tônica com limão, mas ainda é o último a sair dos bares. Com a vantagem de poder levar todo mundo em casa.
Martinho - Mas hoje estou mais sossegado... não acho tanta graça. Estou devagar... devagarinho... (ri novamente)
Poerner - Para terminar, fale do Brasil de hoje.
Martinho - O Brasil está vivendo uma de suas melhore fases.
Poerner - Enfim, um otimista!
Martinho - Os problemas de corrupção que estão aí à mostra sempre existiram e não vinham à baila. Não estou dizendo que tenha sido alguma ação do governo atual que tenha levado a isso. Foi o momento. Me lembro quando qualquer pessoa que tivesse alguma projeção não ia em cana. Há uma evolução. Em termos internacionais o Brasil está com força. A política externa brasileira é a melhor de todos os tempos.
Dermeval - E em termos culturais?
Martinho - Poderia ser bem melhor. Gilberto Gil é um bom político e é ótimo para o governo porque é carismático e abre portas. Gil é quase um relações-públicas do governo Lula. Acho legal ele estar lá, nunca tivemos um negro ministro, nem artista ministro, e isso já é alguma coisa. Tem horas em que não podemos bater de frente para não atrapalhar futuros avanços.
Ricky - Você não esteve no Ano do Brasil na França, né?
Martinho - Não, e fiz um disco cantando em francês, o Conexão Brasil-França, mostrando a influência francesa na formação brasileira. Minhas músicas chegam na França. Quando Madeleine Peyroux veio ao Brasil fez questão de ver meu show no Canecão. Aliás, ela teve uma atitude legal: onde ela vai se apresentar, deixa um percentual do cachê para uma instituição social, e quando soube do meu instituto doou US$ 6 mil. (ri) Beleza!
(Enviado por JB online)
«Cantando a vida em tom maior»
«A avó da minha ex-mulher adorava Martinho da Vila. Dizia: “Esse cantor me faz tanto bem! Ele está sempre sorrindo”! E Martinho – como lerão nesta entrevista – realmente é assim: um sorriso nos lábios, manemolência no corpo e batuque na alma. Mantém diante de um mundo partido o alto astral. Quando armam confusão ou pagode faz a tristeza sambar no jogo do jongo. Ele sabe que na folia os esperançosos são reis. Como diz Heloneida logo abaixo, ele tem o dom da alegria. Não o júbilo oco da gargalhada incontida, mas um+a animação militante que usa o ritmo e o riso denunciando mazelas para transformá-las em bem-querer. A primeira palavra do seu primeiro grande sucesso nacional é “felicidade”, embora a música decante uma situação infeliz e injusta. Devagar, devagarinho, sem gritar palavras de ordem unida, é um militante das raças, forjando laços com os africanos, tecendo sons com os latinos. Em sua fazenda-instituto roceiros aprendem a ler e em seus discos nós, os urbanos, aprendemos a ouvir os tambores do interior. Cantando alto, cantando baixo, diz que a vida vai melhorar. Ou como o saudou Poerner ao final deste papo: “Enfim, um otimista”! Um papo onde entraram na roda Ziraldo, Arthur Poerner, Paula Sack e eu (da equipe do Caderno B) e puxando o samba a deputada e feminista Heloneida Studart e o teatrólogo e boêmio Nelsinho Rodrigues Filho. (Ricky Goodwin)
Arthur Poerner - Martinho, eu te conheci em circunstâncias interessantes. Nas rodas de samba do Teatro Opinião, em 1966, apareceu um sujeito muito simpático cantando suas músicas, todo mundo gostou dele, mas aí alguém descobriu que ele era sargento. Tinha havido o golpe há dois anos e todo mundo era bronqueado com os militares.
Martinho da Vila - Teresa Aragão promovia umas rodas de samba no Opinião chamadas A Fina Flor do Samba. Era o único ponto de samba em toda a Zona Sul. O público ali era esquerdista, comunista, pessoal do partidão. Quando descobriram que eu era sargento, ficou aquele zum-zum-zum...
Poerner - Acabou que conversando com Martinho, tivemos que reavaliar alguns de nossos conceitos sobre as Forças Armadas.
Martinho - Mas os sargentos eram considerados de esquerda dentro do Exército. De uma maneira geral, tinham sido janguistas.
Heloneida Studart - Um dos pretextos para derrubarem o Jango era que ele privilegiava muito os sargentos e os subtenentes, inclusive aumentando seu soldo, quebrando assim a hierarquia.
Martinho - O pessoal da Zona Sul desconfiava de mim porque eu era militar, e no Exército me consideravam um comunista, por causa dos amigos com quem eu andava. Quando terminei o curso de Aperfeiçoamento de Sargento, em 64, me formei como contador, mas o diploma não tinha validade fora do Exército e fui fazer Contabilidade na Cândido Mendes, um ponto da esquerda. Aí descobriram lá que eu era sargento e todo mundo se afastou de mim... porque tinha muita gente do Exército infiltrada mesmo nas universidades. Sabem o que eu fiz para resolver isso: um dia fui fardado na sala de aula. Foi um espanto! (ri)
Poerner - Ficou evidente que você não era do SNI, senão não apareceria fardado.
Dermeval Netto - Como era a música que você ouvia na zona rural fluminense, onde cresceu?
Martinho - Nasci em Duas Barras, depois de Friburgo. Era jongo, folia de reis... Duas Barras é próximo a Minas e ouvi muita música mineira de interior. Mas com quatro anos de idade vim pro Rio. Só voltei a Duas Barras depois que fiquei famoso. Todo mundo pensava que eu era baiano, por ter surgido na mesma época que Gil e Caetano, e também pelo meu jeito baiano. (ri)
Ziraldo - Manemolente... devagar, devagarinho...
Martinho - Naquela época eu falava menos ainda... Rapaz, quando revelei que tinha nascido em Duas Barras foi um acontecimento na cidade! Me convidaram para ir lá, hospedaram toda a minha família, programaram uma festa com banda de música e tudo. Me levaram para a igreja onde fui batizado, para o cartório onde fui registrado, e para a casa onde nasci, porque meus pais era colonos da terra, muito queridos pelos patrões, e quando eu estava para nascer trouxeram minha mãe para a sede da fazenda. Quando cheguei lá essa fazenda estava à venda e eu comprei! Anos depois criei lá um instituto cultural para alfabetização de adultos e o ensino de música voltada ao folclore.
Ziraldo - De onde vem essa consciência participativa? Você é um dos artistas brasileiros mais comprometidos com a questão do seu semelhante.
Martinho - Fui adquirindo isso com o tempo. Primeiro foi através do Salgueiro, que na época era uma escola de samba engajada. Quando Fernando Pamplona e companhia fizeram o enredo Zumbi dos Palmares, ninguém conhecia Zumbi no Brasil. Depois, em 69, fui convidado para ir a Angola, que ainda era colônia. Aqui não se tinha notícia do que se passava na África, era como se tudo fosse uma grande floresta onde se aprisionavam escravos.
Ziraldo - O próprio Lula agora se espantou com as cidades africanas: ''É tudo arrumadinho! As ruas são asfaltadas! Nem parece a África''.
Heloneida - Você conheceu os líderes guerrilheiros de Angola, como Agostinho Neto?
Martinho - Agostinho estava combatendo na floresta, mas conheci muitas pessoas que hoje são dirigentes do país. A gente se reunia num clube chamado Marítimo Africano para cantar e festejar. Aí, começaram a me levar nas favelas, mas os portugueses que me contrataram - que eram do lado contrário - não queriam me deixar ir. Em Angola fui tomando mais noção das coisas. Hoje, os angolanos me consideram uma pessoa que faz parte do seu processo de libertação.
Dermeval - E você se transformou numa espécie de embaixador informal de Angola no Brasil.
Martinho - Tenho esse título honorário. Como não havia embaixada aqui, sempre que vinha um dirigente ou empresário eu é que o recebia.
Ziraldo - Quantas vezes você voltou a Angola?
Martinho - Muitas vezes. Vim de lá ontem. (risos)
Ziraldo - Mas vamos voltar à sua história. Você saiu de Duas Barras e veio morar onde no Rio?
Martinho - Na Serra dos Pretos Forros, Boca do Mato. Depois de Vila Isabel, depois de Lins de Vasconcelos. O cara que vinha se aventurar no Rio arrumava emprego nas construções e ia morar nas favelas junto com seu núcleo de origem. No morro carioca onde eu morava tinha um núcleo mineiro e um núcleo nordestino e tomei contato com todas essas culturas.
Ziraldo - Quando você sentiu que seria capaz de fazer um samba?
Martinho - Antigamente tinha muito campo de pelada e no meu morro tinha três times bons. Eu jogava no Boca do Mato. Quando a gente ia jogar em outro lugar, ia de caminhão, com uma torcida, e eu pra animar o pessoal no caminho pegava músicas de sucesso e botava letra falando do time. O pessoal me perguntava: ''E aí, qual é a nova?'' Depois passei a criar músicas minhas para o Boca do Mato. Aí surgiu uma escola de samba lá.
Ziraldo - Martinho, por que você virou da Vila se é da Boca do Mato?
Martinho - Me chamo Martinho José Ferreira. Quando fui gravar meu primeiro disco, em 69, tinha um partido alto chamado Quem é do mar não enjoa: (canta) ''Quem quiser saber meu nome / não precisa perguntar / sou Martinho lá da Vila / partideiro devagar''. Aí puseram esse nome no disco. (ri)
Ziraldo - Esse disco é o que tem... (canta) ''Felicidade / passei no vestibular''?
Martinho - Pequeno-burguês. Foi um disco que fez o maior sucesso. A principal faixa era Casa de Bamba: (canta) ''Na minha casa todo mundo é bamba / todo mundo bebe, todo mundo samba''. Até hoje foi o disco que mais vendeu na minha carreira.
Ricky Goodwin - O interessante do sucesso do Martinho com esse disco foi ele ter emplacado inclusive no meio dos intelectuais, em plena tropicália, quando o samba estava fora das paradas de sucesso.
Poerner - Porque as músicas dele tinham um lado de protesto, como na música Tom maior. Canta um pedaço dessa música para a gente.
Martinho - ''Está pra nascer em você o que o amor gerou / ele vai nascer e há de ser sem dor / Ah, eu hei de ver você ninar e ele dormir / Hei de vê-lo andar, falar, sorrir / E enquanto quando ele crescer / Vai ter que ser homem de bem / Vou ensiná-lo a viver / onde ninguém é de ninguém / Vai ter que amar a liberdade / só vai cantar em tom maior / Vai ter a felicidade de ver um Brasil melhor''.
Dermeval - Mas o Martinho já tinha aparecido na mídia cantando um partido alto no festival da Record de 67: Menina moça.
Martinho - Eu mandei essa música só de onda, não sonhava em concorrer nos festivais, então nem acompanhei a classificação. Tiveram que me procurar, não me acharam, não apareci para cantar a música, porque os finalistas eram gravados antes em um disco. Tinha um conjunto muito bom que substituia os artistas que faltavam, O Quarteto. Mas eles não sabiam fazer a cadência do partido alto. Ficou outra música! Era uma canção simples, falando da insatisfação das pessoas, mas pegando uma menina moça que vai passear, depois quer namorar, depois quer casar, depois quer brigar, depois quer desquitar... E desquitar era uma palavra proibida na época! A música foi censurada! Ainda mais que depois de desquitar a menina moça quis amigar! Fizeram uma campanha de que eu era contra a instituição da família! (ri) Nesse mesmo festival, Alegria alegria'' foi censurada, disseram que era uma alusão ao LSD. Depois a Record conseguiu liberar apenas para constar no festival. Como foi premiada e fez muito sucesso não tiveram como segurar, mas a minha que não foi premiada continuou censurada. Só queriam músicas ufanistas! (ri novamente)
Ziraldo - Você foi o primeiro a trazer o partido alto para o consumo da classe média, né?
Martinho - Existiam umas coisas antes, como Clementina, mas era meio apadrinhado.
Ziraldo - O partido alto é uma coisa emocionante, né Martinho? Aquela roda de pessoas, todo mundo improvisando, passando os versos de um para outro.
Martinho - É legal, né, algo ligado à bebida, à comida e à música, e onde você participa mesmo, não é como um show onde as pessoas ficam assistindo.
Ziraldo - Como é seu processo de criação? Você cria primeiro a letra ou a melodia?
Martinho - Crio de muitas formas. Na maioria das vezes, um parceiro faz uma parte da música e eu completo. Tenho uma capacidade muito grande de musicar coisas.
Ziraldo - No texto que escrevi para a capa do seu segundo disco eu já estava impressionado com o seu toque pessoal. Tem música que toca e você logo diz: ''Isso é do Ataulfo Alves''. Ou: ''Isso é Paulinho da Viola''. Você também tem um estilo que marca.
Martinho - São pessoas que não tiveram formação musical, são intuitivos, criam músicas fora das escolas, sabe como é? Os maestros agora estão mais abertos para isso, mas antes diziam que as nossas músicas é que estavam erradas.
Dermeval - A partir de certo momento, o seu samba se volta para as raízes musicais brasileiras. Você fez um disco de cirandas, um disco com cantos de lavadeiras, entrou de cabeça no folclore.
Martinho - Isso começou com minhas viagens. O que a música me deu de melhor foi a possibilidade de viajar. Meus colegas nunca saíam da Boca do Mato, já eu gostava de pegar o bonde e ir para Copacabana. Depois comecei a andar pelo Estado do Rio. Com o sucesso, fui para Pernambuco, para o Norte do Brasil, para a África...
Ziraldo - Você já sonhava com seu destino?
Martinho - Nunca. Eu sonhava em mudar para a cidade. Tudo foi acontecendo por acaso. Tanto que só mandei música para festival porque os colegas insistiram muito. Quando a RCA me chamou para fazer um contrato, pensei que era para fazer alguma música para um grande cantor. Quando cheguei lá e disseram que queriam me contratar como cantor foi uma decepção. Nunca tinha pensado em ser cantor! Eu queria era fazer musicas. ''Ah, esse contrato eu não quero... Martinho, essa é a maior gravadora do Brasil no momento! Qualquer artista gostaria de ter essa proposta!'' Insisti tanto que propuseram um acordo: me dariam o estúdio para eu gravar um disco com minhas músicas e em seguida eu faria um disco de cantor. Gravamos um disco simples, sem nada de produtor, mas aí ele arrebentou e nunca gravei o disco de cantor!
Poerner - É extraordinário como você conseguiu criar um estilo totalmente diferente num país de excelentes cantores.
Martinho - Como eu não sonhava ser cantor, não me espelhava em ninguém, e tendo que me virar de repente saiu essa maneira de cantar. (ri)
Heloneida - Nós estamos aqui entrevistando o Martinho e ainda não falamos das mulheres na sua vida.
Ziraldo - Sou testemunha do sucesso que você fazia com as mulheres! Essa malemolência é sedutora... Uma vez uma mulher me falou: ''Homem tem que saber segurar numa mulher. O jeito dele botar a mão na cintura da mulher é fundamental''. Nessa noite fui numa festa e fiquei reparando como esse canalha desse Martinho pousava a mão direitinho nas mulheres! Você ganha do Vinicius, tem mais de nove casamentos, né?
Martinho - O que é isso, Ziraldo! São quatro casamentos só! Tenho oito filhos e nove netos! Minha primeira mulher foi Anália, mãe de Martinho Augusto, Analimar e Martinália. Depois morei com a Russa e tivemos Tunico e Juliana. Só de Russa foram 20 anos. Tive depois uma filha com a Rita, a porta-bandeira do Salgueiro, que se chama Maria e é pianista erudita. Com a Cleo casei no papel e temos dois filhos, Preto e Alegria.
Ziraldo - Ele chama Preto mesmo?
Martinho - Todo mundo achou estranho esse nome. Com a família da minha mulher, gaúchos de São Borja, todos brancos, até que não teve problema. Mas com a minha família, toda de pretos...
Nelsinho Rodrigues Filho - Você teve problemas na sua vida por ser negro?
Martinho - Eu transo com os problemas, os dissabores, as doenças, tudo de ruim que acontece, de uma maneira para cima. Eu deleto. Se me perguntarem se já fiz alguma cirurgia, conscientemente demoro para responder, tenho que dar uma pensadinha. Nem me lembro. Minha filosofia de vida é: se é ruim, esqueço. Artista tem mania de falar que sofreu. Já notou como todos passaram fome? Parece que pega bem. É provável que tive problemas de fome, saí da roça e fui morar na favela, não tinha água nem luz, era barracão de zinco, meu pai morreu quando eu tinha dez anos... mas eu não me lembro.
Ziraldo - Grande parte da humanidade aceita a vida com naturalidade. Nem imaginam que possa haver outra coisa.
Martinho - Não é isso, Ziraldo, o conformismo é outra coisa. Eu, quando a bola vem
no pé, jogo com ela, e vou para a frente. Sei que intelectualmente o otimista não é bem visto, mas é assim que eu sou. (ri)
Heloneida - Você tem é o dom da alegria.
Ziraldo - O compromisso dele com a alegria é tanto que botou esse nome na filha.
Martinho - Mas todos os grandes revolucionários foram otimistas! O pessimista não acredita que as coisas possam mudar. Minhas músicas enfocam os problemas mas sempre com uma esperança.
Ricky - Por falar em driblar os problemas, como é que você conseguiu ficar tanto tempo sem casar de fato?
Martinho - Eu não era casado, mas morava com Anália e meus filhos, era um marido e pai, só que eu morava também na casa da minha mãe. Não era uma relação de casamento comum. Com a Russa foi mais sério, mas nos últimos anos a gente estava se desentendendo. Levamos uns dez anos nos separando. Com a Rita, namorei, botei um apartamento para ela, tivemos uma filha, mas nunca casamos mesmo.
Ricky - Mas agora você levou uma prensa e teve que casar de papel passado!
Martinho - Porque Preta queria casar, tinha 16 anos e eu já com 48. Ficamos um tempo namorando mas ela falando o tempo todo em casar. Eu estou numa fase em que sempre estou me preparando para deixar a vida artística, só que as coisas vão acontecendo, aparece outro sucesso... Falei então que eu casaria se fosse para morar na roça, em Duas Barras. Casamos inclusive na fazenda lá. Eu sou 32 anos mais velho - vou fazer 68 anos no dia 12 de fevereiro - mas ela é mais antiga do que eu, é mais formal. É ela quem administra o Instituto Cultural Martinho da Vila.
Ziraldo - Quantos discos você tem?
Martinho - São 36. Um por ano. Dei muita sorte na vida de estar em contato com coisas como Donga e João da Baiana... Tive contato com a esquerda brasileira no período certo. Tive contato com a África no seu momento revolucionário. Assim vieram Batuque na cozinha, depois o canto das lavadeiras com Madalena...
Dermeval - Quizomba, com Vila Isabel, em 88, foi um momento importante na sua vida. Depois do Salgueiro com Zumbi dos Palmares, só Kizomba teve tamanha repercussão como carnaval de negritude.
Martinho - Quando a Vila Isabel foi para o primeiro grupo, o presidente me chamou para reforçar a escola. Kizomba eu fiz o enredo. O samba é de Luis Carlos da Vila. Oito sambas-enredos meus já foram para a avenida. Hoje sou presidente de honra da Vila Isabel, o que costuma criar choques com o presidente administrativo, por isso dei uma afastada. Também não faço mais samba-enredo, hoje é outra fórmula, tem grupos de dez fazendo sambas, o mesmo compositor faz para cinco ou seis escolas.
Poerner - Que nem jogador de futebol beijando tudo quanto é camisa.
Martinho - Neste carnaval o novo presidente, o carnavalesco e o diretor de carnaval chegaram: ''Martinho, queriamos uma idéia sua para enredo''. ''Agora não, antes eu fazia os enredos porque a escola estava numa situação difícil''. ''Mas podemos fazer enredo sobre esse seu disco novo, Brasil latinidade, é um momento bom para isso''. ''Tá, mas eu não quero ser autor'' Fizeram então o enredo Sou louco por ti América e voltaram pedindo para eu fazer o samba-enredo. ''Já disse que eu não ia fazer''. ''Mas você podia fazer então um samba, não para concorrer, mas que servisse como base para a escolha''. Peguei Luís Carlos e fizemos o samba, com uma melodia dolente, sem ser esse oba-oba que rola agora. Aí vieram: ''Martinho, podemos botar o samba na quadra''? ''Olha, eu não vou defender o samba, não gosto dessa forma de disputa''. ''Deixa com a gente!'' Mas aí acabou que cortaram o samba. Quando viram que não iam usar o samba que me pediram deviam pelo menos ter me avisado! É que nem eu encomendar um desenho a você, Ziraldo, não usar e nem falar nada! Agora parei mesmo com eles...
Poerner - Como você entrou na literatura?
Martinho - Também foi por acaso. A Editora Global criou a série de livros juvenis Quem canta conta e chamaram artistas como Rita Lee, João Bosco e eu. Fiz Vamos brincar de política?, onde crianças numa fazenda, sem os pais, tinham que se organizar. Depois, em 88, escrevi um livro sobre o Kizomba, para que aquilo ficasse registrado. Quem fez a pesquisa comigo foi a jornalista Dulce Alves. Aí peguei o gosto e escrevi quatro livros de ficção. Quando gravei um disco chamado Lusofonia com músicas e artistas dos 18 países lusófonos, descobri que os brasileiros não sabem quase nada sobre esses países. Quais as diferenças entre Cabo Verde e Açores? Escrevi um livro sobre isso e para não ser só uma coisa didática criei o romance de um jornalista que viaja por esses países.
Ziraldo - Você escreveu um livro sobre a sua mãe, né? Também, depois de ter custado
tanto a sair da barra da saia dela!
Dermeval - Você falou muito na espontaneidade, disse que é intuitivo, não pensa nas coisas que faz, mas seus últimos projetos são muito ligados a movimentos culturais. Lusofonia veio num momento de discussão da língua portuguesa, com a atenção voltada aos países africanos. Latinidade vem num momento de valorização da América Latina.
Martinho - Meus discos dos últimos tempos realmente são pensados como projetos. Tem uma proposta. Pesquiso para fazer discos como aquele com a cultura de Pernambuco, ou aqueles baseados no folclore. Dos meus 36 discos, só uns dez tem samba mesmo.
Ricky - Qual é o projeto em que está pensando agora?
Martinho - Latinidade foi voltado para os países com idiomas de origem latina, incluindo o português, o espanhol, o francês, o italiano, até o romeno. Agora quero fazer um disco mais da América do Sul. Quero fazer um disco para os povos vizinhos.
Dermeval - São projetos sobre os quais você detém o controle. Como é que um músico brasileiro tem tanta independência para fazer esses trabalhos?
Martinho - As pessoas fazem as coisas pensando em si, na sua carreira individual, eu faço porque tenho que fazer. Meu primeiro disco aconteceu por acaso, eu nem sabia como era gravar um disco. No segundo disco eu já quis botar orquestra, ter arranjos, e quando este não vendeu tanto, a gravadora me cobrou uma volta ao cavaquinho e violão. Falei então que eu ia parar e voltar para o quartel. ''Não! Seu disco ainda é o mais vendido da companha!'' Ah... percebi então que se eu fosse firme ninguém se meteria no meu trabalho. (ri) Vim assim até hoje. Numa determinada fase saí da gravadora e passei a fazer meus discos com o Mazzola, que tem seu próprio selo.
Poerner - Com tanta coisa que você faz, ainda pode ser considerado um boêmio?
Martinho - Não sou mais. O boêmio não é quem bebe, é aquele cara que vive os bares. É um profissional. (ri)
Nelsinho - Tenho um colega em Portugal que o figueiredo dele bateu pino, ele deixou de beber, mas continuou a ser boêmio. Toma água tônica com limão, mas ainda é o último a sair dos bares. Com a vantagem de poder levar todo mundo em casa.
Martinho - Mas hoje estou mais sossegado... não acho tanta graça. Estou devagar... devagarinho... (ri novamente)
Poerner - Para terminar, fale do Brasil de hoje.
Martinho - O Brasil está vivendo uma de suas melhore fases.
Poerner - Enfim, um otimista!
Martinho - Os problemas de corrupção que estão aí à mostra sempre existiram e não vinham à baila. Não estou dizendo que tenha sido alguma ação do governo atual que tenha levado a isso. Foi o momento. Me lembro quando qualquer pessoa que tivesse alguma projeção não ia em cana. Há uma evolução. Em termos internacionais o Brasil está com força. A política externa brasileira é a melhor de todos os tempos.
Dermeval - E em termos culturais?
Martinho - Poderia ser bem melhor. Gilberto Gil é um bom político e é ótimo para o governo porque é carismático e abre portas. Gil é quase um relações-públicas do governo Lula. Acho legal ele estar lá, nunca tivemos um negro ministro, nem artista ministro, e isso já é alguma coisa. Tem horas em que não podemos bater de frente para não atrapalhar futuros avanços.
Ricky - Você não esteve no Ano do Brasil na França, né?
Martinho - Não, e fiz um disco cantando em francês, o Conexão Brasil-França, mostrando a influência francesa na formação brasileira. Minhas músicas chegam na França. Quando Madeleine Peyroux veio ao Brasil fez questão de ver meu show no Canecão. Aliás, ela teve uma atitude legal: onde ela vai se apresentar, deixa um percentual do cachê para uma instituição social, e quando soube do meu instituto doou US$ 6 mil. (ri) Beleza!
(Enviado por JB online)
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Diz sondagem norte-americana
Maioria dos solteiros está feliz em sê-lo
A maioria dos solteiros norte-americanos está feliz nessa situação e não se interessa em procurar uma alma gémea, segundo uma nova sondagem que contrasta com o êxito crescente do Dia dos Namorados.
Nos Estados Unidos, 43 por cento dos adultos afirmam ser solteiros, ou seja 83 milhões, mas apenas 16 por cento deles procuram parceiro amoroso, indica a sondagem realizada pelo Pew Internet and American Life Project.
Mais de metade dos solteiros norte-americanos (55 por cento) afirma não estar à procura de uma alma gémea, uma atitude que é mais pronunciada entre as mulheres, os divorciados ou os viúvos.
Mais surpreendente é que 51 por cento dos solteiros jovens, com idades entre os 19 e os 29, dizem não estar à procura de um "idílio" amoroso.
Mesmo entre os que se declaram "activos" no plano amoroso, 36 por cento admite não ter tido encontros amorosos nos últimos três meses, 13 por cento teve um, 22 por cento entre duas e quatro aventuras, e um quarto teve cinco ou mais.
Quanto ao melhor local para procurar parceiros, 38 por cento dos indivíduos em casal disseram ter encontrado o seu par no meio profissional ou escolar.
Um em cada três conheceu parceiro por intermédio da família ou de amigos e 13 por cento numa discoteca, um bar ou um café, e apenas 3 por cento dos casais felizes se encontraram através da Internet.
O estudo, enquadrado numa investigação mais ampla sobre os encontros pela Internet, foi realizado em finais de 2005.
«Equador» arrecada prémio em Itália
Um dos livros preferidos do pessoal do «NdO», "Equador", de Miguel Sousa Tavares, conquistou em Itália o prémio literário "Grinzane Cavour 2006", anunciou hoje a editora, Cavallo di Ferro.
O prémio, instituído em 1982, é considerado um dos quatro mais importantes em Itália, a par dos prémios Strega, Campiello e Viareggio, e o mais prestigiado para a literatura estrangeira publicada no país, afirma a editora em comunicado.
A escolha dos vencedores é decidida por um duplo sistema: a selecção feita pelos críticos (escritores, jornalistas culturais e críticos literários) e o voto popular, constituído por leitores entre os estudantes de italiano de várias instituições nacionais e estrangeiras (Berlim, Bruxelas, Paris, Moscovo, Praga, Estocolmo, Tóquio, Cairo, Buenos Aires e Salamanca).
A editora indica que a atribuição do prémio confirma "a excelente recepção da crítica e do público italiano à obra do escritor português", lançada em Outubro pela Cavallo di Ferro.
O nome de Miguel Sousa Tavares figura agora ao lado de outros escritores agraciados com o Grinzane Cavour, reconhecidos a nível mundial e que em alguns casos receberam posteriormente o prémio Nobel.
Entre os vencedores do prémio italiano em edições anteriores estão Julien Green (1991), Gunter Grass (1992), Czeslaw Milosz (1993), Carlos Fuentes (1994), Bohumil Hrabal (1995), Kenzaburo Oe (1996), Yves Bonnefoy (1997), Jean Starobinski (1998), V.S Naipul (1999), Manuel Vasquez Montalban (2000), Doris Lessing e Toni Morisson (2001), J.M Coetzee (2003), Mário Vargas Llosa (2004) e Anita Desai (2005).
Um dos livros preferidos do pessoal do «NdO», "Equador", de Miguel Sousa Tavares, conquistou em Itália o prémio literário "Grinzane Cavour 2006", anunciou hoje a editora, Cavallo di Ferro.
O prémio, instituído em 1982, é considerado um dos quatro mais importantes em Itália, a par dos prémios Strega, Campiello e Viareggio, e o mais prestigiado para a literatura estrangeira publicada no país, afirma a editora em comunicado.
A escolha dos vencedores é decidida por um duplo sistema: a selecção feita pelos críticos (escritores, jornalistas culturais e críticos literários) e o voto popular, constituído por leitores entre os estudantes de italiano de várias instituições nacionais e estrangeiras (Berlim, Bruxelas, Paris, Moscovo, Praga, Estocolmo, Tóquio, Cairo, Buenos Aires e Salamanca).
A editora indica que a atribuição do prémio confirma "a excelente recepção da crítica e do público italiano à obra do escritor português", lançada em Outubro pela Cavallo di Ferro.
O nome de Miguel Sousa Tavares figura agora ao lado de outros escritores agraciados com o Grinzane Cavour, reconhecidos a nível mundial e que em alguns casos receberam posteriormente o prémio Nobel.
Entre os vencedores do prémio italiano em edições anteriores estão Julien Green (1991), Gunter Grass (1992), Czeslaw Milosz (1993), Carlos Fuentes (1994), Bohumil Hrabal (1995), Kenzaburo Oe (1996), Yves Bonnefoy (1997), Jean Starobinski (1998), V.S Naipul (1999), Manuel Vasquez Montalban (2000), Doris Lessing e Toni Morisson (2001), J.M Coetzee (2003), Mário Vargas Llosa (2004) e Anita Desai (2005).
O Moliceiro do futuro
O moliceiro do futuro vai chamar-se moliate. O nome diz quase tudo. É uma mistura de moliceiro com iate, uma combinação para o barco tradicional da ria se transformar numa embarcação confortável que permita passar horas ou dias na laguna de Aveiro. O projecto da Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro (AARBM) , a única entidade que ainda constrói moliceiros, está para ser aprovado pelo Instituto Marítimo Portuário, contando a AARBM fabricar ainda este ano o primeiro moliate, o moliceiro cabinado. O estilista Miguel Vieira foi convidado para desenhar e decorar a embarcação, que irá custar entre 35 a 50 mil euros.
"Isto não significa o fim do moliceiro tradicional", frisa Eduardo Costa, o novo presidente da AARBM, uma instituição sediada na Murtosa. "Os nossos estaleiros vão continuar a fazer moliceiros, mas para isso é necessário que haja encomendas", lembra. O que não aconteceu o ano passado. O único estaleiro que constrói moliceiros apenas reconstruiu embarcações em 2005. "Perto de meia centena, mas nenhum novo", confirma o responsável da associação.
A Câmara de Aveiro, e também a de Ovar, têm sido os principais impulsionadores da produção de moliceiros, "mas não chega", diz Eduardo Costa. "É necessário que as restantes autarquias da região e a própria Associação de Municípios da Ria digam o que querem para o barco histórico. Temos a estrutura montada, só falta quem garanta a sustentabilidade do ex-libris", refere o presidente.
É neste quadro de marasmo que surge a ideia de avançar com o projecto de um moliceiro com cabina, à imagem de outras embarcações tradicionais europeias que se actualizaram em termos de conforto, navegando ao encontro das necessidades do mercado. "O moliceiro não tem condições para se passar muitas horas na ria, não só pelo desconforto, mas também devido à navegabilidade, daí a ideia do moliate", contextualiza Eduardo.
A cabina vai alterar a estrutura do barco. Uma empresa de Lisboa efectuou o projecto de estabilidade da nova embarcação que manterá, todavia, uma série de características tradicionais, como as cores, os desenhos, as legendas e o comprimento. O moliate medirá cerca de 15 metros, mas será mais largo. Terá quatro metros. O moliceiro tem cerca de 2,60 metros. "Ficará equipado com beliches e outras estruturas de apoio, podendo acolher até 10 pessoas", avança Eduardo Costa.
A decoração interior, bem como o design do moliate, deverá ficar a cargo do estilista Miguel Vieira, um aveirense do norte do distrito, que já fez um primeiro esboço do barco. Miguel Vieira não quer, para já, apresentar a primeira imagem, pois poderá não ser a definitiva.
O moliate poderá vir a ser feito em fibra de vidro, mas o primeiro será feito em madeira, tal como os moliceiros, e já tem destinatário(s). "Um grupo de directores vai comprar o primeiro", revela o presidente. O moliceiro cabinado custará "entre 35 e 50 mil euros", estima o director, que espera ver ainda este ano o primeiro moliate na ria de Aveiro.
A associação espera construir quatro moliates por ano, devendo, para isso, contratar mais dois mestres de carpintaria. Do estaleiro da Murtosa sairá a embarcação que "permitirá aos amantes do moliceiro gozar a ria com todo o conforto", conclui Eduardo Costa. («JN»)
"Isto não significa o fim do moliceiro tradicional", frisa Eduardo Costa, o novo presidente da AARBM, uma instituição sediada na Murtosa. "Os nossos estaleiros vão continuar a fazer moliceiros, mas para isso é necessário que haja encomendas", lembra. O que não aconteceu o ano passado. O único estaleiro que constrói moliceiros apenas reconstruiu embarcações em 2005. "Perto de meia centena, mas nenhum novo", confirma o responsável da associação.
A Câmara de Aveiro, e também a de Ovar, têm sido os principais impulsionadores da produção de moliceiros, "mas não chega", diz Eduardo Costa. "É necessário que as restantes autarquias da região e a própria Associação de Municípios da Ria digam o que querem para o barco histórico. Temos a estrutura montada, só falta quem garanta a sustentabilidade do ex-libris", refere o presidente.
É neste quadro de marasmo que surge a ideia de avançar com o projecto de um moliceiro com cabina, à imagem de outras embarcações tradicionais europeias que se actualizaram em termos de conforto, navegando ao encontro das necessidades do mercado. "O moliceiro não tem condições para se passar muitas horas na ria, não só pelo desconforto, mas também devido à navegabilidade, daí a ideia do moliate", contextualiza Eduardo.
A cabina vai alterar a estrutura do barco. Uma empresa de Lisboa efectuou o projecto de estabilidade da nova embarcação que manterá, todavia, uma série de características tradicionais, como as cores, os desenhos, as legendas e o comprimento. O moliate medirá cerca de 15 metros, mas será mais largo. Terá quatro metros. O moliceiro tem cerca de 2,60 metros. "Ficará equipado com beliches e outras estruturas de apoio, podendo acolher até 10 pessoas", avança Eduardo Costa.
A decoração interior, bem como o design do moliate, deverá ficar a cargo do estilista Miguel Vieira, um aveirense do norte do distrito, que já fez um primeiro esboço do barco. Miguel Vieira não quer, para já, apresentar a primeira imagem, pois poderá não ser a definitiva.
O moliate poderá vir a ser feito em fibra de vidro, mas o primeiro será feito em madeira, tal como os moliceiros, e já tem destinatário(s). "Um grupo de directores vai comprar o primeiro", revela o presidente. O moliceiro cabinado custará "entre 35 e 50 mil euros", estima o director, que espera ver ainda este ano o primeiro moliate na ria de Aveiro.
A associação espera construir quatro moliates por ano, devendo, para isso, contratar mais dois mestres de carpintaria. Do estaleiro da Murtosa sairá a embarcação que "permitirá aos amantes do moliceiro gozar a ria com todo o conforto", conclui Eduardo Costa. («JN»)
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Ovar na BTL 2006
Que vergonha...melhor dizendo, que decepção. Para ser sincero, não tenho palavras para descrever o que vi, de tão mau que era.
Na verdade, não esperava que o Stand da «Rota da Luz», onde a região de Ovar está inserida, que esteve presente na edição da BTL'06 (Bolsa de Turismo de Lisboa), estivesse tão mal. Acho que foi o pior dos últimos anos. Antes de relatar o que vi a todos aqueles que não tiveram a oportunidade de se deslocarem até Lisboa para assistirem a esta Feira relacionada com o sector do Turismo e Hotelaria, gostaria de lançar algumas questões ao Sr. Presidente da Camara Municipal de Ovar, que apoiou o actual Presidente da Rota da Luz nas últimas eleições.
- Sr. Presidente, não acha que deveríamos ter outro reconhecimento neste organismo, uma vez que o senhor apoiou o candidato que ganhou a presidência?
- Não acha que devemos deixar, em algumas ocasiões, a cor do partido de lado, e apoiar as pessoas da nossa região para que, de uma vez por todas, Ovar seja reconhecido e valorizado pelo rico património cultural e artístico que possui, dando-se a conhecer através deste veículo?
- Já reflectiu que o Turismo poderá ser a tábua de salvação da região de Ovar, uma vez que a indústria está a desaparecer, e não existem investidores que queiram fixar-se por cá ?
Pois é, caros leitores. Todos os anos participo na BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa), como Profissional do ramo e fico «revoltado» e triste, porque a nossa região não é divulgada como deveria de ser. Este ano, como disse no inicio deste artigo, foi o pior Stand de todos os tempos: imagens antigas, sem animação, espaço pequeno sem visibilidade alguma (muito escondido) e o que é mais crasso, não existiam brochuras turísticas da cidade de Ovar ou da região de Ovar. A única existente era a do Hotel «Meia Lua».
Pergunto a quem de direito, se vale a pena continuar a sustentar organismos que apenas se preocupam com o seu próprio umbigo? Não acham que deveríamos copiar os bons exemplos, como são os casos de Santa Maria da Feira, e este ano, a agradável surpresa que constituiu o caso de Ílhavo, que desde já felicito pela inovação e pelo bom gosto, e que teve em conta as mais valias da região (casas tipicas da Costa Nova, o Farol da Barra, etc, etc...)
Ovar tem três excelentes cartazes turísticos; Carnaval, Sol e Praia e a Semana Santa (Procissões), que mais uma vez não foram dados a conhecer aos milhares de visitantes que por ali apareceram. Noutros Stands, exsitia animação (escolas de samba a desfilar pelos pavilhões), dava-se a conhecer a gastronomia, as festividades e tradições locais, e «nós» a ver os outros a crescerem, a desenvolverem-se e a cativarem a atenção dos milhares de visitantes que por ali passavam. Tive a oportunidade de conversar com três responsáveis hoteleiros da região, que também estavam na Feira, e todos foram unânimes em dizer que nada se faz, nada se incentiva, que miséria...
Permita-me que faça aqui e agora um pequeno comentário discordante das palavras proferidas por V. Exa. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Ovar, aquando do debate aberto com os restantes candidatos para as autárquicas, que a BTL não era interessante nem um veiculo de captação de turistas...
Contrariamente ao que o Sr. afirmou, a BTL é a feira mais importante no ramo do turismo e da hotelaria em Portugal e uma das mais importantes da Europa. Poderia ser, sem dúvida, uma forma de promover a nossa região, onde se fazem excelentes contactos com operadores turísticos estrangeiros e nacionais, para que estes coloquem Ovar na sua programação.
Chega, de uma vez por todas, de estarmos inseridos num organismo que não nos favorece em nada e nem promove o que de facto a região de Ovar é na verdade, e o que poderá ser caso as entidades que estão à frente da nossa cidade e região se mentalizem que a solução dos problemas principais é a aposta no Turismo e nos recursos naturais e culturais que possuímos.
Para terminar, deixo aqui um apelo. Desvinculem-se da Rota da Luz, criem uma Sociedade de Turismo (com gestão privada, como se de uma PME se tratasse) e tenho a certeza absoluta que Ovar será reconhecida, a nivel nacional e internacional, entrando no caminho certo para o AMANHÃ. Temos que estar no pelotão da frente e não continuar a ser meros espectadores a ver a corrida a passar...
Leitor devidamente identificado
Que vergonha...melhor dizendo, que decepção. Para ser sincero, não tenho palavras para descrever o que vi, de tão mau que era.
Na verdade, não esperava que o Stand da «Rota da Luz», onde a região de Ovar está inserida, que esteve presente na edição da BTL'06 (Bolsa de Turismo de Lisboa), estivesse tão mal. Acho que foi o pior dos últimos anos. Antes de relatar o que vi a todos aqueles que não tiveram a oportunidade de se deslocarem até Lisboa para assistirem a esta Feira relacionada com o sector do Turismo e Hotelaria, gostaria de lançar algumas questões ao Sr. Presidente da Camara Municipal de Ovar, que apoiou o actual Presidente da Rota da Luz nas últimas eleições.
- Sr. Presidente, não acha que deveríamos ter outro reconhecimento neste organismo, uma vez que o senhor apoiou o candidato que ganhou a presidência?
- Não acha que devemos deixar, em algumas ocasiões, a cor do partido de lado, e apoiar as pessoas da nossa região para que, de uma vez por todas, Ovar seja reconhecido e valorizado pelo rico património cultural e artístico que possui, dando-se a conhecer através deste veículo?
- Já reflectiu que o Turismo poderá ser a tábua de salvação da região de Ovar, uma vez que a indústria está a desaparecer, e não existem investidores que queiram fixar-se por cá ?
Pois é, caros leitores. Todos os anos participo na BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa), como Profissional do ramo e fico «revoltado» e triste, porque a nossa região não é divulgada como deveria de ser. Este ano, como disse no inicio deste artigo, foi o pior Stand de todos os tempos: imagens antigas, sem animação, espaço pequeno sem visibilidade alguma (muito escondido) e o que é mais crasso, não existiam brochuras turísticas da cidade de Ovar ou da região de Ovar. A única existente era a do Hotel «Meia Lua».
Pergunto a quem de direito, se vale a pena continuar a sustentar organismos que apenas se preocupam com o seu próprio umbigo? Não acham que deveríamos copiar os bons exemplos, como são os casos de Santa Maria da Feira, e este ano, a agradável surpresa que constituiu o caso de Ílhavo, que desde já felicito pela inovação e pelo bom gosto, e que teve em conta as mais valias da região (casas tipicas da Costa Nova, o Farol da Barra, etc, etc...)
Ovar tem três excelentes cartazes turísticos; Carnaval, Sol e Praia e a Semana Santa (Procissões), que mais uma vez não foram dados a conhecer aos milhares de visitantes que por ali apareceram. Noutros Stands, exsitia animação (escolas de samba a desfilar pelos pavilhões), dava-se a conhecer a gastronomia, as festividades e tradições locais, e «nós» a ver os outros a crescerem, a desenvolverem-se e a cativarem a atenção dos milhares de visitantes que por ali passavam. Tive a oportunidade de conversar com três responsáveis hoteleiros da região, que também estavam na Feira, e todos foram unânimes em dizer que nada se faz, nada se incentiva, que miséria...
Permita-me que faça aqui e agora um pequeno comentário discordante das palavras proferidas por V. Exa. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Ovar, aquando do debate aberto com os restantes candidatos para as autárquicas, que a BTL não era interessante nem um veiculo de captação de turistas...
Contrariamente ao que o Sr. afirmou, a BTL é a feira mais importante no ramo do turismo e da hotelaria em Portugal e uma das mais importantes da Europa. Poderia ser, sem dúvida, uma forma de promover a nossa região, onde se fazem excelentes contactos com operadores turísticos estrangeiros e nacionais, para que estes coloquem Ovar na sua programação.
Chega, de uma vez por todas, de estarmos inseridos num organismo que não nos favorece em nada e nem promove o que de facto a região de Ovar é na verdade, e o que poderá ser caso as entidades que estão à frente da nossa cidade e região se mentalizem que a solução dos problemas principais é a aposta no Turismo e nos recursos naturais e culturais que possuímos.
Para terminar, deixo aqui um apelo. Desvinculem-se da Rota da Luz, criem uma Sociedade de Turismo (com gestão privada, como se de uma PME se tratasse) e tenho a certeza absoluta que Ovar será reconhecida, a nivel nacional e internacional, entrando no caminho certo para o AMANHÃ. Temos que estar no pelotão da frente e não continuar a ser meros espectadores a ver a corrida a passar...
Leitor devidamente identificado
Centenário do nascimento de Agostinho da Silva
Celebrações nacionais arrancam hoje
As comemorações do centenário do nascimento de Agostinho da Silva, pensador que continua controverso e enigmático, arrancam hoj e no Centro Cultural de Belém com o patrocínio da Ministra da Cultura, Isabel Pi res de Lima.
As celebrações incluem colóquios, exposições, publicação de livros a ed ição de um selo comemorativo, a abertura da cátedra "Agostinho da Silva" na Univ ersidade de Brasília e o baptismo de um avião da TAP com o seu nome.
As iniciativas resultam de uma parceria dos governos de Portugal e do B rasil (onde o escritor esteve exilado) e a Associação Agostinho da Silva e inclu em a projecção do documentário "Agostinho da Silva:um Pensamento Vivo" e a inaug uração da mostra "Agostinho da Silva:Pensamento e Acção" em cidades portuguesas e estrangeiras.
A efeméride revela que o pensador e pedagogo continua uma figura contro versa e enigmática, mesmo para os que com ele privaram.
Reconhecendo que a sua personalidade sempre o intrigou, o ensaísta Edua rdo Lourenço afirmou que "não era parecido com ninguém, excepto com ele próprio" e lamentou que a sua obra ainda esteja "pouco estudada".
Por seu lado, o escritor Fernando Dacosta afirmou à Lusa que se vive "u m tempo anti-Agostinho da Silva", pois "a sua filosofia e utopia" não têm eco ju nto dos governantes, apesar de Agostinho ter sido uma figura de "grande lucidez" .
Quanto a Nuno Nabais, professor de Filosofia em Lisboa, assegurou que " não existe um `pensamento Agostinho da Silva'" e disse acreditar que o pensador "estaria a rir-se, ao ver-se objecto de comemorações oficiais".
O escritor Baptista-Bastos, por seu lado, declarou à Lusa que Agostinho da Silva - "um grande museu clássico com um perfume de modernidade" - represent a "uma grande dose de utopia, de quimera e de esperança nas infinitas possibilid ades do Homem".
O filósofo e pedagogo Agostinho da Silva nasceu no Porto a 13 de Fevere iro de 1906, esteve preso no Aljube devido a polémicas com o Estado Novo e a Igr eja e optou por se exilar no Brasil, onde co-fundou as universidades federais de Paraíba e Santa Catarina e a Universidade de Brasília.
Quando morreu, em Lisboa, a 03 de Abril de 1994, Agostinho da Silva dei xou uma obra vastíssima que inclui textos pedagógicos, ensaios filosóficos, nove las, artigos, poemas, estudos sobre História e cultura e as suas reflexões sobre a religião.
Celebrações nacionais arrancam hoje
As comemorações do centenário do nascimento de Agostinho da Silva, pensador que continua controverso e enigmático, arrancam hoj e no Centro Cultural de Belém com o patrocínio da Ministra da Cultura, Isabel Pi res de Lima.
As celebrações incluem colóquios, exposições, publicação de livros a ed ição de um selo comemorativo, a abertura da cátedra "Agostinho da Silva" na Univ ersidade de Brasília e o baptismo de um avião da TAP com o seu nome.
As iniciativas resultam de uma parceria dos governos de Portugal e do B rasil (onde o escritor esteve exilado) e a Associação Agostinho da Silva e inclu em a projecção do documentário "Agostinho da Silva:um Pensamento Vivo" e a inaug uração da mostra "Agostinho da Silva:Pensamento e Acção" em cidades portuguesas e estrangeiras.
A efeméride revela que o pensador e pedagogo continua uma figura contro versa e enigmática, mesmo para os que com ele privaram.
Reconhecendo que a sua personalidade sempre o intrigou, o ensaísta Edua rdo Lourenço afirmou que "não era parecido com ninguém, excepto com ele próprio" e lamentou que a sua obra ainda esteja "pouco estudada".
Por seu lado, o escritor Fernando Dacosta afirmou à Lusa que se vive "u m tempo anti-Agostinho da Silva", pois "a sua filosofia e utopia" não têm eco ju nto dos governantes, apesar de Agostinho ter sido uma figura de "grande lucidez" .
Quanto a Nuno Nabais, professor de Filosofia em Lisboa, assegurou que " não existe um `pensamento Agostinho da Silva'" e disse acreditar que o pensador "estaria a rir-se, ao ver-se objecto de comemorações oficiais".
O escritor Baptista-Bastos, por seu lado, declarou à Lusa que Agostinho da Silva - "um grande museu clássico com um perfume de modernidade" - represent a "uma grande dose de utopia, de quimera e de esperança nas infinitas possibilid ades do Homem".
O filósofo e pedagogo Agostinho da Silva nasceu no Porto a 13 de Fevere iro de 1906, esteve preso no Aljube devido a polémicas com o Estado Novo e a Igr eja e optou por se exilar no Brasil, onde co-fundou as universidades federais de Paraíba e Santa Catarina e a Universidade de Brasília.
Quando morreu, em Lisboa, a 03 de Abril de 1994, Agostinho da Silva dei xou uma obra vastíssima que inclui textos pedagógicos, ensaios filosóficos, nove las, artigos, poemas, estudos sobre História e cultura e as suas reflexões sobre a religião.
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UM D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4
4R314.
3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35,
P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3
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0U7R0 C4573L0.
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MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4
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53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3
C4R1NH0.
0 R3570 3 F3170 D3 4R314.
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0 R3570 3 F3170 D3 4R314.
domingo, fevereiro 12, 2006
Maomé/Caricaturas
Manifesto na Internet a favor
da liberdade expressão Ocidente
Um manifesto em defesa da liberdade de imprensa no Ocidente está a circular na Internet, com o objectivo de recolher assinaturas, sendo destinatários finais o ministro dos Negócios Estrangeiros português e o embaixador da Dinamarca em Portugal.
O professor universitário de Coimbra Rui Bebiano, um dos promotores do manifesto, explicou hoje que o documento representa "a recusa na cedência da liberdade de expressão nos países ocidentais", a propósito das reacções violentas dos muçulmanos à publicação de um conjunto de "cartoons" satíricos de Maomé.
O jornal dinamarquês "Jyllands-Posten" publicou a 30 de Setembro do ano transacto 12 caricaturas do profeta Maomé - incluindo uma em que é representado com um turbante em forma de bomba -, reproduzidas a 10 de Janeiro por um jornal norueguês e depois por vários "media" noutros países europeus, fazendo eclodir uma onda de violência em alguns países islâmicos, tendo como alvo principal instalações diplomáticas da Dinamarca.
"Um ódio que se assemelha a algo de irracional, inflamado nas multidões de rua, transformando-se assim na representação de uma vaga de barbárie", refere-se no manifesto, intitulado "Como uma liberdade" e que teve também como promotor o estudante universitário do Porto Tiago Barbosa Ribeiro.
"Numa democracia, as opiniões só existem na medida em que existe igualmente liberdade para as exprimir, divergir e criticar", lê- se no documento, que já recolheu cerca de mil assinaturas via correio electrónico.
"Em cada momento histórico, há um determinado universo de valores que só é dominante porque os sujeitos sociais os partilham de uma forma comum e plural. Em regimes autoritários, esse consenso é forçado por via de uma estrutura repressiva que se impõe aos cidadãos.
Na generalidade dos países islâmicos, uma religião é aliada desse aparelho coercivo", acusa-se no texto.
"Plasmando-se ao poder político" - acrescenta-se -, "as simbologias criadas por uma leitura dessa religião geram as próprias condições de reprodução do autoritarismo. Actualmente, a incapacidade de articulação de um discurso moderado no interior do Islão transforma essa realidade num cenário particularmente crítico".
Os promotores do manifesto consideram que "é absolutamente irrelevante se os 'cartoons' são ou não ofensivos, se são ou não 'despropositados", alegando que "todos os dias" surgem na imprensa "opiniões ofensivas e/ou despropositadas".
Rui Bebiano admitiu que "alguns dos 'cartoons' não são de particular bom gosto", mas realçou que "a liberdade de expressão não é discutível, é uma conquista do mundo ocidental, da qual não se pode abdicar, nem colocar em causa".
"(Ó) Ainda se justifica uma violência cega como legítima reacção à 'blasfémia'. Quem o faz, aceita regredir na capacidade de afirmar o princípio da diferença como o princípio inalienável da realização individual, seja ela minoritária ou não na sociedade em que se insere. Daí a separação formal entre Estado e igrejas nos países democráticos (Ó)", refere-se igualmente no manifesto.
Tiago Barbosa Ribeiro, que foi quem teve a ideia da iniciativa, e Rui Bebiano consideram que "os apelos de governos europeus para a 'responsabilidade' no uso da liberdade de expressão são a metáfora de um complexo de culpa em relação a algum passado histórico do Ocidente que não pode ser esquecido", vincando que "qualquer vírgula colocada na liberdade de imprensa será um silêncio a mais".
O manifesto está a ser subscrito por cidadãos e cidadãs com percursos distintos e filiações políticas muito diversas, à esquerda e à direita, com ou sem religião.
"Em comum têm a recusa na cedência de um conjunto de princípios que, no seu entender, poderão traduzir parte do património civilizacional ocidental. A começar pela liberdade de expressão, que pode e deve ser um valor universal", realçou Rui Bebiano.
Joaquim Vieira, Augusto Seabra, Pacheco Pereira, Inês Pedrosa, Saldanha Sanches, Paulo Pedroso, Mário de Carvalho, Jacinto Lucas Pires, Vasco Graça Moura, António Manuel Ribeiro, Maria Irene Ramalho, Teresa Almeida Garrett, José Manuel Pureza e Mário de Oliveira são algumas das personalidades que já subscreveram o manifesto.
O documento será entregue em princípio na próxima terça-feira ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, e ao embaixador da Dinamarca em Portugal, esperando os promotores da iniciativa que o número de subscritores ultrapasse os 1.500.
Manifesto na Internet a favor
da liberdade expressão Ocidente
Um manifesto em defesa da liberdade de imprensa no Ocidente está a circular na Internet, com o objectivo de recolher assinaturas, sendo destinatários finais o ministro dos Negócios Estrangeiros português e o embaixador da Dinamarca em Portugal.
O professor universitário de Coimbra Rui Bebiano, um dos promotores do manifesto, explicou hoje que o documento representa "a recusa na cedência da liberdade de expressão nos países ocidentais", a propósito das reacções violentas dos muçulmanos à publicação de um conjunto de "cartoons" satíricos de Maomé.
O jornal dinamarquês "Jyllands-Posten" publicou a 30 de Setembro do ano transacto 12 caricaturas do profeta Maomé - incluindo uma em que é representado com um turbante em forma de bomba -, reproduzidas a 10 de Janeiro por um jornal norueguês e depois por vários "media" noutros países europeus, fazendo eclodir uma onda de violência em alguns países islâmicos, tendo como alvo principal instalações diplomáticas da Dinamarca.
"Um ódio que se assemelha a algo de irracional, inflamado nas multidões de rua, transformando-se assim na representação de uma vaga de barbárie", refere-se no manifesto, intitulado "Como uma liberdade" e que teve também como promotor o estudante universitário do Porto Tiago Barbosa Ribeiro.
"Numa democracia, as opiniões só existem na medida em que existe igualmente liberdade para as exprimir, divergir e criticar", lê- se no documento, que já recolheu cerca de mil assinaturas via correio electrónico.
"Em cada momento histórico, há um determinado universo de valores que só é dominante porque os sujeitos sociais os partilham de uma forma comum e plural. Em regimes autoritários, esse consenso é forçado por via de uma estrutura repressiva que se impõe aos cidadãos.
Na generalidade dos países islâmicos, uma religião é aliada desse aparelho coercivo", acusa-se no texto.
"Plasmando-se ao poder político" - acrescenta-se -, "as simbologias criadas por uma leitura dessa religião geram as próprias condições de reprodução do autoritarismo. Actualmente, a incapacidade de articulação de um discurso moderado no interior do Islão transforma essa realidade num cenário particularmente crítico".
Os promotores do manifesto consideram que "é absolutamente irrelevante se os 'cartoons' são ou não ofensivos, se são ou não 'despropositados", alegando que "todos os dias" surgem na imprensa "opiniões ofensivas e/ou despropositadas".
Rui Bebiano admitiu que "alguns dos 'cartoons' não são de particular bom gosto", mas realçou que "a liberdade de expressão não é discutível, é uma conquista do mundo ocidental, da qual não se pode abdicar, nem colocar em causa".
"(Ó) Ainda se justifica uma violência cega como legítima reacção à 'blasfémia'. Quem o faz, aceita regredir na capacidade de afirmar o princípio da diferença como o princípio inalienável da realização individual, seja ela minoritária ou não na sociedade em que se insere. Daí a separação formal entre Estado e igrejas nos países democráticos (Ó)", refere-se igualmente no manifesto.
Tiago Barbosa Ribeiro, que foi quem teve a ideia da iniciativa, e Rui Bebiano consideram que "os apelos de governos europeus para a 'responsabilidade' no uso da liberdade de expressão são a metáfora de um complexo de culpa em relação a algum passado histórico do Ocidente que não pode ser esquecido", vincando que "qualquer vírgula colocada na liberdade de imprensa será um silêncio a mais".
O manifesto está a ser subscrito por cidadãos e cidadãs com percursos distintos e filiações políticas muito diversas, à esquerda e à direita, com ou sem religião.
"Em comum têm a recusa na cedência de um conjunto de princípios que, no seu entender, poderão traduzir parte do património civilizacional ocidental. A começar pela liberdade de expressão, que pode e deve ser um valor universal", realçou Rui Bebiano.
Joaquim Vieira, Augusto Seabra, Pacheco Pereira, Inês Pedrosa, Saldanha Sanches, Paulo Pedroso, Mário de Carvalho, Jacinto Lucas Pires, Vasco Graça Moura, António Manuel Ribeiro, Maria Irene Ramalho, Teresa Almeida Garrett, José Manuel Pureza e Mário de Oliveira são algumas das personalidades que já subscreveram o manifesto.
O documento será entregue em princípio na próxima terça-feira ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, e ao embaixador da Dinamarca em Portugal, esperando os promotores da iniciativa que o número de subscritores ultrapasse os 1.500.
sábado, fevereiro 11, 2006
Onde é que eu já vi isto?
Os Jogos Olímpicos de Inverno abriram ontem em Turim, em Itália, com uma cerimónia que culminou com o acender da pira olímpica. A cerimónia não ficou completa sem a "performance" de alpinistas que, por cima de uma orquestra, oscilaram até perfazer o símbolo da paz, juntos numa pomba desenhada com os seus corpos. (Foto: Julie Jacobson/AP/Público)
Os Jogos Olímpicos de Inverno abriram ontem em Turim, em Itália, com uma cerimónia que culminou com o acender da pira olímpica. A cerimónia não ficou completa sem a "performance" de alpinistas que, por cima de uma orquestra, oscilaram até perfazer o símbolo da paz, juntos numa pomba desenhada com os seus corpos. (Foto: Julie Jacobson/AP/Público)
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Vamos todos apoiar o Aliança
O Aliança precisa do apoio forte e potente dos vareiros para ultrapassar o difícil oponente de amanhã. O jogo com a equipa do S. Mamede é fundamental para as aspirações dos voleibolistas de Ovar, no sentido de se manterem entre os primeiros da 2.ª Divisão Nacional.
Por isso, amanhã, às 18 horas, no Pavilhão da Esc. Sec. JD, COMPARECE e apoia a nossa equipa! Todos seremos poucos! Quem quiser pode ir fantasiado!
Por isso, amanhã, às 18 horas, no Pavilhão da Esc. Sec. JD, COMPARECE e apoia a nossa equipa! Todos seremos poucos! Quem quiser pode ir fantasiado!
Fanatismo e manipulação
Acabo de chegar de uma curta deslocação de três dia a um país mulçumano. É tarde, estou cansado, mas queria deixar a quente duas ou três coisas.
1. Sinto VERGONHA, muita vergonha pelo comunicado divulgado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros sobre o caso dos cartoons. O que quer Freitas do Amaral? Ser secretário-geral da ONU, já que os portugueses não o querem para PR? O comunicado é idiota, o tom em que está escrito é indigente. E não há tacticismo geo-político que o justifique.
2. Os cartoons foram publicados em Setembro.SETEMBRO!
3. A "fúria" muçulmana estourou só agora porquê? Terá alguma coisa a ver com o facto de alguns religiosos terem andado de país em país a incendiar os ânimos? Terá alguma coisa a ver com a vitória do Hamas na Palestina? Com o endurecimento da posição do Irão, cujo presidente nega a existência do Holocausto e promete varrer Israel do mapa?
4. Os muçulmanos que incendeiam embaixadas, queimam bandeiras da Dinamarca, assassinam padres católicos viram os cartoons? Não, claro. Convém não esquecer que o editor do jornal jordano que publicou parte dos cartoons (gesto único no mundo árabe) foi primeiro despedido e depois preso. Já agora: os que condenaram Salman Rushdie à morte por causa dos Versículos Satânicos leram ao menos o livro? E será que se sentem responsáveis pelo ódio que a sua atitude causou e que acabou em pelo menos duas tentativas de assassinato de tradutores da obra, uma bem sucedida?
5. Os cartoons desrespeitam o profeta e são produto da dissolução de costumes própria do Ocidente? Então o que dizer das centenas de cartoons publicados todos os anos em jornais de lingua árabe em que os judeus são retratados de uma forma humilhante? Em que são comparados a animais (a porcos, invariavelmente). Freitas do Amaral nunca os viu? Nunca existiram? São ficção?
6. Quem é esta gente que protesta nas ruas? Será a mesma gente que as câmaras das televisões captaram a celebrar os atentados de 11 de Setembro e de 11 de Março?
7. Porque é que quando extremistas se fazem explodir num autocarro em Londres ou em Telavive estas boas almas muçulmanas não vêm para a rua protestar contra a violência? Caricaturar o profeta é um crime inominável, mas espalhar a morte e o terror não?
É tarde, estou cansado, não quero ir longe de mais. Só quero dizer que há escolher com lucidez o lado da barricada. Com lucidez e bom senso, para evitar fanatismos também deste lado.Mas a tolerância não deve ser confundida com fraqueza. O politicamente correcto não deve retirar-nos discernimento. O Ocidente não tem as mãos limpas, nem é bacteriologicamente puro. E o tempo das Cruzadas acabou. Mas há que perceber isto: o Islão (ou pelo menos os seus líderes) estão em guerra com o mundo. Com o nosso mundo. Pessoalmente, prefiro eventuais excessos de liberdade à censura e à tirania.
Rui Baptista, in «Amor-e-ócio»
Acabo de chegar de uma curta deslocação de três dia a um país mulçumano. É tarde, estou cansado, mas queria deixar a quente duas ou três coisas.
1. Sinto VERGONHA, muita vergonha pelo comunicado divulgado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros sobre o caso dos cartoons. O que quer Freitas do Amaral? Ser secretário-geral da ONU, já que os portugueses não o querem para PR? O comunicado é idiota, o tom em que está escrito é indigente. E não há tacticismo geo-político que o justifique.
2. Os cartoons foram publicados em Setembro.SETEMBRO!
3. A "fúria" muçulmana estourou só agora porquê? Terá alguma coisa a ver com o facto de alguns religiosos terem andado de país em país a incendiar os ânimos? Terá alguma coisa a ver com a vitória do Hamas na Palestina? Com o endurecimento da posição do Irão, cujo presidente nega a existência do Holocausto e promete varrer Israel do mapa?
4. Os muçulmanos que incendeiam embaixadas, queimam bandeiras da Dinamarca, assassinam padres católicos viram os cartoons? Não, claro. Convém não esquecer que o editor do jornal jordano que publicou parte dos cartoons (gesto único no mundo árabe) foi primeiro despedido e depois preso. Já agora: os que condenaram Salman Rushdie à morte por causa dos Versículos Satânicos leram ao menos o livro? E será que se sentem responsáveis pelo ódio que a sua atitude causou e que acabou em pelo menos duas tentativas de assassinato de tradutores da obra, uma bem sucedida?
5. Os cartoons desrespeitam o profeta e são produto da dissolução de costumes própria do Ocidente? Então o que dizer das centenas de cartoons publicados todos os anos em jornais de lingua árabe em que os judeus são retratados de uma forma humilhante? Em que são comparados a animais (a porcos, invariavelmente). Freitas do Amaral nunca os viu? Nunca existiram? São ficção?
6. Quem é esta gente que protesta nas ruas? Será a mesma gente que as câmaras das televisões captaram a celebrar os atentados de 11 de Setembro e de 11 de Março?
7. Porque é que quando extremistas se fazem explodir num autocarro em Londres ou em Telavive estas boas almas muçulmanas não vêm para a rua protestar contra a violência? Caricaturar o profeta é um crime inominável, mas espalhar a morte e o terror não?
É tarde, estou cansado, não quero ir longe de mais. Só quero dizer que há escolher com lucidez o lado da barricada. Com lucidez e bom senso, para evitar fanatismos também deste lado.Mas a tolerância não deve ser confundida com fraqueza. O politicamente correcto não deve retirar-nos discernimento. O Ocidente não tem as mãos limpas, nem é bacteriologicamente puro. E o tempo das Cruzadas acabou. Mas há que perceber isto: o Islão (ou pelo menos os seus líderes) estão em guerra com o mundo. Com o nosso mundo. Pessoalmente, prefiro eventuais excessos de liberdade à censura e à tirania.
Rui Baptista, in «Amor-e-ócio»
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Anjos e Demónios
Um jogo de basquetebol entre diabos e anjos é uma boa ideia e a colocação de um trampolim à entrada do «garrafão» fez o resto.
Estávamos em 2003 e o grupo era o dos Zuzucas.
Numa altura em que um grupo do carnaval de Estarreja vai importar a ideia encontrada para voar para o cesto, a «Grafonola» do «NdO» toca agora um excerto da banda sonora dos Zuzucas desse ano.
Um jogo de basquetebol entre diabos e anjos é uma boa ideia e a colocação de um trampolim à entrada do «garrafão» fez o resto.
Estávamos em 2003 e o grupo era o dos Zuzucas.
Numa altura em que um grupo do carnaval de Estarreja vai importar a ideia encontrada para voar para o cesto, a «Grafonola» do «NdO» toca agora um excerto da banda sonora dos Zuzucas desse ano.
Europeu de sub21 joga-se em Aveiro e Águeda
Selecções ficam pelas redondezas
O resultado do sorteio que formou grupo B a disputar nos estádios de Aveiro e Águeda juntou as selecções de Itália, Dinamarca, Ucrânia e Holanda. O acolhimento das selecções está distribuído da seguinte forma: Itália (Hotel de Ílhavo / estádio do Gafanha, a confirmar), Dinamarca (Hotel das Termas / estádio municipal de Anadia), Ucrânia (Hotel do Luso / centro de estágios do Luso), Holanda (Hotel de Estarreja / estádio do Avanca).
Dia 24 de Maio disputam-se os jogos Ucrânia-Holanda (Estádio Municipal de Águeda) e Itália-Dinamarca (Estádio Municipal de Aveiro).
A 26 de Maio jogam Dinamarca-Holanda, (Estádio Municipal de Aveiro) e Itália-Ucrânia (Estádio Municipal de Águeda).
E a 29 de Maio realizam-se os encontros Holanda-Itália (Estádio Municipal de Aveiro) e Dinamarca-Ucrânia (Estádio Municipal de Águeda).
Aveiro receberá ainda um jogo das meias finais que poderá envolver a selecção portuguesa se ficar em segundo no grupo A.
No encontro com a comunicação social hoje realizado tanto o treinador da Dinamarca como o coordenador técnico da Holanda foram unânimes em considerar as condições encontradas (alojamento e estádios) como excelentes.
Selecções ficam pelas redondezas
O resultado do sorteio que formou grupo B a disputar nos estádios de Aveiro e Águeda juntou as selecções de Itália, Dinamarca, Ucrânia e Holanda. O acolhimento das selecções está distribuído da seguinte forma: Itália (Hotel de Ílhavo / estádio do Gafanha, a confirmar), Dinamarca (Hotel das Termas / estádio municipal de Anadia), Ucrânia (Hotel do Luso / centro de estágios do Luso), Holanda (Hotel de Estarreja / estádio do Avanca).
Dia 24 de Maio disputam-se os jogos Ucrânia-Holanda (Estádio Municipal de Águeda) e Itália-Dinamarca (Estádio Municipal de Aveiro).
A 26 de Maio jogam Dinamarca-Holanda, (Estádio Municipal de Aveiro) e Itália-Ucrânia (Estádio Municipal de Águeda).
E a 29 de Maio realizam-se os encontros Holanda-Itália (Estádio Municipal de Aveiro) e Dinamarca-Ucrânia (Estádio Municipal de Águeda).
Aveiro receberá ainda um jogo das meias finais que poderá envolver a selecção portuguesa se ficar em segundo no grupo A.
No encontro com a comunicação social hoje realizado tanto o treinador da Dinamarca como o coordenador técnico da Holanda foram unânimes em considerar as condições encontradas (alojamento e estádios) como excelentes.
Depeche Mode - Touring the Angel
Pavilhão Atlântico, Lisboa, 8 de Fevereiro de 2006: Não há palavras.
Mais aqui.
Pavilhão Atlântico, Lisboa, 8 de Fevereiro de 2006: Não há palavras.
Mais aqui.
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Egas Moniz quer Centro de Ciência Viva
Um Centro de Ciência Viva é uma ideia da Câmara de Estarreja para a casa museu Egas Moniz em Avanca, segundo um esboço de projecto já entregue ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
O presidente da Câmara José Eduardo Matos disse, em declarações à Rádio Voz da Ria, que o Centro de Ciência, é um meio de «dar mais vida àquilo que é o seu legado».
A RVRIA também se refere à intenção de João Lobo Antunes escrever uma biografia do médico Egas Moniz e a execução do Centro de Documentação, integrado no Aveiro Digital.
Um Centro de Ciência Viva é uma ideia da Câmara de Estarreja para a casa museu Egas Moniz em Avanca, segundo um esboço de projecto já entregue ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
O presidente da Câmara José Eduardo Matos disse, em declarações à Rádio Voz da Ria, que o Centro de Ciência, é um meio de «dar mais vida àquilo que é o seu legado».
A RVRIA também se refere à intenção de João Lobo Antunes escrever uma biografia do médico Egas Moniz e a execução do Centro de Documentação, integrado no Aveiro Digital.
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