quinta-feira, dezembro 23, 2004

Mão amiga fez chegar o artigo publicado pelo «JN» no passado domingo:

Grupos de Carnaval vetam «celebridades»
Fundação decidiu voltar a apostar na prata da casa – Cinha Jardim e José Castelo Branco foram alguns dos nomes equacionados

A decisão é definitiva. Cinha Jardim, José Castelo Branco, Alexandre Frota e Ana Afonso não vão ser convidados a desfilar no corso do Carnaval de Ovar do próximo ano. A Fundação do Carnaval assim decidiu e garante que tal em nada se deveu à onda de prostestos que se fez ouvir por parte de alguns grupos que tinham mesmo ameaçado não participar no desfile caso a presença das «celebridades» se confirmasse. Estava em causa, diziam, a tradição do que é tantas vezes considerado como o maior Carnaval do país e cujos responsáveis se gabam de nunca precisar de recorrer a estrelas de fora para abrilhantar a festa, já que para isso basta a prata da casa.
Os protestos surpreenderam, no entanto, José Américo, presidente da Fundação, já que, em Outubro, quando foi equacionada a hipótese de convidar gente de fora para acompanhar as escolas de samba, verificou-se «uma clara abertura por parte de todos os que participaram nas reuniões» e foi dado o aval para começarem os contactos no sentido de auscultar agentes acerca dos custos financeiros que tal empreendimento implicaria.
Segundo José Américo foram ouvidas várias pessoas, além dos agentes das referidas celebridades, e até se equacionou a hipótese de Eusébio ser um dos convidados. Tudo ficou sem efeito a partir do momento em que a Fundação percebeu que nunca iria conseguir levar aquelas figuras públicas a Ovar a custo zero, pois não ficou garantido que haveria patrocinadores suficientes para arcar com as despesas.
Apesar da perspectiva ser muito boa em termos de bilheteira, o que iria permitir, caso não chovesse, angariar uma boa verba essencial à construção da tão ansiada Aldeia do Carnaval que irá permitir dar casa nova aos 23 grupos e escolas de samba de Ovar, o certo é que, segundo José Américo «verificou-se um sentimento geral de que ainda há que resistir à tentação de convidar figuras públicas que não sejam de Ovar».(«JN»)

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