quarta-feira, setembro 13, 2006

Passou por cá? Alguém viu?
Corrida termina em passo lento,
37 horas depois


Os últimos quilómetros da corrida da solidariedade "Unir para sorrir" foram marcados pela passada lenta do presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues. Organizada pelo Clube do Stress, esta prova dividida em 32 etapas - entre o Porto e Lisboa - tinha como objectivo a angariação de fundos para a aquisição de dez carrinhas adaptadas ao transporte de pessoas com deficiência. Pelo entusiasmo das centenas de pessoas que terminaram o percurso, a meta foi atingida.
Lado a lado com Carmona Rodrigues caminhou a secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz. "O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social quis estar presente nesta iniciativa, que aliou a prática desportiva a uma acção de solidariedade, numa perspectiva de inclusão", disse. "O desporto deve ser para todos, quer oiçam, vejam ou andem ou não", explicou.
Para o presidente da câmara, "Lisboa é solidária, sempre foi e deve continuar a ser". Por isso, a "grande adesão que houve à corrida em Lisboa e por todo o País" não o surpreendeu. Antes agradou: "Estes actos simbólicos são muito importantes."
Presente esteve também a Associação Portuguesa de Pais e Amigos dos Cidadãos com Deficiência Mental, de Santarém, que quis aplaudir "os muitos cidadãos anónimos que nada têm a ver com as pessoas com deficiência e que quiseram contribuir com o clube do stress".
Composto por pessoas dos mais variados quadrantes da sociedade, entre elas o primeiro-ministro, José Sócrates - que ontem iniciou a corrida no Porto -, este clube tem vindo, ao longo dos seus 25 anos de existência, a apoiar diversas instituições sociais sob o lema "Correr por quem não pode".
No ano em que comemora o seu 25.º aniversário, o clube apostou na organização desta corrida de solidariedade. Durante as 37 horas de corrida ininterrupta entre as duas cidades, os desportistas passam pelo Porto, Vila Nova de Gaia, Ovar, Aveiro, Coimbra, Pombal, Leiria, Santarém, Vila Franca de Xira e Lisboa, num percurso superior a 300 quilómetros. Apoiada institucionalmente pelas câmaras do Porto e Lisboa, terminou junto à Torre de Belém, muito para lá das 20.00 - como previsto -, devido a sucessivos atrasos na passagem de testemunho. («DN»)

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