sexta-feira, setembro 01, 2006

Liga de Basquetebol quer
baixar orçamento mínimo


A Liga de Clubes de Basquetebol (LCB) considera o orçamento mínimo exigido às equipas que participam na competição maior da modalidade em Portugal (300 mil euros, 90 mil contos) “desajustado à realidade económica de Portugal”, e em face disso, deseja baixar a fasquia, a curto prazo, para um valor na ordem dos 200 mil euros.
Em causa para essa intenção da LCB, estão as dificuldades sentidas, presentemente, por clubes como a Oliveirense, peso pesado da competição nacional, em conseguir arranjar os 300 mil euros de orçamento para se inscrever na Liga tendo em vista a sua participação na próxima época.
A formalização das inscrições de Queluz e Oliveirense são, por isso, para já, as grandes prioridades da Liga de Clubes, que, em última instância, terá de reformular os calendários delineados para a época 2006/2007.
O plano de competições prevê um campeonato profissional disputado por 10 equipas, incluindo o clube da Linha de Sintra e a formação de Oliveira de Azeméis, mas falta, ainda, confirmar a inscrição destes dois emblemas.
Apesar de não se mostrar muito preocupado com o impasse, o presidente da LCB, José Castel-Branco, reconhece que o caso da Oliveirense inspira “um pouco mais de cautelas”, pois a formação nortenha não conseguiu reunir o orçamento mínimo exigido.
“Os timings estão a terminar, mas acredito que a situação será resolvida e que teremos dez clubes a disputar o campeonato”, frisou o presidente da LCB, numa conferência de imprensa que serviu para apresentar o calendário da época 2006/2007.
Quanto ao Queluz, o problema parece ser menos complexo, pois falta apenas o parecer da LCB às alterações orgânicas do clube, que entregou a uma sociedade a gestão exclusiva do basquetebol profissional.
“Penso que merecerá um parecer positivo. O novo núcleo terá de assumir todas as responsabilidades do anterior, pois temos de salvaguardar os profissionais”, destacou José Castel-Branco, estimando que até meados de Setembro, o mais tardar, os dois casos estarão “definitivamente resolvidos”.
A situação mais complicada da Oliveirense reforçou a convicção do presidente da LCB em considerar o orçamento mínimo exigido “desajustado à realidade económica de Portugal” e, neste sentido, a anunciar que deseja baixar a fasquia a curto prazo para um valor na ordem dos 200 mil euros.
“A LCB foi criada com um quadro legislativo desajustado à nossa realidade.
Há um salto demasiado grande entre competições não-profissionais e profissionais. Só a redução das condições mínimas permitirá a criação de novos projectos”, defendeu.
Segundo José Castel-Branco, o basquetebol português sofreu recentemente “alguns ataques” que agravaram o panorama da modalidade: “o fim do subsídio às deslocações às ilhas, agora custeadas pelos clubes, e o facto de termos de pagar para o jogos serem televisionados são exemplos das novas dificuldades”.

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