sexta-feira, abril 07, 2006

Viseu
Sentença de mãe acusada de agredir
professora lida sexta-feira


O Tribunal de Viseu lê sexta-feira a sentença de uma mãe acusada de ter agredido a professora da filha dentro de uma sala da escola básica do primeiro ciclo de Repeses, em Setembro de 2000.
Segundo noticiou na altura o Diário Regional de Viseu, a mãe terá agredido a professora por esta "não ter afixado nenhum dos trabalhos da filha", que frequentava o primeiro ano de escolaridade, "preferindo os dos colegas", o que teria deixado a criança "traumatizada com a escola".
Dias antes da alegada agressão - acrescenta - a mesma criança teria urinado na sala de aula porque não conseguiu chegar a tempo à casa de banho.
O jornal refere que o pai da criança foi o primeiro a pedir explicações à professora, dirigindo-lhe "algumas palavras injuriosas".
Hora e meia depois "foi a vez de aparecer a mãe na sala de aula, dirigindo vários impropérios à professora e tentando, ao mesmo tempo, agredi-la com uma cadeira, o que não conseguiu".
"A professora, ao que parece, acabou por cair do estrado e terá sido agredida várias vezes com murros e pontapés pela mãe da criança, que a pisou e puxou os cabelos", acrescenta.
O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) apoiou a professora neste processo.
O dirigente sindical Francisco Almeida disse à agência Lusa que, numa altura em que se fala tanto de violência contra os professores, caso a mãe seja punida este caso "servirá de exemplo".
"Não é legítimo agredir um qualquer cidadão, muito menos um professor no exercício das suas funções. A sentença poderá ter um efeito disciplinador", considerou.
Nos últimos tempos foram conhecidos vários casos de violência contra os professores, nomeadamente em Ovar, Lisboa e Braga.
Francisco Almeida alertou para os casos de indisciplina nas escolas, nomeadamente nas aulas de substituição, "onde colocam os alunos com professores que não conhecem, em aulas que não são as que deveriam ter, transferindo a indisciplina do recreio para dentro da sala de aulas".
"Mais do que a via judicial, estes casos de violência combatem- se com melhores condições de funcionamento das escolas, tornando-as mais interessantes para os alunos", defendeu.

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