Deputado ovarense eleito na AR
E Armando França faltou ou não?
O «Diário de Aveiro» tentou mas não foi possível saber, com certeza, entre os deputados eleitos pelo círculo de Aveiro, quem participou ou não nas polémicas votações que ficaram por fazer, anteontem, na Assembleia da República.
Dados seguros são alguns, entre os que votaram e não votaram. Foram eleitos pelo círculo de Aveiro, oito deputados do PS, seis do PSD e um do CDS-PP. Do PSD, Luís Montenegro, coordenador dos deputados social-democratas, disse ao Diário de Aveiro que votou, como terá acontecido com Hermínio Loureiro, Regina Bastos e José Manuel Ribeiro, uma situação que não foi possível confirmar dada a impossibilidade de contacto, durante o dia de ontem, com estes deputados além de outros. Também não foi possível obter informações na Assembleia da República uma vez que os serviços se encontravam encerrados. Ainda pelo PSD, não terão votado Marques Mendes e Jorge Tadeu, sendo, no entanto, admitido entre os que faltaram à votação que se encontravam «em trabalho político». O coordenador justifica a dificuldade em saber se os deputados votaram ou não pelo facto de irem «entrando e saindo» ou outros serem «apanhados fora da sala» na hora da votação.
O único deputado do CDS-PP, Paulo Portas, não esteve no Parlamento durante o dia, e não terá votado. Contudo, o líder da bancada parlamentar do partido, Nuno Melo, disse que as faltas registadas foram justificadas.
No PS, o coordenador dos deputados, Costa Amorim, não recebeu de forma pacífica o contacto do Diário de Aveiro considerando a abordagem deste assunto «uma hipocrisia», acrescentando que não julga «nenhum colega». Entre os que não estiveram incluem-se os que «tem “n” coisas a fazer». Questionado se votou respondeu: «estive no plenário, quanto ao resto…». Além do trabalho de deputado, Costa Amorim é candidato à presidência da Distrital do PS e «não se monta uma estrutura da Federação, brincando».
O socialista Afonso Candal não participou na votação mas esteve «o dia todo e activamente, na Assembleia da República». Lembra que a hora das votações regimentais é às 18 horas o que não aconteceu na quarta-feira. Passava das 19 horas quando se votou no Parlamento e a essa hora Afonso Candal já estava a caminho de Sever do Vouga para uma sessão de esclarecimento, marcada para as 21.30 horas, no âmbito da sua candidatura à Federação na campanha que tem Costa Amorim como adversário.
Entre os que não terá votado, da bancada socialista, encontram-se ainda João Bernardo, Pedro Nuno Santos e Rosário Carneiro, ao contrário de Rosa Albernaz e Helena Terra, mantendo-se a dúvida de Armando França.
Podem ser justificadas, segundo o Estatuto dos Deputados, os casos de doença, casamento, maternidade e paternidade, luto, missão ou trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que o deputado pertence».
As faltas injustificadas podem ter um desconto de 1/20 ou 1/10 do vencimento ou a perda do mandato se for ultrapassado o limite de faltas.
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