Adeus seca!
Apenas 18 por cento do território nacional continuava em seca moderada no final de Março, segundo o relatório mensal de acompanhamento da situação, que prevê "estarem reunidas as condições para considerar 20 06 como um ano normal".
Face à melhoria da situação, este deverá ser o último relatório de acompanhamento transitório da situação de seca, mantendo-se em funcionamento dois gr upos de trabalho: um relativo ao funcionamento da Comissão de Gestão de Albufeir as e outro sobre a criação de um sistema de previsão e gestão de situações de se ca.
O relatório indica que os 18 por cento do território onde ainda persist e a seca se encontram em zonas onde as reservas de água estão repostas para asse gurar os principais serviços de abastecimento.
Março foi classificado como chuvoso a muito chuvoso em grande parte do território, excepto no Algarve, onde foi normal a chuvoso.
No Nordeste transmontano, "persiste alguma inquietação sobre as disponibilidades em algumas origens de água de abastecimento", apesar da evolução favor ável da maioria das albufeiras.
O documento frisa que "estão reunidas as condições para encarar a situação do abastecimento urbano aos municípios desta região com alguma segurança" desde que sejam aplicadas as acções previstas para assegurar o abastecimento às populações até que estejam concluídas soluções definitivas.
Os planos de acção dos concelhos em situação mais crítica contemplam medidas de uso eficiente da água, obras de emergência de captação e transporte de água por condutas de reforço das actuais origens, eliminação de fugas e usos indevidos.
Quanto ao armazenamento de albufeiras, as reservas de água estão genericamente acima dos valores médios para a época. Apenas a bacia hidrográfica das Ribeiras do Oeste se mantém muito abaixo da média.
Em termos de reservas de água subterrâneas, os níveis estabilizaram ou subiram, embora sejam ainda inferiores à média mensal dos anos anteriores no Ale ntejo e Barlavento Algarvio, apesar da recuperação.
Face ao estado das reservas de água subterrâneas e de superfície e às c ondições hidrometeorológicas favoráveis, "parecem estar reunidas as condições pa ra considerar o ano de 2006 um ano normal, pelo que se assume que este é o últim o relatório mensal do acompanhamento transitório da situação de seca", conclui o documento.
Este relatório contempla ainda um "Guia para a Elaboração de Planos de Contingência para Situações de Seca" destinado a entidades gestora de sistemas d e abastecimento e de regadio.
É também disponibilizado um sistema de identificação, avaliação de dado se informações sobre as principais utilizações de água nas zonas de risco de se ca.
Foram seleccionados quatro sectores de actividade económica representativa e dependente das disponibilidades de água: abastecimento urbano, agricultura , turismo (golfes e aquaparques) e produção de energia.
Foi feita uma avaliação para cada um destes sectores, segundo zonas con sideradas como de maior risco de seca - interior centro e norte e zona sul. (foto daqui)
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