quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Novo CD de Amélia Muge é «um mundo de mundos»

O novo álbum de Amélia Muge, "Não sou daqui", é o primeiro de uma trilogia de originais, "dentro da tradição musical europeia, reflectindo as ligações entre a palavra, a música e a tecnologia", explicou a cantora.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Hélia Correia e António Ramos Rosa são alguns dos poetas escolhidos por Amélia Muge que surgem neste álbum, a editar na próxima semana pela Vachier & Associados.
"Este álbum é um mundo de mundos, onde num primeiro momento partilho o meu mundo interior com os músicos que me acompanham e também como lugar de encontros de sonoridades", disse à Lusa Amélia Muge.
"Uma parceria entre eu própria e o mundo, pelas escolhas que faço da pe ssoas com que colaboro, os poetas que escolho, as músicas e os encontros que se proporcionam", sublinhou.
O álbum "Não sou daqui", segundo a Amélia Luge, "trabalha essencialmente a ideia de lugar, sendo este entendido de forma abrangente".
"As canções evidenciam marcas de uma mundividência de estares e sentires pelas sete partidas do mundo", realçou.
Amélia Muge assina sete letras, além de musicar os treze temas que compõem o álbum, e que inclui um vídeo do tema "Não sou daqui, mas..." de sua autoria.
O CD é produzido por Amélia Muge e António José Martins, músico que a cantora considera "fundamental" no seu trabalho e que assina também a direcção musical.
Com Amélia, que além da voz toca guitarra braguesa e almofada, neste CD estão Carlos
Mil-Homens (cajón), Catarina Anacleto (violoncelo), Cristina da Silva (lobulophone de orelha), Filipe Raposo (piano acústico e de Rhodes e acordeão), José Manuel David (flautas transversal e de bisel, tarota, trompa, garrafas) , José Peixoto (guitarra acústica sem trastos) e Yuri Daniel (contrabaixo e baixo eléctrico).
"Neste álbum está mais clara a ideia de canção, como um espaço de fronteira, de sentir os acontecimentos, e há uma maior sedimentação do meu trabalho", sublinhou. Além das canções, a edição do álbum inclui desenhos de Amélia e textos que, segundo a cantora, "reforçam a sua imagem", nomeadamente um excerto da obra de Amin Maalouf, "As identidades assassinas", e um poema escrito propositadamente por António Ramos Rosa. Nele o poeta afirma que Amélia "é uma voz da terra, é uma voz das veias". Amélia Muge apresenta "Não sou daqui" dia 17 de Fevereiro no palco da Culturgest, em Lisboa, dias 02 e 03 de Março no Auditório do Centro de Artes Perfomativas do Algarve, em Faro, dia 10 de Março, Auditório Municipal na Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, e dia 24 de Junho na Cité de la Musique, em Paris.

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