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O Carnaval do Joaquim
«Joaquim divertira-se, apesar de tudo, no jantar das solteiras da Patrícia.
No Carnaval tinha outros planos.
Ia para o Carnaval com os seus amigos. Diziam que o Carnaval em Ovar era quente.
Chegados lá, Joaquim e Ferreira dirigem-se ao recinto para apreciar o panorama.
Fervilhava gente. O ar estava pesado. Muito fumo. E a densidade populacional naquela avenida não ajudava a libertar ar.
Joaquim sentia-se zonzo. E ainda não bebera.
Ferreira disse logo.
"Pá, agora és como as gajas? Esquece lá isso que a noite é nossa!".
Entretanto Alfredo já identificara um grupo de raparigas dispostas a divertir nessa noite gelada de Ovar.
No final da avenida, existiam 2 tendas. Ambas a brotarem música estridente.
Segundo o Alfredo, a táctica passa por deixá-las beber durante um largo período. Depois, sim, seguia-se a abordagem.
Joaquim não dava um passo sem olhar para o seu novel telemóvel. Era de 3 Geração mas nenhuma geração estava interessada em comunicar com ele.
"Que se lixe! O Ferreira é que tem razão! Vamos a isso!"
Era um espectáculo fascinante. Estrondosa mistura de culturas, de um lado, os visitantes, com os seus blusões apertados até ao pescoço por causa do frio, do outro lado, as brasileiras a abanar as pernas para mantê-las aquecidas, aproveitando para ganhar uns trocos só a dar ao rabo.
Joaquim, Ferreira e Alfredo gritavam pelo Reis. Esse tinha acabado de levar com um ovo na cabeça, fazendo jus ao nome de...OVAR.»
(«És mesmo Tony»)
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