domingo, fevereiro 11, 2007

Referendo
Participação deverá ser superior 1998,
mas não será vinculativo, diz o CNE


A participação no referendo de hoje sobre a despenalização do aborto deverá ser superior ao da consulta realizada em 1998, apesar de não chegar aos 50 por cento que o torna vinculativo, disse à Lusa o porta-voz da CNE.
Nuno Godinho de Matos, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), estimou que a participação de hoje não deverá ultrapassar os 40 por cento, enquanto no referendo de 1998 a abstenção atingiu o recorde de 68,11 por cento.
Nuno Godinho de Matos adiantou que o referendo não será vinculativo pois não atinge uma participação superior aos 50 por cento.
Segundo informação do Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE), a participação no referendo atingia 31,31 por cento às 16:00, três horas antes do encerramento das urnas.
O porta-voz da CNE sublinhou que entre as 18:00 e as 19:00, a afluência às urnas tem um pico de subida, prevendo-se que entre quatro a cinco por cento dos eleitores vote durante a última hora.
A abstenção no referendo de 1998, no qual venceu o "não", atingiu o valor recorde de 68,11 por cento.
Na primeira consulta sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez o "não" ganhou com 50,07 por cento, contra os 48,28 por cento do "sim ", apesar de o resultado não ter sido vinculativo uma vez que participaram menos de 50 por cento dos eleitores.
Cerca de 8,7 milhões de eleitores estão recenseados para o referendo de hoje sobre a despenalização do aborto até às dez semanas.

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