A crise do volei do Esmoriz
Como explicar a «desorçamentação»?
A propósito do Esmoriz-Vitória deste Sábado e da minha conversa com um seguidor do voleibol da barrinha, veio-me à cabeça o problema do desinvestimento ou desorçamentação. Tudo porque achei estranha a reduzida moldura humana por parte dos homens da casa, num importante jogo do playoff. Talvez tenham estado tantos vitorianos como adeptos do Esmoriz. Ora, isto não deixa de ser estranho, habituado que estava a ver um pavilhão composto, nas transmissões televisivas e principalmente no ano em que a equipa da casa lutou bravamente pelo título em duas temporadas consecutivas, morrendo na praia…
Questionei por isso o meu amigo sobre a razão do “divórcio” do seu público para com a equipa do Esmoriz e a sua resposta foi lapidar, “quando se chega ao topo, torna-se difícil explicar a razão de se ter de deixar de lá estar”. Ou seja, o público habituou-se mal e este ano que foi premente, por razões financeiras, desinvestir drasticamente, simplesmente desanimou… O público quer resultados a curto prazo e qualquer indicação de um projecto de médio-longo resulta no seu “desaparecimento”.
Pode parecer que este caso nada tem a ver com o Vitória, mas efectivamente parece-me que terá. Nomeadamente, no que toca às modalidades ditas amadoras, voleibol e basquetebol. No primeiro caso, as manifestações de apoio do público vitoriano têm sido notáveis e já poucas palavras conseguem descrever. Mas a questão que coloco é, até quando? Sei bem que, nós vitorianos, estamos sempre ao lado do nosso clube quaisquer que sejam as suas prestações, mas parece-me que tal acontece com maior incidência no futebol. Já no resto, terei menos certezas.(«Vimaranês»)
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