segunda-feira, junho 11, 2007

Lá se vai a escola de formação...
Ota: Estudo apresentado pela CIP
aponta seis alternativas
para novo aeroporto na zona de Alcochete


O estudo hoje apresentado pela Confederação da Indústria Portuguesa sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa apresenta seis localizações possíveis junto a Alcochete, algumas das quais com ocupação significativa do Campo de Tiro.
Além da Ota e Poceirão, o estudo aponta outras seis localizações possíveis, integradas numa extensa área de espaços florestais, em parte classificados como degradados, localizados na zona nascente do Campo de Tiro de Alcochete e na proximidade do local que vem sendo designado como Faias.
De acordo com o estudo, elaborado por 16 professores universitários e coordenado por Carlos Borrego e Miguel Coutinho, existem 3 alternativas a esta zona denominada de H com orientação Este-Oeste.
As zonas são H1 (zona mais próxima de Lisboa e que abrange os concelhos de Benavente e Palmela), H2 (tem como objectivo ampliar a distância ao corredor ecológico em relação a H1 e abrange os concelhos de Benavente, Montijo e Palmela) e H3 (tem como objectivo minimizar a área de montado, ocupando os concelhos de Benavente e Palmela).
Esta última alternativa poderá, ao contrário da H1 e H2, interferir com as servidões aéreas da Base Aérea do Montijo.
As outras 3 alternativas na zona H com orientação Norte-Sul são H4 (o mais nascente possível, abrangendo apenas o concelho de Benavente), H5 (o mais a leste possível no concelho do Montijo) e H6 (com localização intermédia face às duas anteriores, abrangendo Benavente e Montijo).
De entre as várias localizações analisadas, o estudo refere que a metodologia aplicada revela claramente uma maior adequabilidade das alternativas H6, H5 e H2.
A região a intervencionar coincide com a área mais a leste do Campo de Tiro de Alcochete, limitada a nascente pela A13 e estende-se pelos concelhos de Benavente, Montijo e Palmela.
Trata-se de uma extensa área de eucaliptal, ocupada ocasionalmente por manchas de montado e zonas de regadio.
A construção de um aeroporto neste grande espaço disponível basear-se num layout de pistas equivalente à solução H6, ou seja, com uma orientação Norte-Sul.
Com esta orientação de pistas será possível minimizar os efeitos ambientais no que diz respeito ao número de sobreiros a abater, anular a necessidade de efectuar desalojamentos, pois na área de implantação não existe qualquer habitação e reduzir as perturbações sociais associadas a eventuais expropriações de terrenos por mais de 94 por cento dos terrenos já são propriedade do Estado.
Esta orientação de pistas apresenta igualmente a vantagem de não proporcionar qualquer conflito com a Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, dado que as rotas de aproximação ao aeroporto não sobrevoam esta área.
A proximidade com os traçados da A12, da A13 e com os traçados alternativos previstos para o futuro prolongamento do IC13 facilitam este desenvolvimento a nível da acessibilidade rodoviária.
Revela-se fundamental assegurar que este local seja alimentado pela futura rede ferroviária de alta velocidade, o que parece tecnicamente possível, conclui o estudo encomendado pela CIP e hoje entregue ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, anunciou ao início da manhã de hoje que o Governo vai fazer estudos comparativos entre a Ota e Alcochete, para saber qual destes é o melhor local para construir o novo aeroporto de Lisboa.

Sem comentários: