PS predestinado a encerrar maternidades
O encerramento de maternidades trás à memória dos ovarenses o idêntico destino que foi dado á Maternidade do Hospital de Ovar. Passam exactamente sete anos, sobre uma decisão polémica, que ontem como hoje, inquieta populações, por não compreenderem facilmente, porque razão as entidades responsáveis pela Saúde no país, deixam primeiro esvaziar tais serviços, não investindo na sua manutenção e qualidade e depois fazem “xeque-mate”, amputando as unidades hospitalares do serviço de ginecologia obstetrícia, ainda que com o argumento calculista do insuficiente numero de partos realizados e da falta de condições de segurança para as parturientes e para os bebés.
A verdade é que a principal razão, que leva a determinar o fim de maternidades como as anunciadas na lista negra do ministro da Saúde, Correia dos Campos, é fundamentalmente a obsessão do défice e a consequente redução de despesas. Medidas meramente economicistas, que também se sobrepuseram a qualquer outro argumento aquando do processo de encerramento da maternidade de Ovar. Nem mesmo a teoria já naquela altura, dos recomendados 1500 partos por ano, quando em Ovar eram feitos 700, escondeu a lógica economicista que esteve subjacente á politica de encerramento que o mesmo partido de regresso ao poder, volta a levar a efeito indiferente aos protestos.
José Lopes in «O primeiro de Janeiro»
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