quinta-feira, abril 21, 2022

Durante o cerco sanitário apenas 27,1% testaram positivo
Ovar foi, como se sabe, o primeiro município português a declarar transmissão comunitária activa de SARS-CoV-2, determinando-se um cordão sanitário a 17 de março de 2020.

Este contexto providenciou condições para a testagem

em larga escala, permitindo um sistema de referenciação que abrangesse outros sintomas além dos que faziam parte da definição de caso (febre, tosse e dispneia).

O estudo levado a efeito pela Unidade Local de Saúde e ACES do Baixo Vouga teve como objectivo identificar outros sintomas associados à COVID-19, dado que pode esclarecer a probabilidade pré-teste de ocorrência da doença.

O estudo incidiu sobre os registos dos cuidados de saúde primários entre 29 de março e 10 de maio de 2020, no município de Ovar. O quadro clínico e a exposição de risco, à apresentação, reportados por médicos através de um formulário, foram recolhidos e associados aos respectivos resultados laboratoriais.

A população do estudo incluiu um total de 919 doentes, dos quais 226 (24.6%) eram casos confimados de COVID-19 e 693 tiveram teste negativo para SARS-CoV-2. Apenas testaram positivo 27.1% dos doentes que reportaram contacto

com um caso confirmado ou suspeito. Na análise multivariável, foi obtida significância estatística para cefaleias (OR 0.558), odinofagia (OR 0.273), anosmia (OR 2.360), e outros sintomas (OR 2.157). A combinação de anosmia e odinofagia surgiu como possivelmente relevante, no limite de significância estatística, e com um OR de 3.375.

Consulte o estudo aqui
https://www.ovarnews.pt/?p=61639

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