Grandes lojas
«A Playboy inaugurou uma loja em Londres. Estas lojas servem para a marca do deboche enfrentar a crise na revista. As vendas estão a cair, como é evidente. A internet veio arruinar o negócio da imprensa pornográfica. Basta vermos o que existe na rede, nesta matéria, para percebermos que a Playboy já deu o que tinha a dar. Agora, uma adolescente romena, perdida naquele interior campónio, consegue com uma câmara e um computador publicar o último grito do sexo amador. E aqui em Lisboa posso assistir em tempo real ao striptease de uma croata desempregada, naquilo que é manifestamente o estado da arte do erotismo. Isto para não falar, naturalmente, nas imensas mamas que posso consultar no meu telemóvel, a qualquer hora e em qualquer lugar. A homilia está a ser aborrecida? Envio logo “balões” para o 3344. Também já tentei dizer “Senhor, dai-me mamas”, mas o Criador responde aos pedidos em diferido.
Não era sobre isto que vos queria falar. Faltará pouco para o governo português anunciar a inauguração da primeira Playboy em Portugal, tal é a tara que Sócrates e os seus ministros têm por grandes lojas. Parece que estou a ver Sócrates e Pinho com lubrificantes, coleiras e chicotes nas mãos a anunciar a retoma económica e a construção de uma grande fábrica de vibradores em Ovar». (in «Lobi», com a devida vénia)
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