segunda-feira, outubro 01, 2007



E agora?
Pacheco Pereira diz que há
um clima de intolerância


Nenhuma liderança do PSD viveu sem críticas. Menezes não fez outra coisa todos os dias, em todas as declarações, em todos os momentos, sem descanso, de forma sistemática e em todas as questões. Mas basta ouvir o tom das declarações públicas dos seus apoiantes após a vitória, a somar à hate mail e a algumas ameaças que já me chegaram, ou ir ao Fórum da TSF em curso, que é um comício contra Marcelo e contra mim, para ver como o clima de intolerância cresceu exponencialmente. Comigo, é perda de tempo. Nem tenho intenção de deixar o PSD, nem de deixar de dizer o que entendo.
(aqui)

Os caminhos de Menezes

Eu, sinceramente, não partilho do entusiasmo de muitos em relação a Menezes. Reconheço-lhes as qualidades como autarca com obra feita; reconheço-lhe as capacidades políticas e de liderança; reconheço-lhe até o "nortismo" saudável que faz parte da identidade de qualquer tripeiro que se preze -- e Menezes, embora tendo nascido um pouca mais a sul, em Ovar, é-o por opção, pois foi esta cidade que escolheu para viver e formar a sua família. As minhas objecções fundamentam-se nas minhas dúvidas sobre a sua capacidade em superar a trilogia dos interesses que bloqueia a democracia portuguesa.

Esta democracia há muito que se encontra refém da tríade financiamento partidário/empregos para os barões - grandes construtoras - bancos, muito bem intermediada pelas lojas maçónicas e opus dei do eixo Lisboa/Cascais. Terá Menezes capacidade e vontade para se opor a estas forças ou será mais um que, caso chegue a primeiro-ministro, rapidamente será transformado em mero executor da lista de pagamentos que lhe será apresentada pelas 'forças vivas' do sistema? À partida desconfio que não.

Menezes, se quiser ser credível e ter verdadeiras hipóteses de derrotar Sócrates, terá que começar por transformar o seu próprio PSD num verdadeiro partido do povo e do país real. Terá que passar claramente a mensagem que o baronato dos interesses instalados não voltará a determinar as opções políticas do partido; terá que dizer claramente que o poder deverá ser descentralizado e que as regiões têm direito aos meios políticos, financeiros e orçamentais para elas próprias escolherem e promoveram o seu próprio desenvolvimento num quadro de coesão e de igualdade de direitos e deveres; terá que dizer claramente que a actual situação de confisco do estado por parte de uns poucos, em seu favor próprio e da sua região terminará. Menezes não poderá esquecer-se que deve a sua vitória essencialmente, e por esta ordem de importância, aos militantes de duas regiões fundamentais: o distrito do Porto e o Algarve. Se for capaz de levar a bom termo estas condições não lhe faltarão votantes e militantes para lhe consubstanciar a vitória eleitoral em 2009. Se não for capaz, será apenas mais um; ao primeiro deslize as 'lojas' atiram com ele borda fora.

Aproximam-se tempos politicamente interessantes. Menezes que não conte com facilidades. O aparelho mediático especializado em assassinatos de carácter em breve entrará em funcionamento. Vai ser necessária inteligência, coragem e olho vivo.
«Anti-Souplesse»)

«O seu a seu dono»
de Adolfo Mesquita Nunes.


Luís Filipe Menezes não ganhou umas eleições montado em cima da comissão organizadora das ditas, nem sequer encavalitado nas inerências ou nos caciques que dominam congressistas. Quer se queira, quer não, Menezes ganhou eleições directas, com o universo mais alargado possível e com uma participação eleitoral satisfatória, ainda para mais com as regras existentes e que tinham já servido para eleger Marques Mendes.(…)

É pois engraçado que uns quantos nos tentem agora convencer da ilegitimidade das eleições ou, até, da conveniência de alterar este resultado o quanto antes. Faz lembrar aqueles euroeufóricos que querem negar ao povo o direito de votar contra uma constituição ou tratado europeu, com o argumento de que não estão bem informados, não sabem bem o que querem, não têm noção do que está em causa ou, como também já se ouviu, porque há coisas que não devem ser colocadas à sua disposição.
O insurgente»)

2 comentários:

Anónimo disse...

Chegar a 1º Ministro?
Meus Deus, que mais nos irá acontecer!!!

Anónimo disse...

não entendo esta euforia da gentes de Ovar, o Meneses só nasceu em Ovar mais nada. De vareiro não tem nada Nem o nome do pai ele adoptou, esse sim o pouco que lhe restava de ovar