Governo
Sócrates explica hoje na RTP
polémica em torno da sua licenciatura
O primeiro-ministro, José Sócrates, explica hoje a polémica em torno da sua licenciatura na Universidade Independente e das suas habilitações académicas, numa entrevista na RTP em que também fará o balanço de dois anos de Governo.
A polémica em torno da licenciatura de José Sócrates em engenharia civil na Universidade Independente foi aberta após um trabalho de investigação feito pelo jornal "Público", a 22 de Março, no qual se dava conta de alegadas contradições, omissões e documentos não assinados no processo de licenciatura do primeiro-ministro.
A notícia do "Público" levantou também dúvidas sobre as equivalências dadas pela Universidade Independente a José Sócrates após ter interrompido o seu curso no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa mas também sobre os docentes das suas cadeiras na Independente.
A polémica continuou no fim de Março, quando o jornal Expresso referiu em manchete que o curso de José Sócrates foi concluído a 08 de Setembro de 1996, num domingo.
Perante as dúvidas levantadas na comunicação social - e com a oposição em silêncio sobre o caso - o gabinete do primeiro-ministro referiu que José Sócrates explicaria o processo da sua licenciatura, mas depois de o ministro da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior, Mariano Gago, anunciar a decisão sobre o futuro da Universidade Independente - o que aconteceu segunda-feira, ao decretar o encerramento compulsivo daquela instituição do Ensino Superior privado.
Terça-feira, o Rádio Clube Português e a SIC noticiaram que já em 1993 - três anos antes da sua licenciatura - José Sócrates constava na Biografia dos Deputados como licenciado em engenharia civil e que no despacho da sua nomeação como secretário de Estado Adjunto do Ministério do Ambiente, em 1995, surgia como tendo a profissão de engenheiro.
Ao fim da tarde de terça-feira, o gabinete do primeiro-ministro emitiu um comunicado a contrapor que o primeiro-ministro comunicou em 1993, assim como na legislatura anterior, que era engenheiro técnico civil (bacharelato) e que é "completamente alheio" ao "erro" constante na Biografia dos Deputados de 1993.
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