quinta-feira, abril 12, 2007

Entrevista/PM
Sócrates recusou tratamento
de favor na Universidade Independente


O primeiro-ministro, José Sócrates, recusou ter sido objecto de qualquer tratamento de favor no ano lectivo em que frequentou a Universidade Independente (UnI), quer no plano de estudos, quer no processo de equivalências.
Na entrevista conjunta à RTP e a RDP, conduzida pelos jornalistas José Alberto Carvalho e Maria Flor Pedroso, Sócrates disse que a polémica em torno da suas habilitações literárias não perturbou as suas funções de primeiro-ministro e adiantou que apenas falou agora, depois de o Governo ter tomado uma decisão sobre o encerramento da UnI.
José Sócrates afirmou que frequentou a UnI porque este estabelecimento de ensino superior privado tinha "regime pós-laboral", porque quis ter uma licenciatura em engenharia civil e porque "essa universidade tinha prestígio na altura".
"Não mudei do ISEL para a UNI para ter mais facilidades" em terminar o curso, referiu. Numa das questões mais polémicas levantadas nas últimas semanas - o processo de equivalências que obteve entre o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) e a Uni -, José Sócrates negou "a insinuação" de ter tido um tratamento de favor.
"É falso", respondeu, dizendo que, quando abandonou o ISEL, enviou um requerimento ao reitor da UNI, Luís Arouca, a pedir equivalências, tendo obtido resposta a 12 de Setembro de 1995, "quando era deputado da oposição" e não membro do primeiro Governo de Guterres.

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