Entrevista/PM
Entrevistadores dizem
que tiveram de "fazer opções"
Os entrevistadores do primeiro-ministro, José Alberto de Carvalho e Maria Flor Pedroso, admitiram hoje que poderiam ser necessários mais esclarecimentos sobre o percurso académico de José Sócrates mas justificaram que tiveram de "fazer opções".
"A quantidade de temas que foram discutidos exigiria mais detalhes talvez sobre algumas questões, mas houve que fazer opções", afirmou José Alberto Carvalho, no final da entrevista conjunta da RTP e RDP ao primeiro-ministro.
A entrevista, que durou cerca de 90 minutos, dedicou metade deste tempo ao percurso académico do primeiro-ministro, servindo o restante para fazer um balanço dos dois anos do Governo.
"Identificámos as questões que era imperativo colocar, independentemente de serem agradáveis e desagradáveis", acrescentou o jornalista da RTP.
José Alberto de Carvalho considerou ainda que esta foi das entrevistas onde os entrevistadores foram "mais condicionados" por outros órgãos de comunicação social. "Se somarmos todas as questões que os órgãos de comunicação entendiam que o primeiro-ministro devia responder, penso que devem ter sido um óptimo guião para José Sócrates", disse.
Já a editora de política da RDP, Maria Flor Pedroso, lamentou que o caso Independente não tenha permitido aprofundar mais outros temas.
"Havia questões importantes do ponto de vista político que não foi possível desenvolver, como a relação do primeiro-ministro com o Presidente da República", exemplificou.
Questionados se ficaram esclarecidos com as explicações do primeiro-ministro, os dois jornalistas escusaram-se a comentar.
"Ele deu as respostas que entendeu dar", afirmou José Alberto de Carvalho.
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