PRINCIPAIS FRAGILIDADES CRITICADAS
Reforma a vários tempos
Longe de ser um guião acabado, a proposta de requalificação da rede de Urgências em discussão pública até final do mês é antes um ponto de partida para um processo que se adivinha demorado e complexo. Para já, é previsível um atraso na decisão política sobre a proposta, que prevê o encerramento de 14 serviços, a alteração de classificação de 16 e a abertura de 24. Sobretudo porque para essa decisão conta um segundo documento - a rede de referenciação - cuja elaboração, admite a comissão técnica nomeada pelo Ministério da Saúde, deverá demorar ainda um a dois meses.
Mais complexa que a decisão será a concretização. Sem querer falar em prazos, fonte do Ministério da Saúde salienta que "há todo um trabalho de inventariação do que é necessário em cada ponto de rede, que impende sobre as administrações regionais de saúde".
Pressa é, de resto, algo que a generalidade dos profissionais de Saúde, autarquias e grupos parlamentares não têm. A maioria alinha pelo mesmo diapasão desconfiança em relação a um documento que consideram incompleto e expectativa sobre as novidades que a rede de referenciação, a malha de interligações entre serviços, possa trazer. O JN apurou que poderá haver novidades. Os doentes de Espinho, por exemplo, poderão ser enviados para o Hospital de Gaia e não para o S. Sebastião (Feira), como é actualmente propalado.
Luís Campos, um dos 11 médicos que integram a comissão, sustenta que a referenciação "não é essencial" para avaliar a definição da rede, embora "possa ajudar a percebê-la". Rejeita as críticas de que a proposta está descolada da realidade - "é um trabalho feito em gabinete, mas não por pessoas de gabinete" - e considera haver vários conceitos errados na discussão. (Ler notícia na íntegra no «JN»)
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