Futebol: Ovarense
Salários em atraso podem motivar debandada geral
O futebolista Artur, da Ovarense, admite que a saída de mais jogadores da equipa devido a salários em atraso numa debanda geral do plantel do clube, que milita na Liga de Honra.
"Já saíram três colegas: o Serginho, o Adilson e o Rodolfo. Vão começar a sair mais, porque a situação está insustentável", afirmou Artur.
O futebolista disse ainda que "os jogadores já não acreditam no presidente Carlos Brás, já ninguém compreende a teimosia da direcção" e que " o balneário está muito difícil de gerir".
Artur, o atleta mais "velho" na casa, com 17 anos de serviço, admitiu mesmo estar a ponderar a sua saída: "Vou aguentar até ao Natal. Se arranjar clube sairei".
Com vários meses de salários em atraso, os jogadores da Ovarense tinham ameaçado fazer greve e não se apresentarem no jogo com o Portimonense, da 12ª jornada da Liga de Honra.
No entanto, no sábado os jogadores decidiram disputar o jogo o encontro com o Portimonense, após uma reunião com o presidente do Sindicato dos Jogadores.
"Vamos jogar por consideração aos nossos associados, à nossa instituição e equipa técnica. A nossa intenção de fazer greve não foi concretizada por esta única razão. A decisão foi nossa, exclusivamente", lia-se num comunicado divulgado pelos jogadores.
Apesar desta tomada de posição, os jogadores deixaram um alerta à direcção do clube, já que as formas de luta para serem compensados dos seus direitos continuam.
"Quem trabalha tem direito ao seu salário e, se as pessoas não têm capacidade para resolver os problemas financeiros do clube, tenham, ao menos, a humildade de se demitirem", concluiu o comunicado, assinado por todos os jogadores vareiros.
A Ovarense defronta hoje o Chaves, às 15 horas, com os jogadores que restam.
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