Sá Carneiro morreu há um quarto de século
Francisco Sá Carneiro morreu há 25 anos. Lembro-me perfeitamente do choque que foi a súbita aparição do Raúl Durão, naquela noite, no meio de um episódio da telenovela «Dona Xepa». Num tom grave e sério, deu a má notícia, da qual este país ainda não recuperou. Como seria Portugal se este homem não tem desaparecido? O antigo líder do PSD deixou por cumprir um dos seus principais objectivos políticos: "uma maioria, um Governo, um Presidente". O debate sobre os poderes do Presidente da República permanece actual. Ontem, no edifício da Alfândega, no Porto, centenas de personalidades prestaram homenagem a um dos fundadores e principais ideólogos do PSD.
Na ocasião, a Distrital do Porto do PSD (PSD/Porto) anunciou que vai homenagear Francisco Sá Carneiro em 2006 com um conjunto de conferências que levarão o nome do fundador do partido.
Marco António Costa, presidente daquela estrutura, falava durante a homenagem a Francisco Sá Carneiro, por ocasião do 25º aniversário da sua morte, realizada no Edifício da Alfândega do Porto, com a presença do presidente do PSD, Luís Marques Mendes.
O ciclo de conferências terá o nome de Fórum Francisco Sá Carneiro, estando a sua organização a cargo do deputado Agostinho Branquinho e de Rui Nunes e António Tavares, elementos da Comissão Política Distrital.
Esta foi a única nota de actualidade da evocação da morte de Sá Carneiro, na qual Marques Mendes falou durante cerca de 15 minutos do fundador do PSD, que considerou "uma referência incontornável para o partido e para o país".
O presidente do PSD destacou o papel de Sá Carneiro na oposição à Ditadura e na defesa da democracia no período pós-25 de Abril, terminando as suas palavras sem qualquer referência à actualidade política.
Artur Santos Silva, presidente BPI, foi o responsável pela conferência sobre Sá Carneiro, destacando a sua acção no seio da chamada Ala Liberal do parlamento de antes do 25 de Abril, que, considerou, o tornou no "inimigo nº 1 do regime" de Marcello Caetano.
(Foto: Estela Silva/Lusa/«Público»)
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