Reestruturação das forças de segurança
Esquadra da PSP de Ovar vai fechar
A PSP poderá abandonar, em breve, 22 esquadras em todo o país, enquanto a GNR vai encerrar total ou parcialmente várias dezenas de postos. O «Público» de hoje garante que as esquadras de Ovar e Santa Maria da Feira estão no lote de eventuais encerramentos.
A medida insere-se no plano de reestruturação territorial das forças de segurança que está a ser pensada pelo Ministério da Administração Interna (MAI), que, desse modo, pretende, com a alienação de algum do seu património, obter verbas que lhe permitam restaurar imóveis degradados e, também, autofinanciar-se para comprar outros equipamentos, nomeadamente armas e viaturas.
A primeira reacção acerca do eventual fecho das esquadras da PSP veio do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), que considera tal medida como um passo atrás no propósito de promover um policiamento de proximidade. "Centenas de agentes serão obrigados a irem residir para outros locais, e isso acarreta inúmeros problemas de ordem financeira, não só devido ao preço das deslocações, mas também porque muitas famílias serão obrigadas a abandonar as cidades onde residem e muitas crianças em idade escolar terão que ser transferidas", o presidente do sindicato, António Ramos.
Com a alienação de parte do seu património, o MAI pretende obter verbas que lhe permitam restaurar imóveis degradados e também autofinanciar-se para comprar equipamento, nomeadamente armas e viaturas.
O levantamento do Gabinete de Segurança do MAI tem como critérios não só os locais onde a acção da PSP se sobrepõe ao desempenho da GNR mas também com o número de habitantes das 21 cidades e uma vila onde as esquadras poderão encerrar.
A PSP deverá abandonar aglomerados com menos de 15 mil habitantes, como por exemplo Fátima, Tavira, Vila Real de Santo António, Ourém, Torres Novas, Cartaxo, Abrantes, Elvas, Estremoz, Moura, Mirandela, Gouveia, Feira ou a vila de Ponte de Lima.
Também as cidades de Vila Franca de Xira, Torres Vedras, Lamego, Ovar, Chaves, Pombal, Marinha Grande e Alcobaça estão na lista de eventuais encerramentos de esquadras da PSP.
O Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP), citado pelo Público, considerou que a medida é um passo atrás no propósito de promover um policiamento de proximidade.
"Centenas de agentes serão obrigados a residir noutros locais e isso acarreta inúmeros problemas de ordem financeira, não só devido ao preço das deslocações, mas também porque muitas famílias serão obrigadas abandonar as cidades onde moram e muitas crianças em idade escolar terão de ser transferidas", disse ao jornal o presidente do SPP, António Ramos.
No entender do responsável, existem medidas positivas na reestruturação pensada pelo MAI, nomeadamente evitar que haja sobreposição de policiamento em zonas sensíveis, como são, por exemplo, as áreas de Almada e Felgueiras.
"O mais importante, em vez de estar a promover o fecho e posterior venda de instalações, ou simplesmente deixar de pagar rendas, seria criar-se um verdadeiro plano estratégico para as forças de segurança, em que fossem estabelecidos timings para aquisição de todo o material em falta e reparação das instalações degradadas, que no caso da PSP, serão mais de 70 por cento em todo o país", disse António Ramos.
No que diz respeito à GNR, o Público escreve que o plano de reestruturação já está parcialmente em curso, com o fecho total ou parcial de 32 postos no Alentejo e Algarve.
Segundo o jornal, prevê-se também que a GNR saia de Felgueiras, Rio de Mouro, Mercês e Alverca, bem como de várias localidades do Grande Porto, ficando o policiamento a ser assegurado pela PSP.
O assessor do MAI Duarte Moral confirmou ao Público que está em marcha um plano de reestruturação territorial das forças de segurança, o qual deverá estar totalmente concluído no próximo ano, pelo que ainda não se podem avançar quantos e quais os postos e esquadras que irão encerrar.(actualizado)
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