Célia Alves, investigadora no CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar na Universidade de Aveiro (UA), está a estudar a qualidade do ar nas escolas de Estarreja e a sua relação com a prevalência de alergias respiratórias.
Estarreja é considerada uma área vulnerável devido à presença de um complexo químico nos arredores da cidade.
Este estudo pretendeu assim avaliar a qualidade do ar no exterior e no interior de escolas do concelho de Estarreja, e ao mesmo tempo aplicar um inquérito para avaliar a prevalência de asma e de rinite entre os alunos.
O objetivo era relacionar a incidência destas duas alergias respiratórias com as condições ambientais, com as práticas do agregado familiar e com o historial clinico da criança.
Foi avaliada a presença de poluentes gasosos e de matéria particular suspensa na atmosfera, as vulgares poeiras.
Os resultados preliminares da análise da composição química das amostras de matéria particulada recolhida no exterior e no interior das escolas revelaram a presença de traçadores que resultam da decomposição residencial de biomassa, que parecem exceder os valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
Estas poeiras resultam da queima de lenha em lareiras e recuperadores de calor durante o Inverno e não estão associadas com o complexo químico de Estarreja.
Assom, o estudo não encontrou nenhum poluente associado ao complexo químico de Estarreja com valores acima dos recomendados.
https://www.ovarnews.pt/estudo-avalia-qualidade-do-ar-e-a-sua-relacao-com-as-alergias-respiratorias/
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