Presidente da Câmara Municipal de Ovar e candidato do PS
Manuel Oliveira: "A estratégia tem de ser de contenção e redução de despesas"
Manuel Oliveira foi o primeiro candidato (do PS) à Câmara de Ovar a ser conhecido. Com a partida de Armando França para a Assembleia da República, passou de número dois a presidente da autarquia, mas sublinha que isso tanto pode ser uma vantagem como um "handicap". Diz que a sua posição não é de rotura com a gestão do seu antecessor, mas diferente, garantindo que, neste momento, não governa a pensar em eleições.
- O que leva um professor de filosofia a candidatar-se?
- Nunca tinha pensado num lugar desta natureza, até ser convidado pelo PS para a Assembleia Municipal (AM). Estávamos em 1989. Depois de dois mandatos fui convidado para a Câmara. Nunca houve a preocupação de me impor, ou impor a minha vontade. O poder, só pelo poder, não me seduz.
- Mas logo no início da legislatura afirmou que número dois nunca mais. Isso não é imposição?
- Não. É o corolário normal de um trabalho, até porque tenho alguma distanciação do poder. Tenho uma situação pessoal e profissional que me dá sempre a possibilidade de alternativa. Ou seja, a minha realização não tem de passar forçosamente pela política. Não sou um funcionário da política, não preciso da política para viver. Sempre desempenhei um trabalho autárquico que resultou de um processo eleitoral normal. Nunca tive actividades no Governo. Nunca precisei de contextos políticos para me realizar. Isso dá-me tranquilidade e serenidade.
- A oposição diz, referindo-se em concreto ao seu antecessor, que a Câmara é um trampolim para voos mais altos. Também se aplica a si?
- Não.
- Não se vê em outras funções que não sejam as de autarca?
- Não digo que não me vejo noutras funções. Agora nunca fiz conjecturas, nem cálculos no sentido de fazer qualquer tipo de carreira política. Entendo que as pessoas devem respeitar aquilo que são os compromissos assumidos perante os munícipes. (Ler mais)
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