«Molhes não interferem com praias»
«A probabilidade de interferência do projecto dos molhes do Douro da Barra do Douro no transporte sólido das praias a Sul é mínima», assegurou ao «Diário de Aveiro», o presidente do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), Eduardo da Silva Martins. Segundo ele, esta circunstância deve-se ao facto de «as praias a Sul do Douro dependerem, em grande parte, da carga sólida veiculada pelo rio Douro que, ao chegar à costa entra em circuito natural que caracteriza o transporte sólido sedimentar ao longo da costa ocidental portuguesa e que é responsável pela movimentação das areias para Sul».
Ao contrário do que pensam os técnicos camarários e a população em geral, Eduardo Silva Martins refere que, «não havendo interferência na barra relativamente aos sedimentos transportados pelo Douro, não são expectáveis alterações significativas das praias a Sul» das obras de construção dos referidos molhes.
Não obstante, está previsto, diga-se, um programa de monitorização do transporte aluvionar no qual estão previstas acções de acompanhamento da evolução da orla costeira, a Norte e a Sul do Douro, e que, em princípio, frisa, «deverão registar as alterações mais significativas, e que poderão ser positivas, na costa entre o Douro e Espinho».
Não se prevê a extensão desta rede de monitorização até ao concelho de Ovar, embora o responsável admita que tal venha a ser perfeitamente possível e se justificará se vierem a ser identificadas alterações fisiográficas no troço entre o Douro e Espinho. Todavia, tal possibilidade, acrescenta, «é improvável, dada a natureza das alterações que os molhes do Douro representam, isto é, não há interrupção do trânsito de sedimentos e é melhorado o escoamento sedimentar na embocadura».(«DA»)
1 comentário:
se eles dizem que a interferência é miníma...é melhor não acreditar neles...algo me diz que o furadouro como o conhecemos vai deixar de existir...
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