domingo, março 13, 2005

Presidente e encenador da Contacto
defende «missão» do teatro associativo


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A convite do Secretariado do Congresso Internacional de Arquitectura de Teatros Históricos, o actual presidente da Contacto-Companhia de Teatro Água Corrente de Ovar, Manuel Ramos Costa, participou, na qualidade de encenador, no Congresso Internacional de Arquitectura de Teatros Históricos/III Encontro Itinerários do Património, realizado nos dias 24, 25 e 26 de Fevereiro, na Póvoa do Lanhoso. Promovido pela Câmara Municipal daquele concelho, o Congresso decorreu no centenário Theatro Club, onde várias individualidades ligadas ao teatro e à arquitectura expuseram e debateram questões relacionadas com a temática do evento. Na sua intervenção, Ramos Costa fez uma sinopse histórica da Contacto, salientou o apoio que tanto a Câmara Municipal como a Junta de Freguesia de Ovar têm dado para a realização das suas actividades, e dissertou sobre a importância do teatro associativo no desenvolvimento cultural das zonas rurais e semi-urbanas. Defensor convicto do teatro associativo, Ramos Costa, seguindo uma ordem de ideias, sublinhou a vertente «missionária» da sua profissão. «Pensar em teatro é pensar em arte. Uma arte colectiva, feita em conjunto para criar a base essencial da arte cénica, que é o jogo». Uma arte, segundo ele, «de peças que podem ser lidas com prazer, mas que só se tornam realmente teatro quando um grupo composto por pessoas (artistas, técnicos e outros colaboradores), sob a orientação do encenador, a estuda com intenção de realizar uma montagem». E quanto ao teatro associativo faz alguma diferença? «Não, nenhuma. Ao teatro pouco importam os rótulos que pretensiosamente lhe atribuem e as fronteiras que lhe assinalam». «Teatro é teatro e ponto final».(«DA»)

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