segunda-feira, novembro 18, 2024



“Grávida da Murtosa”: Como a PJ resolveu o mistério
Treze meses após o desaparecimento de Mónica Silva, a Polícia Judiciária avança com novas conclusões que podem finalmente resolver um dos casos mais mediáticos em Portugal

O País continua atento ao desenrolar do caso do desaparecimento de Mónica Silva, a “grávida da Murtosa”, que desde o seu início tem gerado grande cobertura mediática. Passado mais de um ano, a investigação da Polícia Judiciária acredita ter desvendado o mistério que rodeia o desaparecimento de Mónica Silva, de 33 anos.

O Ministério Público (MP) acusa formalmente Fernando Valente, um homem da terra, de ser o responsável pelo crime. Apesar de o corpo de Mónica ainda não ter sido encontrado, os investigadores garantem ter reunido testemunhos e evidências suficientes para levar Valente a julgamento.

Mónica, que esperava um bebé no momento do desaparecimento, tinha sonhos de “dinheiro” e “sucesso”, segundo familiares e vizinhos que falaram com a revista VISÃO. No entanto, esses mesmos familiares relatam que o caso, por mais trágico que seja, já se tornou uma carga pesada para a comunidade de Murtosa, um local conhecido pela sua ligação à ria de Aveiro. “Já não interessa”, dizem alguns, refletindo a exaustão que o enredo policial trouxe para a região, onde muitos sentem que a mediatização só complicou mais as coisas.

A família Silva tem raízes profundas na Murtosa, sendo descrita como gente humilde, com uma vida sempre marcada pela proximidade com a ria. Maria Filomena, tia de Mónica e considerada uma das poucas vozes dispostas a comentar o caso, resume a trajetória da família: “Gente pobre”, que desde sempre trabalhou no território costeiro, especialmente em atividades relacionadas com a pesca e a agricultura.

O desaparecimento de Mónica transformou a vila de Pardilhó, onde ela viveu, num palco mediático. Também em Ovar, onde chegou a viver evtrabalhar, o silêncio de muitos habitantes e o desconforto generalizado demonstram como o caso afetou quem a conhecia. O facto de não quererem relembrar o que consideram uma “novela policial” reflete o impacto negativo da cobertura incessante sobre um crime ainda não totalmente esclarecido.

O próximo capítulo desta história será o julgamento de Fernando Valente. As autoridades confiam que, mesmo sem o corpo de Mónica, os indícios apresentados serão convincentes. Mas, até que a justiça seja feita, o mistério da “grávida da Murtosa” continua a ser um quebra-cabeças que atormenta familiares e divide a opinião pública.

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