segunda-feira, novembro 16, 2009

Roteiro gastronómico do processo «Face Oculta»

De São Bernardo a Ovar (e daí à praia do Furadouro), há que apanhar a A29 e depois seguir pela estrada que leva ao pequeno aglomerado urbano à beira-mar. É aqui que mora Manuel José Godinho e é aqui que se situa o Concha, comummente afamado pelas suas sardinhas assadas e local referenciado pelo processo como tendo sido palco de um almoço que reuniu o empresário, o seu sobrinho, João Godinho, e Carlos de Vasconcellos, quadro da Refer. Foi a 23 de Abril e a refeição durou apenas 1 hora e 5 minutos, o que pode dar uma boa indicação sobre a velocidade do serviço...

No quadriculado de ruas da praia do Furadouro, não é difícil dar com o Concha, o letreiro laranja com caracteres pretos ali a um passo do mar. Pelos dias que correm, o que mais impressiona é o barulho das escavadoras que amontoam calhaus para formar pontões e reforçar as protecções da estrada marginal. Dezenas de mirones resistem ao vento e à ameaça de chuva da tarde cinzenta para apreciarem o virtuosismo dos maquinistas no encaixe destas gigantescas e irregulares peças de Lego.

(Bom, dito isto, há que reconhecer que cheguei tarde e o Concha estava fechado. Também não seria capaz de almoçar uma terceira vez... Mas deu para perceber pelo cardápio do lado de fora da porta que o forte da casa é o peixe fresco na grelha. Desculpe a fixação, ó chefe, mas também tem polvo grelhado.)

Leia esta delícia de artigo na íntegra no «Público».

2 comentários:

Laranjada Ovarense disse...

Para AQUELAS conversas mais sensíveis ...

Anónimo disse...

Eu no lugar do dono do restaurante do Carregal ia-me sentir descriminado. Então o nosso personagem parava por lá tanto e nem uma pequena referência. É que a publicidade está cara.