segunda-feira, novembro 27, 2006

O Carnaval de Ovar: Orgulhosamente sós
Afinal havia outro

«Esta quadra natalícia teve como tema dos mais conversados, acaloradamente, a possível vinda de personagens da Quinta das celebridades ao Carnaval de Ovar.
Coisa insignificante? Nem pensar. Aqui neste burgosinho, o tema Carnaval é dos que mais apaixona, por razões profundas, onde pontua aquela que diz que este carnaval é só nosso pois de uma forma ou de outra praticamente toda a sua existência foi protagonizada por gente de Ovar e todas as actuais gerações têm ou tiveram algo a ver directamente com o Carnaval...
Eu, embora não tenha uma especial admiração pelo programa de televisão, nenhuma mesmo, acho que o Carnaval de Ovar poderia ser um evento onde a abertura de espírito, pelo menos o carnavalesco, fosse possível. Mas assim não é. Ora vendo bem a questão que mal faria termos a Cinha Jardim ( vou tratar todos assim, embora não os conheça de lado nenhum, que me desculpem...) a sambar numa escola de samba? ou aquela morena bonitinha como destaque? ou o Frota, ( belo nome) a tocar "surdo", ou outra coisa qualquer? ou a Júlia Pinheiro passeando um burro, a abrir o carnaval? e o Castelo Branco, exibindo todo seu charme estudado, imagino-o mesmo subindo as bancadas de quando em vez, distribuindo rosas pelas senhoras... (Ler artigo aqui)

PS: Respiguei este texto na Internet, do Blog «Azuleante» sobre um tema que não está na ordem do dia por cá. De qualquer maneira, na altura em que a questão se colocou, sempre achei que a vinda destes personagens não poderia fazer mal à festa. Antes pelo contrário. Defendi-o no meu ex-grupo de carnaval. Fui o único. Esmagado na votação. (Dá para rir, pensar nisso agora.)
Mas continuo a achar que, se quisermos uma divulgação à medida da grandeza do nosso carnaval, teremos que jogar de acordo com as «regras do jogo» dos media em Portugal, que não se compadecem com «bairrismos bacôcos». A menos que queiramos ficar «Orgulhosamente sós».
Tenho uma vaga ideia de que o presente texto chegou a ser publicado nos jornais locais, mas mesmo assim, recordo-o aqui, numa homenagem à clarividência do seu autor.

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