quinta-feira, julho 07, 2005

Por decisão do Ministério do Ambiente
Gabinete de Estudos volta a Lisboa

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, Nunes Correia, ordenou o regresso a Lisboa do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP), sedeado em Aveiro desde Maio de 2003, alegando que as instalações são necessárias para o Ministério da Administração Interna. O director-geral daquele gabinete, Álvaro Santos, também candidato do PSD à Câmara de Ovar, não se pronuncia sobre esta decisão, mas o deputado social-democrata Hermínio Loureiro já pediu explicações ao ministro, através de um requerimento.
O deputado defende a manutenção daquele gabinete em Aveiro, alegando que aí estão "um conjunto de entidades que se destacam já há muitos anos na área do planeamento e ordenamento do território, bem como em termos ambientais, sendo que a Universidade de Aveiro assume um papel fundamental".
O GEP foi instalado em Aveiro por decisão do então ministro do Ambiente Amílcar Theias, por considerar aquela região como uma das que mais sofrem com os choques ambientais, como a erosão costeira, a intensa poluição das linhas da água, o urbanismo desordenado, os efeitos do cruzamento por grandes eixos nacionais de transporte, que colocam desafios consideráveis ao desenvolvimento sustentável da região e à sobrevivência dos seus ecossistemas.
Apesar da mudança de Governo, o director do GEP, Álvaro Santos, mantém-se em funções, nunca tendo sido convidado a demitir-se. No entanto, o facto de ser presidente da Concelhia do PSD de Ovar, e ter assumido a candidatura à Câmara local que há 12 anos é gerida pelos socialistas, não pode ser esquecido, segundo uma fonte social-democrata, que não quis entrar em mais pormenores, endossando qualquer outra leitura para Álvaro Santos. O director do GEP que já está a tratar de empacotar para mudar para Lisboa prefere não tecer qualquer comentário, limitando-se a afirmar que irá apresentar-se ao trabalho na próxima segunda-feira.(«Comércio»)

1 comentário:

Alfredo de Sousa disse...

A notícia não poderia ser pior para a nossa região!!!
Se até aqui nada se fez em relação aos nossos muitos problemas ambientais, sendo o mais grave, na minha opinião, a erosão costeira, neste momento, tudo se vai complicar ainda mais, pois «longe da vista, longe do coração...». Esperemos que não, mas qualquer dia os Senhores de Lisboa ouvirão dizer que metade do Distrito de Aveiro desapareceu. Nessa altura, talvez se dignem fazer qualquer coisa, fora de tempo, como é costume...
Deixemos de lado, ainda que por momentos, as questões partidárias e juntemo-nos todos para ajudar a salvar a nossa terra e mostrar à capital que há mais país para além da CREL!!!!