Comerciantes querem precaver impacto
do futuro centro comercial
O novo centro comercial anunciado para Outubro de 2006 em Ovar "é sinal de crescimento da cidade", mas não traz "nada de bom" para os comerciantes locais, segundo o presidente da Associação Comercial dos Concelhos de Ovar e S. João da Madeira (ACCO/SJM). Associação e comerciantes não querem morrer de "braços cruzados" e reuniram anteontem para começarem a gizar estratégias para revitalizar o comércio tradicional no concelho. O Sportsforum - "arena" que integra um pavilhão multiusos e um centro comercial com salas de cinema, espaço de restauração e um hipermercado e terá uma área que ultrapassa os 20 mil metros quadrados - é uma realidade, que exige a reacção antecipada dos comerciantes, conscientes que se estiverem de "braços cruzados agora, quando o centro comercial abrir portas", dizem, "se calhar vamos ter de ser nós a fechar as nossas". A nova direcção da ACCO/SJM, empossada em Março passado, não evitou estabelecer comparações com S. João da Madeira, e as posturas diferentes das duas autarquias sobre este assunto. O presidente da ACCO/SJM, Jorge Henriques, afirma que em S. João da Madeira as medidas que estão a ser implementadas para a revitalização do comércio tradicional local, que esteve "moribundo", "já se começam a sentir", destacando a abertura do presidente da Câmara local "que cedeu a muitas das reivindicações feitas pelos comerciantes. Já com os autarcas de Ovar a situação é diferente, dizem, salientando que as primeiras abordagens ainda não foram conclusivas, e que algumas das propostas preliminares que foram feitas pela ACCO/SJM, como a circulação de um autocarro gratuito para transporte de clientes, foi considerada "impensável". A falta de estacionamento, falta de animação e ainda "os maus cheiros do rio Cáster, são alguns dos principais problemas apontados pelos comerciantes para o afastamento dos clientes, lamentando ainda que nenhum dos candidatos às autárquicas tivesse falado do comércio tradicional. Sublinharam ainda que todos se dizem preocupados com o desemprego na indústria, mas não falam no desemprego que pode resultar do encerramento dos muitos pequenos comércios.(«Comércio»)
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